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“Do conceito à prática: a Associação Livre como regra fundamental da clínica de referencial psicanalítico

Por:   •  7/10/2016  •  Resenha  •  790 Palavras (4 Páginas)  •  579 Visualizações

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“Do conceito à prática: a Associação Livre como regra fundamental da clínica de referencial psicanalítico.”

Para a Psicanálise o método de Associação Livre ocorre,quando o analisando associa livremente suas idéias expostas em seus relatos ao analista.Freud aponta que no começo do tratamento deve esclarecer ao paciente que todo e qualquer relato se faz importante durante a análise.

É impossível aplicar a Psicanálise sem  a prática da Associação,onde o paciente reconhece suas ideias ,seus pensamentos na dimensão do seu sofrimento sobre toda repressão.Segundo Freud é fundamental a Associação Livre com o contrato ou setting,pois,ambos irão determinar a duração do tratamento em tempo e frequência.Para Zimmermam  a principal mudança na área de comunicação se dá pela forma de linguagem  não verbal ou a metacomunicação.

A Associação Livre não é o único meio do paciente acessar o inconsciente por causa de sua resistência perante o conteúdo a ser relatado.

        Quinet enfatiza que a Associação Livre marca o início da Psicanálise. Dentre várias influências, Freud explorou a técnica a partir de descobertos do inconsciente,segundo Menninger e Holzman.

A fala  do sujeito na prática clínica,aponta suas demandas e por isso é necessário que o mesmo se sinta livre para trazer relatos . Também no trabalho de desconstrução e construção a palavra do paciente tem um efeito na teoria e na técnica. Emmy Von N. lhe pediu, certa vez, que não a tocasse, não a olhasse e nada falasse; queria apenas ser escutada. A palavra se impõe, apontando uma mudança no caminho de Freud: a cura viria por ela, mas não mais a palavra de um sujeito ausente, que delegava ao terapeuta uma função de memória de seus conteúdos traumáticos e que colocava em ação um recurso que priorizava a sugestão. Agora, é por meio das narrativas ativas de um sujeito acordado , de seu discurso cheio de lacunas, da presença e ausência da palavra que o paciente passa a ser escutado. Ao retirar a palavra do que a nosografia diz sobre o paciente, Freud entrega a palavra ao próprio paciente para que ele fale sobre si mesmo. Surge então a psicanálise, marcada pelo convite a que o analisando, em uma posição ativa diante de seu processo de cura, comunique-se e associe livremente.

Também no caso M.A fica evidente que o paciente compreende mais ao relatar, logo ao fazer associações de ideias, pensamentos e lembranças.Entretanto o que é esperado pelo analista com o paciente é a narrativa de toda a sua vida, desde a infância. A partir das situações traumáticas adquiridas na infância,o  sintoma ganha forma diferenciada na vida adulta.

        Freud diz que diante o processo de repetição,o sujeito adquire um material adicional para dar forma aquilo que é desconhecido no mesmo.

        Associando, o paciente fala de um outro – o inconsciente – que lhe é desconhecido e irrompe em sua fala quando a lógica consciente se rompe. Torna-se presente, em algum determinado momento da fala do paciente, a lógica do inconsciente, do processo primário. A partir de sonhos, atos-falhos, chistes, esquecimentos, ambigüidades, contradições, essa lógica vai se desvelando e os conteúdos sendo significados com a ajuda da interpretação.         Nestes primeiros tempos da psicanálise Freud apresenta o aparelho psíquico dentro de um modelo tópico, composto de três “lugares” – consciente, pré-consciente e inconsciente –, que se organizam em dois sistemas, com princípios reguladores e de funcionamento completamente distintos. Esses construtos teóricos sustentam uma técnica psicanalítica, a qual designa ao analista o trabalho de tornar consciente o inconsciente. O analista atua como um decifrador, que com seus recursos técnicos é capaz de traduzir e revelar ao sujeito seus desejos, fornecendo-lhe sentido desconhecido. A escuta analítica, sob este preceito técnico de tornar consciente o inconsciente, fica revestida de um saber e de um poder, ou utilizando a expressão lacaniana, o analista fica em um lugar de sujeito do suposto saber. Lugar que quando delegado pelo paciente pode, nos momentos iniciais da análise, auxiliar que palavras sejam enunciadas a esse outro, visto pelo paciente como possuidor de um saber pleno e absoluto. Entretanto, na medida em que o processo avança, cabe ao analista a recusa da ocupação desse lugar. A condução do processo analítico deve possibilitar a descoberta, por parte do paciente, de que ele é quem sabe de si: um saber que é patrimônio de um território desconhecido de si mesmo. Para alcançá-lo, além de ser escutado, o paciente deverá escutarse.         É somente ao assumir a posição de quem não sabe a respeito de quem chega com uma demanda de ajuda que o analista poderá efetivamente exercitar a escuta analítica.

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