Jogos Ludicos Na Aprendizagem
Casos: Jogos Ludicos Na Aprendizagem. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: carlagomes22 • 19/3/2015 • 1.740 Palavras (7 Páginas) • 802 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS
PARA A APRENDIZAGEM
A criança para ter um desenvolvimento pleno, completo, sadio, necessita que lhe ofereçam condições adequadas, dando a ela a oportunidade de brincar e aprender. Do ponto de vista da criança, as brincadeiras e jogos, promovem o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, social e moral, auxiliando-a na percepção do que está acontecendo consigo a fim de que possa liberar seus temores, frustrações, raiva e ansiedade. As brincadeiras ajudam também a criança manifestar seus sentimentos e pensamentos, promovendo satisfação, divertimento e espontaneidade. Assim, este estudo analisou a importância dos jogos e atividades lúdicas para a alfabetização e aprendizagem infantil. Concluiu-se que o brinquedo pode ser a porta de entrada para se conhecer a subjetividade da criança, auxiliando em sua alfabetização e aprendizagem.
Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Aprendizagem; Atividades lúdicas
INTRODUÇÃO
O brinquedo realiza um diálogo entre a criança e o contexto cultural, portanto, ele representa as expectativas e as formações imaginárias que a sociedade tem desta, o que lhe confere um valor simbólico ou, em outras palavras, que o transforma num meio sobre o qual os valores e crenças culturais de uma dada formação social podem ser transmitidos às crianças.
A criança para ter um desenvolvimento pleno, completo, sadio, necessita que lhe ofereçam condições adequadas, dando a ela a oportunidade de brincar e aprender.
Hoje, observa-se muitos embates entre orientações teóricas acerca do desenvolvimento infantil. Linhas que se guiam por Piaget (1973), Vygotsky (1989), Wallon; outras inspiradas pelos psicanalistas, pela pedagogia de Freinet ou ainda as adotadas pelas escolas Waldorf, dentre outras, apresentam diferentes argumentos, enquanto explicação da aprendizagem e do desenvolvimento.
Do ponto de vista da criança, as brincadeiras e jogos, promovem o desenvolvimento psicomotor, cognitivo, social e moral, auxiliando-a na percepção do que está acontecendo consigo a fim de que possa liberar seus temores, frustrações, raiva e ansiedade. As brincadeiras ajudam também a criança manifestar seus sentimentos e pensamentos, promovendo satisfação, divertimento e espontaneidade.
Feitas estas considerações iniciais, este estudo analisou a importância dos jogos e atividades lúdicas para a alfabetização e aprendizagem infantil. No caso da infância, o desenvolvimento deve ser visto com atenção porque é o alicerce para o restante da vida. Assim, podemos dizer que o desenvolvimento infantil é um “processo vital que engloba crescimento, maturação e aprendizagem.
A brincadeira é um processo de relações inter individuais, portanto de cultura, e que a brincadeira pressupõe uma aprendizagem social. É, então, por meio das brincadeiras que a criança representa o discurso externo e o interioriza, construindo seu próprio pensamento.
Vygotsky e Piaget apontam que nessa faixa etária a atividade de desenvolvimento privilegiada é o brincar. Para Vigotsky (1989), o brincar é uma grande fonte de desenvolvimento; a ação numa situação imaginária, as intenções voluntárias e o estabelecimento de planos na vida real, tudo aparece nas brincadeiras, que se constituem para os pré-escolares como atividades que irão fazer avançar seu desenvolvimento.
Vygotsky (1989), em sua obra A Formação Social da Mente, mostra que, brincando, a criança aprende sobre si mesma, sobre os outros; sobre o papel que as pessoas desempenham no grupo e a forma como as coisas se organiza:
No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento.
O jogo e a brincadeira levam a criança ao entendimento das regras constituídas pelo grupo, bem como à elaboração de hipóteses sobre o conhecimento, desenvolvendo a capacidade de entender diferentes pontos de vista.
Vygotsky (1989) considera que a construção das funções psicológicas superiores, características da pessoa, ocorre ao longo da vida na interação que ela estabelece com diferentes parceiros. Para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo. A criança faz uso das interações sociais como formas de ter acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, a criança aprende a regular seu comportamento pelas reações que ela provoca em outras pessoas, quer elas pareçam agradáveis ou não.
Para Vygotsky (1989) o brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança. Retomando sua afirmação, a apropriação do conhecimento se dá através da transformação que ocorre nas zonas de desenvolvimento da criança: a real e a proximal, ou seja, entre as aquisições consolidadas e aquelas que são atingidas com o auxílio de outras pessoas mais experientes.
A noção de “zona proximal de desenvolvimento” serve ao professor para identificar capacidades, necessidades e aptidões da criança e compreender como ela pode utilizar essas capacidades para avançar no aprendizado. Portanto, na visão sócio-histórica de Vygotsky, a brincadeira é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos.
Assim como Vygotsky, Jerome Brunner (1986) também enfatiza o brincar e relaciona a cultura ao desenvolvimento cognitivo. Brunner coloca o brincar como uma maneira de resolução de problemas, dado que uma extensa exposição da criança a oportunidades de escolhas e de exploração é fundamental para o uso de ferramentas. A exploração e solução de problemas, dentro de um contexto lúdico conduzem a uma concepção de aprendizagem em que a mediação do adulto estimula a criatividade e dá opções à criança, contribuindo para o desenvolvimento intelectual.
Através do brincar a criança se torna apta para a vida socializada; o brincar constitui-se em um sistema que integra à vida social; traduz valores, formas de pensamento e ensinamentos. É caracterizado pelo seu modo de ser transmitido de uma geração à outra, como aprendido na relação de uma criança com outras (na rua, na escola, etc.), incorporado de forma espontânea, sendo seu objetivo os conteúdos básicos da brincadeira.
Segundo
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