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KIERKEGAARD

Por:   •  3/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  254 Visualizações

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KIERKEGAARD

Soren Aabye Kierkegaard nasceu a 5 de maio de 1813, em Copenhague, filho de Michael Pedersen Kierkegaard e de Anne Srensdatter, na infância Kierkegaard foi criado pelo pai, que o induzia no aprendizado rigoroso do latim e do grego, despertou desde cedo também um tipo de vida imaginativa, já que seu pai exigia que representasse estórias e cenas teatrais, Kierkegaard sentia a vida como um palco para a devoção religiosa, essa devoção o fez a ingressar no curso de teologia da Universidade de Copenhague, onde consequentemente conheceu o sistema filosófico de Hegel, mais tarde começou a se sentir impressionado pela forma como o sistema hegeliano se imputava ignorando o direito da existência concreta do indivíduo, devido a isto Kierkegaard passou a contestar energicamente o hegelianismo e como consequência ficou obcecado pelo sentimento do pecado e pela angústia da sensualidade tornou-se então um “filósofo solitário”, e repudiou a religião, entregou-se a uma vida desregrada de prazeres, gastando altas somas em roupas, comidas e bebidas, esse período crítico de sua juventude iniciou-se no mesmo ano da morte de seu pai (1838) e teve evidentes relações com esse triste acontecimento.

Resolveu então retomar os estudos universitários e se tornou pastor, em 1841 terminou a tese sobre o Conceito de ironia e deu seu primeiro sermão, um ano antes estava noivo de Regine Olsen, contudo, decidiu então romper o noivado para ter uma vida solitária se dedicando a religião e a filosofia, declarando que sua vida deveria ser de reflexão do principio ao fim, e contava vantagem a partir de uma carta enviada para Peter Lind, onde falava sobre a vantagem de se sentir abandonado pelos amigos, afirmava que devido ao abandono ele poderia focar em si, pois ele gostava de se auto interrogar e analisar, segundo o mesmo a filosofia era resumida em tomar consciência das exigências absolutas feitas a qualquer pessoa que queira viver uma existência autentica.

Ao se tratar de existência autentica Kierkegaard não poupou as autoridades da Igreja luterana da Dinamarca, não se conformava com a disparidade entre o caráter introspectivo da fé cristã e o conformismo social e politico da igreja estabelecida, neste sentido ele escreveu muitos artigos contra o Luterano Hans Larsen Martesen que utilizava uma orientação hegeliana coerentes com suas posições, sendo assim Kierkegaard também se recusou a receber os sacramentos do pastor, dizia que pastores eram oficiais do rei e que isso não tinha nada a ver com a cristandade.

Kierkegaard se utilizou do romance Diário de um sedutor para descrever a vivência do estado estético em sua plenitude e, assim, em uma comunicação indireta, alertar o homem do quanto estava se perdendo, embora na ilusão de que tudo ganhava, o estético se revela pela incessante busca do prazer, deleitando-se com o êxtase do dia-a-dia pela busca de novidade.

Fazendo uma abordagem sobre estético ou ético segundo Jean-Paul Sartre a aventura pessoal de cada um em face dos outros e de Deus era o que Kierkegaard chamava de existência, essa filosofia foi criada por ele para a oposição de todos os sistemas racionalistas incluindo o sistema Hegliano, combateu então como um sistema que esvazia a existência humana de qualquer caráter concreto, defendia a tese de que qualquer esquema particular de conceitos constitui apenas uma possibilidade entre outras, cuja sua concretização não depende dos conceitos, mas sim do individuo “o que este faz não depende do que ele compreende, mas do que ele quer, ou seja, do que ele escolhe”, a escolha constituiu uma das ideias principais na filosofia de Kierkegaard, ela é vista como o próprio núcleo da existência humana.

Uma aplicação concreta da escolha encontra-se em sua obra Ou, ou. Um fragmento de Vida, que foi publicada no ano de 1843, neste livro, ele traz a analise dos modos de vida estico ou ético, o estético seria caracterizado pelo hedonismo romântico e sofisticado, o qual se contrapõe a dor e o tédio, como quando escreveu o livro Diário de um Sedutor, o personagem central entra de cabeça em um abismo da paixão, escolhendo então viver a existência amorosa, a sedução, porém, não se restringe e não é sobre cunho erótico, mas sim sobre um ato estético entre os personagens, por “ato estético” se entende, com base na obra, compreender uma minuciosidade de descrições da realidade, que são transcritas de maneira poética e captadas delicadamente pelas emoções humanas, sendo que estes atos são superiores do que o prazer sexual.

Na conduta estética, encontramos o modo de vida ético, Kierkegaard traz que para aquele que se encontra no estagio ético, a coisa mais importante não é saber se ele é capaz de contar nos dedos todos os deveres, mas se sentiu, alguma vez, a intensidade do dever, de modo que sua consciência esteja plenamente garantida da eterna valides de seu ser. Sustenta ainda que não existe qualquer critério objetivo para decidir entre as duas opções, e, ao mesmo tempo, favorece nitidamente o estagio ético, mostrando ser este superior ao estético.

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