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O PROCESSO DE INSERÇÃO E PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA MOTORA NA UFBA

Por:   •  5/10/2018  •  Artigo  •  8.653 Palavras (35 Páginas)  •  291 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS

 HACB19 - TÓPICOS ESPECIAIS EM SAÚDE II

EDUARDO BASTOS

FERNANDA RABELO

FLÁVIA SOUZA

JHONNY KENNY

LUIZ HENRIQUE PITANGA

MARIRALCIA SANTOS

NILO MANOEL BARRETO

TAMIRES BRANDÃO

O PROCESSO DE INSERÇÃO E PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA MOTORA NA UFBA

Salvador

2018

EDUARDO BASTOS

FERNANDA RABELO

FLÁVIA SOUZA

JHONNY KENNY

LUIZ HENRIQUE PITANGA

MARIRALCIA SANTOS

NILO MANOEL BARRETO

TAMIRES BRANDÃO

O PROCESSO DE INSERÇÃO E PERMANÊNCIA DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA MOTORA NA UFBA

Projeto de intervenção apresentado à disciplina HACB19 - Tópicos Especiais em Saúde II, do curso bacharelado Interdisciplinar em Saúde, da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial de avaliação.

 

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Adriana Pimentel

Salvador

2018

RESUMO

Este projeto constitui-se como proposta de avaliação final da disciplina Tópicos Especiais em Saúde II, tendo como propósito a construção de um material audiovisual com estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) possuintes de deficiência motora, usuários dos serviços de apoio disponibilizados por tal, a fim de apresentar o material em sessão do projeto “UFBA - Mostra a Sua Cara”. Desse modo, busca-se, inicialmente, conhecer o processo singular de inserção de alguns estudantes com deficiência motora na UFBA, reconhecendo as suas experiências cotidianas, a atenção à saúde e o acesso aos serviços disponibilizados pela Universidade, além da rede de apoio encontrada no campus universitário que possibilitam a permanência dos mesmos nesse espaço. Tendo consciência dessa complexidade, o objetivo deste projeto é dar luz, câmera e ação ao que passa, ao que acontece e o que toca os estudantes com deficiência motora da UFBA e como eles constroem a sua trajetória acadêmica. Ainda, como objetivo secundário esse projeto visa conhecer os serviços disponibilizados para esses sujeitos, quantificação e dados individuais por meio dos setores supracitados a fim, também, de verificar a intersetorialidade dentro e entre tais. Para alcance dos objetivos do projeto, optou-se pelo desenvolvimento de um cronograma que vai desde a delimitação do tema, a ser desenvolvido mediante discussão dos membros do grupo em reunião na sala de aula ou através de um grupo criado no aplicativo WhatsApp. Além de constar nessa programação os possíveis dias de visitas práticas e o dia de gravação e edição do futuro material audiovisual. A segunda parte é constituída das atividades de campo. Nelas incluem a aplicação dos questionários com os estudantes com deficiência motora e visitas a cinco setores da UFBA, os quais: NAPE (Núcleo de Apoio à Inclusão do Aluno com Necessidades Educacionais Especiais): com missão de contribuir para a eliminação de barreiras atitudinais, arquitetônicas, comunicacionais, tecnológicas, didáticas e culturais, com vistas à inclusão da pessoa com deficiência na Universidade Federal da Bahia. ; SMURB (Serviço Médico Rubens Brasil Soares) com uma função de Triagem dos problemas apresentados pelos estudantes da UFBA, buscando conhecer o perfil de saúde da comunidade e a ampliação de novas ações que supram as demandas. PROAE (Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil) responsável por gerir de maneira eficiente os recursos destinados a garantia da permanência na graduação; SUMAI (Superintendência do Meio Ambiente e Infraestrutura) e PROGRAD (Pró-Reitoria de Graduação e Ensino).

 

 

Palavras-chave: Deficiência Física. Universidade. Programas de Assistência Estudantil.

1. INTRODUÇÃO

Este projeto constitui-se como proposta de avaliação final da disciplina Tópicos Especiais em Saúde II, tendo como propósito a construção de um material audiovisual com estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) possuintes de deficiência motora, usuários dos serviços de apoio disponibilizados por tal, a fim de apresentar o material em sessão do projeto “UFBA - Mostra a Sua Cara”.

Desse modo, busca-se, inicialmente, conhecer o processo singular de inserção de alguns estudantes com deficiência motora na UFBA, reconhecendo as suas experiências cotidianas, a atenção à saúde e o acesso aos serviços disponibilizados pela Universidade, além da rede de apoio encontrada no campus universitário que possibilitam a permanência dos mesmos nesse espaço.

De acordo com o Censo da Educação Superior de 2016 coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), o número de alunos portadores de necessidades especiais nos cursos de graduação no Brasil é de 35.891, sendo que desse total, 14.558 estão nas instituições de cunho público e 21.333 nas privadas. Ao que tange às regiões, os dados mostram que no Nordeste o número de matriculados na rede pública corresponde a 5.078 dos quais 538 estão na Bahia. Do montante mencionado, o Censo revela que referente aos tipos de deficiências há maior prevalência à deficiência auditiva (234), seguida da deficiência física (134) e de problemas de baixa visão (84) (INEP, 2016).

Assim, essa conjuntura motivou o interesse em explorar a trajetória de inserção e permanência de estudantes com deficiência, sobretudo motora/física, por meio de três tempos abordados por Coulon (2008), quais sejam: o estranhamento, a aprendizagem e a afiliação que representam processos fundamentais para a compreensão da rotina e do percurso dos estudantes dentro da vida acadêmica. Dentro desse aspecto, supomos que as pessoas com deficiência motora possuem uma trajetória envolta de fatores limitantes e facilitadores determinantes para sua permanência no ambiente universitário. Pois, na via regressa do entendimento de uma Universidade diversa, o campus universitário ainda é visto como morada dos deuses - o Monte Olimpo, um local onde há perfeição dos corpos. Logo, consideramos que a Universidade tem sido um ambiente marcado pela desigualdade de acesso e permanência, sobretudo se considerarmos os indivíduos socialmente excluídos por sua situação de vulnerabilidade ou por conta de uma deficiência congênita ou adquirida.

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