TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Pode a aprendizagem abranger ideias e sentimentos?

Por:   •  28/9/2020  •  Resenha  •  989 Palavras (4 Páginas)  •  187 Visualizações

Página 1 de 4

ROGERS, C. R.; ROSENBERG, R.L. Pode a aprendizagem abranger ideias e sentimentos?.A pessoa como centro. Editora Pedagógica e Universitária, 1977. p. 143-160.

O capítulo sete, pode a aprendizagem abranger ideias e sentimentos?, do livro A pessoa como centro, visa oferecer uma reflexão sobre uma possível união da  aprendizagem cognitiva, com a aprendizagem afetivo-vivencial. Buscando fornecer orientações sobre como se dá esse processo de unificação, ele utiliza como base os aspectos afetivos vivenciais, os quais ele considera como estritamente importantes principalmente quando se fala em aprendizagem pela pessoa toda com seus sentimentos e ideias integrados.

O capítulo é dividido em onze tópicos principais, além das notas de conclusão ao final. Dentro dessa organização sistemática, o texto discute pontos fundamentais para a compreensão da dimensão afetiva e sua relevância no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Nesse processo, há uma ênfase na relação interpessoal professor-aluno, relação esta considerada fator determinante para uma aprendizagem significante/efetiva. Sendo assim, esse fragmento da obra busca iluminar a questão da aprendizagem cognitiva-afetiva-vivencial educacional através de uma discussão quanto ao conjunto dos elementos cognitivos, sentimentais e vivencias envolvidos no fenômeno aprender com eficácia. Finalmente, é apresentado alguns dados de uma pesquisa quanto a implicação desse novo modelo de ensino cognitivo-afetivo e a conclusão dos autores que conta com um questionário que instiga uma necessária determinação para humanizar o ensino atual.

Os autores iniciam o primeiro tópico evidenciando a preocupação com as instituições norte-americanas de ensino, através do destaque ao depoimento de um aluno que demostra a separação entre docente-discente, marcada pela ausência de um conhecimento atrelado a sentimento. Dentro desse contexto, discorrem sobre as instituições que visam somente o intelecto, afetando assim o entusiasmo dos estudantes em aprender; a possibilidade de o aluno escolher o que deseja estudar e como ele se organizaria para aprender e como a escola é vista como um lugar obrigatório e não prazeroso.

Nos próximos três tópicos os autores focalizam novamente a aprendizagem pela pessoa inteira ( nos campos intelectual, afetivo e visceral), surgindo nesse panorama  a descrição do facilitador de aprendizagem, o qual necessita ser autêntico na relação facilitador-aprendiz, culminando assim num encontro direto e pessoal com o aprendiz-já que sentimentos estarão ao alcance- e, consequentemente, trazendo uma eficácia a esse ensino.

Para Rogers, o facilitador da aprendizagem deve prezar o aprendiz, prezar por seus sentimentos, suas opiniões e sua pessoa. É necessária uma aceitação do individuo como uma pessoa separada digna de respeito e confiança.  O facilitador, tendo essas atitudes, teria maior facilidade em entende melhor o estudante quanto possíveis problemas e satisfações, ajudando em casos de sentimentos pessoais que podem chegar a perturbar ou promover a aprendizagem. O professor, então, passaria a entender o aluno como um ser imperfeito dotado de muitos sentimentos e potencialidades.

A compreensão empática também é colocada como importante para a aprendizagem vivencial, visto que ela consiste na atitude de colocar-se no lugar do estudante, de considerar o seu mundo através de seus olhos. Mesmo estando pouco presente em sala de aula, tal atitude empática traz benefícios ao estudante, o qual passa a se sentir compreendido ao invés de julgado ou avaliado e isso culmina num impacto extraordinário.

Em relação a isso, a pesquisa explorada pela obra se empenha para descobrir relações especificas entre as atitudes de professores e vários elementos do processo de aprendizagem na escola. E, nessas observações foi detectado o aumento do interesse criativo e na produtividade e níveis de pensamento cognitivo, sendo tais resultados frutos da difusão de afeto e confiança em sala de aula, com a melhor utilização pelo estudante de suas capacidades e uma maior confiança em si mesmo, levando assim a uma aprendizagem positiva e unificada pela pessoa inteira.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.7 Kb)   pdf (81.9 Kb)   docx (9.4 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com