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Psicologia E Pessoas Com Necessidades Especiais

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Por:   •  27/9/2013  •  2.666 Palavras (11 Páginas)  •  1.018 Visualizações

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1 – INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, diversos aspectos relacionados à educação do Superdotado vêm sendo discutido por estudiosos de inúmeras áreas, resultando em publicações sobre o assunto em especial nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Holanda.

Apesar do crescente interesse, percebe-se que esta é uma área altamente polêmica, que atrai muitas controvérsias e preconceitos. A título de exemplo, no Brasil, assim como em outros países, se faz comum questionar a necessidade de programas especiais para o superdotado, argumentando-se que este se trata de um privilegiado e, por esse motivo, deve ser deixado de lado em favor do aluno médio e abaixo da média, considerando as propostas educacionais que venham a beneficiar este grupo de alunos altamente elitistas. É comum, então, a presença de atitudes ambivalentes com relação àqueles que ora são sujeitos de admiração e ora de hostilidade e rejeição.

2 – DESENVOLVIMENTO

Toda a criança tem sua capacidade própria de adquirir conhecimentos, desenvolver habilidades e compreender experiências. O aluno superdotado tem como exclusividade o foco ao domínio cognitivo, o que o torna portador de características como raciocínio rápido, memória, percepção, flexibilidade de pensamento, fluência de idéias, rapidez na resolução de problemas e produtividade marcante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), define-se o aluno superdotado como uma pessoa com um quociente intelectual igual ou superior a 130 (sendo a média de 80 – 12O); o Ministério da Educação, por sua vez, apesar de considerar superdotadas as crianças com esse mesmo quociente intelectual, inclui a característica de apresentarem um nível de rendimento intelectual superior em variadas capacidades e aptidões, valorizando não só as capacidades cognitivas, mas também as psicológicas e sociais – tais como o desempenho acadêmico, a criatividade, a motivação, a personalidade e contextos sociais de vida.

De qualquer forma, a ênfase na definição da superdotação tem abrangido especialmente o aspecto intelectual/cognitivo, sendo comum a prática de se selecionar alunos para programas especiais baseando-se apenas em seus quocientes intelectual (QI). Ao longo do tempo, contudo, o conceito de superdotado vem sofrendo modificações, passando a dar mais importância aos talentos do aluno nas suas diversas áreas ao invés de se basear unicamente em seu quociente de inteligência.

No Brasil, a definição de superdotado sugere a presença de um desempenho continuamente extraordinária, em consonância a um destaque dado ao fato de o indivíduo já trazer este dom no momento em que nasce, concluindo-se que este genótipo se realizaria independentemente das condições ambientais.

2.1 – CARACTERÍSTICAS DO SUPERDOTADO

Os alunos superdotados têm características específicas e um ritmo de trabalho muito próprio. Contudo, nem sempre são acompanhados da forma mais apropriada, especialmente pela ausência de meios e de disponibilidade do professor em praticar uma educação inclusiva atenta a todos os alunos, sejam quais forem as suas características, visto que só por essa perspectiva pode-se respeitar as diferenças e explorar de cada aluno o que ele tem de melhor.

Além disso, visualizar as características de um superdotado não é tarefa fácil. As pessoas com altas habilidades se caracterizam como dito acima, pela elevada potencialidade de aptidões, talentos e habilidades, evidenciando alto desempenho em diversas áreas de atividade.

Segundo Virgolin (2002):

[...] Essas crianças não apresentam estas características simultaneamente, nem mesmo com graus de habilidade semelhantes, sendo que um dos aspectos mais marcantes desse tema relaciona-se ao seu traço de heterogeneidade. A essa confluência de habilidades chama-se multipotencialidades, que representa mais uma exceção do que uma regra entre estes indivíduos. O que se observa com maior freqüência são crianças que se desenvolvem em mais de uma área específica, como poesia, ciências, artes, música, dança ou esporte, do que em outras.

Com a necessidade de identificação das crianças superdotadas surge, então, a necessidade de pesquisa e alargamento das informações pertinentes ao tema, junto tanto aos educadores quanto à população em geral, com o objetivo de dar respostas mais adequadas à educação destas crianças.

2.2 – DIFERENTES MODELOS FUNCIONAIS

Diante das divulgações que abarcam concepções que visam explicar superdotação, destaca-se o teórico Renzulli (ALENCAR, 2007), que descreve dois tipos de superdotação: a chamada “superdotação do Contexto Educacional” e a “Criativo-Produtiva”, as quais são ambas importantes, podendo haver inter-relações entre elas; segundo o teórico, dever-se-ia implementar programas capazes de encorajar ambos os tipos.

Renzulli apud Alencar (2007) define o aluno superdotado como: “um indivíduo portador de grandes habilidades, um conjunto de características acima da média que irão manter ao longo de toda a sua vida [...]. Habilidades acima da média, alta criatividade e um grande envolvimento com as tarefas, ou seja, uma alta motivação”. Dessa forma, ele defende que a superdotação é constituída por três pontos importantes: (a) envolvimento na tarefa – apresentando motivação, entusiasmo, autoconfiança, perseverança, criatividade, originalidade, flexibilidade, abertura à experiência, etc.; (b) capacidades gerais – de pensamento abstrato, processamento da informação, memória, raciocínio verbal, numérico, relações espaciais, etc.; e (c) capacidades específicas, relacionadas com aptidões e áreas restritas e não necessariamente superiores. Estes três aspectos englobados compuseram a chamada “Teoria os Três Anéis”, que sugere que só os alunos que os englobam podem ser identificados como portadores de qualidades excepcionais.

Faz-se importante ressaltar, novamente, a importância que se dá aos fatores genéticos que traçam limite ao desenvolvimento do indivíduo superdotado; mas não podemos esquecer que estas habilidades e aptidões estão correlacionadas a outros aspectos, tais como a sua motivação frente a determinados domínios e a experiência que a própria sociedade lhe proporciona.

O contexto social é, então, considerado um aspecto fundamental, visto que é através da interação entre o meio e o sujeito que surgem as oportunidades de aprendizado e de desenvolvimento de suas habilidades. O ambiente social surge da junção entre os fatores cognitivos e de personalidade.

Outro

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