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Psicologia, Organizações e trabalho no Brasil

Por:   •  31/8/2016  •  Resenha  •  1.326 Palavras (6 Páginas)  •  2.622 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

O segundo capítulo do livro Psicologia, Organizações e trabalho no Brasil de uma forma geral analisa o termo organização através de diferentes conceitos. E dessa forma o capitulo se estrutura em três segmentos. O primeiro inclui os significados associados ao termo na linguagem cotidiana, onde apresenta um amplo, porém incompleto, painel de tentativas de conceituar organizações por diversos teóricos organizacionais. O segundo em mais detalhes, explana dois eixos sobre o debate da natureza da organização: a polaridade entidade versus processo e a polaridade cooperação versus conflito. O terceiro seleciona três importantes e atuais perspectivas teóricas no campo organizacional – cognitivista, culturalista e institucionalista.

Diante dessas questões, o primeiro passo do texto de forma sucinta é salientar a organização como um fenômeno presente no cotidiano e como a vida é afetada pelos processos que configuram e determinam a qualidade dos resultados organizacionais.

No que configura a parte sobre Organizações: Explorando definições no senso comum e no campo científico o autor, primeiramente, apresenta o conceito de organização encontrado no dicionário, na qual mostra diferentes significados. Dessa forma na ideia do autor usamos o termo “organização” tanto para designar as ações de construir algo como para descrever as características ou qualidades desse algo construído”. (ZANELLI et al, 2004, p.75).

No que cabe o termo organização a partir de um olhar científico o autor mostra as definições a partir de autores clássicos e manuais. E dentro dessas definições há a pontuação da organização como um sistema racional e nesse sistema é apresentado quatro teorias, sendo elas: A Teoria da Administração Científica, de F.W. Taylor (tarefas e condições adequadas para os trabalhadores); A Teoria Administrativa, de H. Fayol (noção de organização como um sistema fechado e racionalmente estruturado); A Teoria da Burocracia, de M. Weber: (elementos que operam em conjunto e geram uma administração mais eficiente e efetiva);  A Teoria do Comportamento Administrativo, de H. Simon: (esclarece como a e a formalização contribuem para o comportamento racional nas organizações). Diante dessas ideias “a atenção volta-se para os elementos internos da organização”. (ZANELLI et al, 2004, p.77).

Em outra perspectiva científica as organizações são agregadas as coletividades sociais, visto que não podem ser isoladas do contexto social a que pertencem. A diferença dessa perspectiva para a perspectiva da organização como sistema racional é apresentada a partir de dois pontos: Complexidade dos objetivos organizacionais e a Existência de uma “estrutura informal”.

Dessa forma para o autor a diferenciação está interligada aos pressupostos da natureza dos sistemas sociais, e para confirmar essa ideia faz a seguinte citação: “Enquanto a primeira é mais mecânica, a segunda é mais orgânica (ZANELLI, 2004 apud Scott; Davis, 2007).

A parte dedicada para Organização: Entidade (estrutura) versus Processo (ação) parte do princípio das correntes dos estudos organizacionais, pois existem duas correntes, sendo a primeira tem uma visão do homem que se associa a respostas mecanicistas, onde o homem e suas experiências são condicionadas pelo ambiente externo, e essas teorias são consideradas deterministas. Em contrapartida a visão do homem em um papel mais criativo, mais autônomo, enxergando-o como o criador de seu próprio ambiente. Nesse caso, são as teorias voluntaristas. E diante desses dois pontos de vista que se reflete sobre as visões de organização como entidades ou como processo.

Zanelli et al (2004) acrescenta que a tensão entre as noções de organização versus processo decorre outra: a prioridade que cada autor atribui aos indivíduos – sujeitos ou agentes – e à organização na qualidade de algo emergente de uma coletividade de pessoas, na determinação dos fenômenos organizacionais.

E nessa parte do texto é de suma importância a compreensão de três conceitos colocados, pois ao ser diferenciados nós podemos tomar como base o entendimento dos fenômenos organizacionais, sendo os conceitos colocados são os seguintes: organizar – organização – organizações.

Para explicar esses conceitos Zanelli et al (2004) coloca que o ponto de partida são as ações (processos) de organizar o trabalho, que é coletivo; logo, dividido e dependente de alguma coordenação ou integração. Dessas ações organizativas que ganham permanência no tempo surge a noção de organização (também uma ação que pode ser definida como atos de administrar, gerenciar). Por fim, coletivos organizados, com modos próprios de “organização” dos processos coletivos de trabalho, são nomeados de “organizações” e, portanto, substantivados, transformados em coisas, em entidades.

No item que avalia Organização: Cooperação (ordem, consenso, estabilidade versus Conflito (coerção, mudança) para os autores existe uma divergência, pois costuma-se enxergar as organizações mais como sistemas como sistemas de cooperação e consenso ou como sistemas competitivos, de conflitos e tensões.

E para confirmar essa colocação o autor traz um exemplo clássico que enfatiza   a cooperação e o consenso, e nas palavras de Chester Barnard (1971):

São sempre as ações de pessoas, por palavras, olhares, gestos, movimentos, nunca objetos físicos, embora coisas possam ser usadas convenientemente como evidência da ação, como no caso da escrita [...]; coisas físicas são sempre uma parte do ambiente, uma parte do sistema cooperativo, mas nunca uma parte da organização. (ZANELLI, 2004, p.86 apud BARNARD, 1971, p. 96).

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