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Resenha do Capítulo “Enfrentamento da Esquiva Social por Meio da Terapia de Aceitação e Compromisso”

Por:   •  22/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  824 Palavras (4 Páginas)  •  132 Visualizações

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Resenha do capítulo “Enfrentamento da esquiva social por meio da terapia de aceitação e compromisso” de Mara Regina Andrade Prudêncio e André Lepesqueur Cardoso

O capítulo parte por expôr definições importantes para o entendimento de comportamentos de fuga e esquiva para a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT). Primeiramente, elucida a importância da compreensão das características de comportamentos dentro uma perspectiva que considere os fundamentos do funcionalismo - que diz da função adaptativa do comportamento; do pragmatismo - sobre a necessidade e utilidade do comportamento; e o contextualismo - trata que só se pode analisar um comportamento dentro de um contexto.

Trás, também, o enfoque nos comportamentos verbais, onde a verbalização elabora treinamento para adaptação de respostas a determinados eventos, sem considerar apenas suas características físicas. A linguagem possibilita, através da aprendizagem social, diferentes significados que não abordam apenas o objeto material em si, mas também outros eventos que significam esse objeto. Como exemplo disso, pode-se citar o próprio exemplo trago no capítulo sobre moedas: uma criança pode observar uma moeda de 25 centavos e uma de 50 centavos dando valor a sua valorização monetária (50 centavos é “melhor”) ou a sua característica física (a moeda de 25 centavos é maior, portanto, “melhor”).

Abordando essa questão verbal, levanta a questão da esquiva experiencial como baseada em um modelo cultural que pressupõe ao indivíduo se sentir bem e evitar punições sempre, causando um repertório sensível ao que se foi aprendido socialmente através da comunidade verbal e gerando uma “inflexibilidade psicológica”, caracterizada pela evitação de responder à experiências diretas (Prudêncio e Cardoso, 2018).

Como alternativa a esse processo, deve-se buscar a flexibilidade psicológica, com o enfrentamento que possibilite a experiência total dos resultados emocionais e cognitivos da interação do sujeito com o ambiente, fazendo com que vivencie e altere seu comportamento baseado nos valores escolhidos.

Para tal, a ACT propõe um modelo baseado em seis processos interventivos, são eles: aceitação - como o nome indica, busca “aceitar” os eventos privados sem tentar alterá-los, evitando a esquiva; estar presente - permitir ao cliente discriminar o que acontece no contexto atual a fim dos comportamentos ficarem mais mutáveis; Eu como contexto - aborda o presente em detrimento de situações passadas vivenciadas, ampliando a análise de contingências que eliciam o comportamento; desfusão cognitiva - discriminar o cliente dos seus sentimentos, pensamentos e ações, promovendo mais autonomia; clarificação de valores - tentativa de evitar esquivas baseadas em conveniência social, determinando o “valor” do comportamento para o próprio indivíduo; e ação de compromisso - promove objetivos concretos que podem ser alcançados.

A ACT trata, portanto, de uma intervenção focada em alterar a função dos comportamentos do cliente, ensinando-o a observar seus comportamentos e suportar experiências aversivas diminuindo seu repertório de esquivas.

No caso clínico exposto, podemos observar padrões de esquiva/fuga do cliente que se expressavam em diversos contextos, principalmente no trabalho. O cliente evitava situações sociais e buscava ambientes em que acreditava que não seria julgado, tendo dificuldades em realizar tarefas do trabalho que exigisse exposição social, solicitando a sua chefe para não

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