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A 5ª RODA FORMATIVA VIRTUAL: RACISMO E SAÚDE MENTAL

Por:   •  11/8/2021  •  Ensaio  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  191 Visualizações

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Cursista:  Daniela Aparecida Caldeira

5ª RODA FORMATIVA VIRTUAL: RACISMO E SAÚDE MENTAL

Opressão, agressão e violência são práticas que afetam a saúde mental. O racismo, como crença na superioridade de algumas raças sobre outras, que justifica a desigualdade entre os grupos, é uma forma de opressão, de agressão e de violência!

Estrutural e “epidêmico” o racismo tem consequências graves para a saúde mental da população negra, precisamos compreender antes de tudo o que é o racismo, no qual, o nosso país carrega uma história de mais de 300 anos de escravidão e que não criou nenhuma condição para a inserção digna da população negra na sociedade, que, de repente, via-se, em sua grande maioria, sem moradia e alimento, o que resultou na sua marginalização.

A Lei Áurea, não garantiu que todos os escravos fossem, na prática, libertos. Muitos, sem opções ou até mesmo sem informações sobre a sua condição de libertos, ficaram submetidos à escravidão, mesmo após a abolição. Sem ter o que comer e onde morar, foram viver nos morros, nos guetos e recorrer, muitas vezes, ao crime para sobreviver, o que resultou na situação de exclusão que leva ao racismo nos dias atuais.

O racismo é, portanto, uma forma de preconceito cruel que ainda atinge uma grande parcela da população mundial, nas formas mais agudas, que pode servir de pretexto para motivar agressões físicas ou verbais, além de causar dano moral e até perseguições e prisões injustas.

Na sociedade brasileira as diferenças sociais entre brancos e negros são nítidas no cotidiano. Além do aspecto econômico, no qual pessoas pretas e pardas são maioria entre as que possuem rendimentos mais baixos, a persistência de situações de maior vulnerabilidade, indicada nos campos da educação, saúde, moradia, entre outros, mostram evidente desequilíbrio na garantia de direitos em prejuízo para a população negra. Outra preocupação é relativa à violência policial, frequentemente empregada contra jovens negros, o uso da força e da violência para o controle do crime passou a ser aceito pela sociedade como um todo porque, é perpetuada contra um setor da sociedade cujas vidas não são consideradas tão valiosas.  A nossa sociedade como um todo considera a negritude como algo inferior. O padrão de beleza pregado pela mídia é um padrão branco.

No filme, “13th”, com um título que faz referência à décima terceira emenda da Constituição dos EUA, é um verdadeiro choque de realidade do sistema penitenciário norte-americano e que, em grande parte, serve de reflexão para o cotidiano forense penal brasileiro, que põe o dedo na ferida mais importante: o racismo nos Estados Unidos não constitui um deslize eventual, mas um projeto voluntariamente perpetrado pelas classes dominantes. A 13º Emenda da Constituição, que prevê o fim da escravidão e a liberdade para todos os cidadãos, faz uma ressalva para pessoas que cometeram crimes. Estas não têm direito a liberdade, tornando-se “escravas do Estado”. Assim, a trajetória das pessoas negras no país está intimamente associada ao crescimento dos interesses conservadores no encarceramento em massa e na exploração econômica das prisões privadas. Portanto, A 13ª emenda parte de duas importantes asserções, uma de ordem jornalística, e a outra, ideológica. Primeiro, insiste que as pessoas precisam saber desta realidade, e que os interesses escondidos da mídia e dos investidores devem ser conhecidos por todo o mundo. Segundo, sugere que esta realidade ainda existe: embora o racismo tenha sido oficialmente abolido, o governo, tanto republicano quanto democrata, tem investido em novas formas de associar a população negra à criminalidade, de criar penas mais fortes aos jovens desfavorecidos. A maioria negra, desproporcionalmente representada nas prisões norte-americanas, continua controlada e explorada pela maioria branca do Congresso e do Senado.

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