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Desafio Profissional

Por:   •  6/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  211 Visualizações

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DESAFIO PROFISIONAL - 3ª SÉRIE

DITADURA MILITAR E SUA INFLUENCIA NA PSICOLOGIA E NO SERVIÇO SOCIAL

A DITADURA MILITAR E A PSICOLOGIA

O Regime Militar no Brasil, onde o modelo de Governo era o ditatorial, aconteceu do ano de 1964 a 1985. Segundo os historiadores, o período ditatorial no Brasil pode ser dividido em dois momentos, de 1964 a 1968, ou seja, até o AI-5 (Ato Institucional nº5), onde já havia censura, perseguições e prisões, mas não de forma tão violenta. Em dezembro de 1968, depois de instaurado o AI-5, que foi chamado de “golpe dentro do golpe” foi que a ditadura atuou sem disfarces, foi implantado o terrorismo de Estado, ou seja, o Estado brasileiro passa a usar a tortura como instrumento oficial de sua política.

Foi exatamente nessa época, nesse contexto terrível que surgiu o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia, justamente nesse momento que segundo os historiadores, houve o governo que mais torturou e matou durante toda República: o governo de Emilio Garrastazu Médice.

No livro “A verdade sufocada” de Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandava o DOI/CODI/II em São Paulo, ele relata que a psicologia fez parte de uma história preponderante da ditadura militar, não só pelas práticas dos psicólogos, mas sim por todo um contexto envolvendo a profissão.

Segundo Ustra, através da psicologia o Regime Militar afirmava que todos aqueles que se apunham as regras impostas pelo Regime seriam denominadas como pessoas desajustadas, desestruturadas, e que pertenciam a famílias problemáticas.

Os psicólogos, através de um projeto chamado “Perfil Psicológico do Terrorista Brasileiro”, avaliavam os opositores através de uma anamnese, onde eram aplicados testes de níveis mentais para avaliar a personalidade e o perfil desses indivíduos. Assim, todos aqueles que de alguma forma se opunham ao Regime eram considerados subversivos e terroristas, o que justificava a prisão, a tortura e até a morte.

Conforme cita a autora em sua obra, havia um grupo de psicólogos que atendia aos presos para saber quais seriam os recuperáveis e quais os irrecuperáveis, conforme a ideologia do Regime.

Na época adotou-se um regime copiado doa EUA, chamado Doutrina de Segurança Nacional, de modo que todos que pudessem colocar em risco a segurança do regime, independente de pegar em armas ou não, era considerado perigoso, e sendo assim, inimigo. Para deter o inimigo valia tudo, até desaparecer com o corpo. Muitos foram presos e mortos, e ainda hoje noticiam histórias de pessoas desaparecidas na época da Ditadura Militar, que nunca tiveram seus restos mortais encontrados.

Portanto, os historiadores afirmam que o Regime Militar teve também grande influência na psicologia.

A DITADURA MILITAR E O SERVIÇO SOCIAL

O Brasil viveu por 21 anos uma ditadura militar, nos anos de 1964 a 1985, que se caracterizava pelo autoritarismo, falta de democracia, supressão de direitos, censura perseguição política e repressão, com prisões, torturas e mortes, aos que se opunham ao Regime Militar. Paralelamente ao regime instaurado pela Ditadura Militar no Brasil, onde a sociedade foi calada pela força, inicia-se a articulação do movimento de reconceituação do Serviço Social na América Latina, fundamentado na insatisfação dos profissionais que se conscientizavam de suas limitações tanto no campo teórico - instrumentais quanto no político-ideológicas. Com a conscientização da opressão e dominação é institucionalizada uma perspectiva de mudança social. A Ditadura Militar no Brasil, com o modelo político e econômico, controle social, baseado na "cultura do medo", repressão às classes populares, atinge também os profissionais do serviço social onde a sua atuação era bastante limitada. Diante dessa conjuntura da sociedade brasileira o Serviço Social busca assumir uma prática com tendências modernizadoras que prioriza as demandas e interesses da clientela do Serviço Social. Em 1964 aconteceu o que consideram a primeira manifestação grupal crítica de Serviço Social do Nordeste, o encontro regional de escolas, onde, docentes e profissionais posicionaram os métodos de intervenção face à realidade subdesenvolvida do Nordeste, dando ênfase à crítica quanto ao aspecto economicista e adotaram o processo de conscientização na linha de liberação do oprimido. A perspectiva modernizadora constitui a primeira expressão do processo de renovação do Serviço Social no Brasil. Os documentos de Araxá (1967) e Teresópolis (1970) podem ser considerados a tentativa de adequar o Serviço Social às tendências políticas que a ditadura tornou dominante e que não se colocava como objeto de questionamento pelos protagonistas que concorriam à sua elaboração. Podemos destacar a importância dos seminários e a história do Serviço Social no Brasil, nos encontros de Araxá, Teresópolis e Sumaré, em Minas Gerais, nos anos de 1967, 1970 e 1978, tendo como objetivo repensar em maior profundidade a teoria básica do Serviço Social e sua metodologia. Todos esses movimentos contribuíram muito para análise e reconhecimento dos fundamentos históricos e metodológicos do Serviço Social no contexto da ditadura militar, onde a sociedade foi calada pela força.

DIFERENÇAS E SEMELHAMÇAS ENTRE A PSICOLOGIA E O SERVIÇO SOCIAL NA DITADURA MILITAR

Podemos observar que, o Serviço Social e a Psicologia em sua concepção, surgiram em momento de grande crescimento das

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