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Educação Matemática

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Por:   •  5/6/2013  •  Tese  •  1.358 Palavras (6 Páginas)  •  326 Visualizações

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CAPÍTULO I

(REFERENCIAL TEÓRICO)

Educação Matemática

A Matemática é uma palavra de origem grega, no qual significa “o que se pode aprender”.

Por ela ser uma ciência de base, apresenta inúmeras aplicações em outros campos de estudo e com outras ciências. Qualquer que seja o ramo do conhecimento humano ao qual direcionamos nossas habilidades, iremos defrontar, cedo ou tarde, com a Matemática e seus “mistérios”.

A Matemática é vista como um conjunto de temas sem grande relação entre si. Hoje a Matemática que se ensina, habitualmente, na escola (cálculo e definições) e a forma como se ensina ajudam a construir opiniões entre os alunos.

No Projeto Matamática e Realidade (MARE) 1994-1996, uma das autoras nos diz que:

A Matemática é freqüentemente apresentada aos alunos como um saber já construído, sem lugar para a intuição, experimentação ou descoberta, e perante o qual não é possível a argumentação. Os conceitos são apresentados aos alunos, na maioria das vezes já formalizados, não decorrentes das suas ações e da reflexão sobre elas. Não se dá tempo aos alunos para sentirem a formalização como algo natural e necessário à comunicação de processos e resultados. Desta forma se propicia a construção de uma imagem da Matemática como ciência abstrata, acabada, indiscutível, mas só entendível e utilizável por alguns. (Madalena, 1996)

A relação entre este tipo de visão da Matemática e as características desta ciência e o seu desenvolvimento tem vindo a ser cada vez mais assunto de discussão.

A evolução dos computadores, e o seu crescente uso na investigação têm aumentado a importância da experimentação nas descobertas Matemáticas.

Os computadores possibilitam representar e testar idéias ou hipóteses, que levam a criação de um mundo abstrato e simbólico ao mesmo tempo que introduzem diferentes formas de atuação e de interação entre as pessoas. Essas novas relações, além de envolverem a racionalidade técnico-operatória e lógico-formal, ampliam a compreensão sobre os aspectos sócio-afetivos e tornam evidentes fatores pedagógicos, psicológicos e sociológicos.

No entanto, essas descobertas ainda só são aceitas como pertencendo ao saber matemático quando são demonstradas com argumentos lógicos e precisos, ao contrário do que se passa nas outras ciências exatas onde, durante muito tempo, as teorias só eram aceitas quando comprovadas pela experimentação. Os resultados matemáticos continuam a distinguir-se, ainda, pelo seu rigor de lógica.

As ciências exatas expressam muitas das suas leis através de expressões matemáticas e, no seu progresso, têm constantemente recorrido aos conhecimentos matemáticos. A Matemática enquanto ciência parece desenvolver-se, fundamentalmente, a partir de problemas postos dentro da própria Matemática processando-se assim uma evolução interna. No entanto, a relação forte que existe entre a Matemática e o mundo físico tem constituído também uma fonte inesgotável de problemas para os próprios matemáticos que os tem inspirado e dado lugar ao desenvolvimento de novas teorias Matemáticas.

A aprendizagem da disciplina de Matemática pode ter um papel relevante na formação dos jovens se o seu ensino for coerente com este tipo de finalidades pelo que não pode continuar a ser vista.

Esta abordagem teórica apresenta a perspectiva com que foram encarados conceitos fundamentais: aprendizagem, Matemática e escola.

Os estudos tradicionais sobre a aprendizagem encaram-na como um processo que se passa no interior da mente do indivíduo que aprende, ignorando o mundo em que ele vive, reforçando, assim, a dicotomia corpo/mente.

A base conceptual destas abordagens apoia-se fortemente nas idéias da psicologia de desenvolvimento de Piaget, que segundo ele considerava que: "a aprendizagem é subordinada ao desenvolvimento" (1976).

A sua aprendizagem deverá ser vivida num ambiente em que ela se evidencie como uma parte integrante da cultura humana. Isto significa basear a aprendizagem escolar da Matemática na atividade e experiência partilhadas em que os assuntos são apresentados como abertos à discussão e investigação. Torna-se, assim, fundamental dar atenção ao contexto social da sala de aula de forma à que este não seja sentido como artificialmente constrangedor mas, bem pelo contrário, como um contexto próprio para a aprendizagem de conceitos específicos em que problemas, atividades e idéias são partilhadas, discutidas e ganhem sentidos.

Para se poder proporcionar um melhor ensino, é necessário um melhor conhecimento de como se processa a aprendizagem dos alunos. Contrariamente à idéia de que a aprendizagem se processa de uma forma única e semelhante em toda a área do saber, tem vindo a tomar consistência a idéia de que a forma como se aprende está interligada com a natureza do saber que se pretende aprender. Ao considerar que aprender Matemática é aprender a interpretar o que nos rodeia com um sentido matemático, está a dar-se uma importância fundamental à natureza cultural do saber matemático, assim como ao caráter subjetivo do sentido com que cada um lê uma situação

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