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Metodológicos do serviço social II

Relatório de pesquisa: Metodológicos do serviço social II. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/9/2013  •  Relatório de pesquisa  •  3.434 Palavras (14 Páginas)  •  510 Visualizações

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Faculdade Anhanguera

Polo Juazeiro do Norte-Ce

Curso Serviço Social

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS-

METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

(Atividades Práticas Supervisionadas)

Aluna: Vanessa Lima Santos

Ra: 401746

Professor (a) de ensino a distância: Maria Laura Santos

Juazeiro do Norte-Ce, 16 de abril de 2013.

RELATORIO 01

O Brasil passou por um regime Militar que podemos comparar com o regime totalitário acontecido na Alemanha. Esta época amarga aconteceu no período de 1964 a 1985 e caracterizou-se pela falta de democracia, suspensão dos direitos constitucionais, censura concentração de renda, pensamentos capitalistas, perseguição política e repressão a todos que eram contra o regime militar.

Para compreendermos é necessário enfatizar este contexto histórico, pois foi neste período da Ditadura Militar que nasceu a necessidade do Movimento de Reconceituação do Serviço Social.

Por volta da metade do século XX o Serviço Social brasileiro embora estivesse vivendo um processo de rompimento com a concepção filantrópica oriunda da tradição católica se via agora calcado no funcionalismo norte-americano.

O fato é que a profissão, tanto em seus primórdios, como nas décadas posteriores estava atrelada aos interesses da classe hegemônica da nação nos diferentes estágios do sistema capitalista em seu desenvolvimento nacional.

Tanto pela influência eclesiológica (onde a igreja pretendia resgatar seu poder e reconquistar privilégios na sociedade), como pela influência do Estado (no período onde cessa a chamada república café com leite e, inicia a era Vargas com o processo de industrialização no país) ficava evidente que era atribuído ao Assistente Social um perfil de repressão no lidar dos problemas do operariado a fim de manter a ordem social e distanciá-lo de qualquer contato com a ideologia socialista.

Fato este que se consolidou ainda mais com a adoção do positivismo mencionado no início deste trabalho.

Neste momento havia um profundo interesse dos Estados Unidos em relação aos países da América Latina chegando a oferecer bolsas de estudos aos assistentes sociais brasileiros.

Com isto o assistente social desempenhava um papel de ajustamento do indivíduo ao seu meio social, sustentado por uma visão terapêutica.

Soma-se a isto a ênfase política de aceleração econômica incentivada pela industrialização e modernização capitaneada pelos EUA que tinha como estratégia o desenvolvimento da comunidade a fim de garantir prosperidade, o progresso social e a hegemonia americana.

Portanto podemos concluir que o Serviço Social brasileiro em suas primeiras décadas estava marcado por um vazio no que diz respeito a sua identidade profissional.

Este fato começa a mudar justamente quando o profissional do Serviço Social passa a se identificar mais com a classe dominada.

Tal mudança vem da busca por uma Reconceituação do Serviço Social a realidade Latino-americana advindo de encontros sistemáticos promovidos pelos profissionais deste mesmo solo.

Este movimento de Reconceituação aproximou-se justamente da teoria tão resistida pela classe dominante: a marxista. Fator que veio dar início ao processo de ruptura com o tradicionalismo profissional, mesmo levando em consideração os vários equívocos e entraves desta nova leitura da profissão.

Este novo tempo abre as portas para a discussão e reflexão originando uma série de documentos que abordaremos a seguir.

Diante da crise global, o serviço social passava por uma profunda decadência macroscópica. A partir daí, surge o início de discussão renovação do serviço social no Brasil, onde a autocracia burguesa estava se organizando, para manter suas práticas dominantes de hegemonia e a partir de então, abriu-se espaço para que os profissionais da área pudessem discutir as novas formas de atuação, num debate crítico para a sua formação profissional.

Com a crise do sistema da ditadura, houve um aumento exorbitante das demandas, sendo necessária por parte do Estado a contratação de novos profissionais para a devida mediação dos conflitos. Neste momento houve um amadurecimento dos profissionais, onde os mesmo já procuravam trabalhar em equipes multidisciplinares.

Com o afastamento da igreja católica, a forma tradicional endogenista de atuação foi se enfraquecendo, criando um fator favorável para que a renovação do serviço social através dos documentos de teorização ganhasse força.

A partir de 1970 assenta a perspectiva marxista no contexto do Serviço Social brasileiro, com influência de Althusser, com uma concepção das instituições adotadas como aparelho ideológico do Estado, segundo o Movimento de Reconceituação que destaca a militância política na efervescência do Populismo.

“O que importa ressaltar – para os fins da presente análise – é que se a descoberta do marxismo pelo Serviço Social latino-americano contribui decisivamente para um processo de ruptura teórica e prática com a tradição profissional, as formas pelas quais se deu aquela aproximação do Serviço Social com o amplo e heterogêneo universo marxista foram também responsáveis por inúmeros equívocos e impasses de ordem teórica, política e profissional cujas refrações até hoje se fazem presente” (Iamamoto, 2001, p.210).

Houve uma conscientização da categoria pela necessidade de construção de alternativas profissionais e uma transformação da sociedade brasileira, nas ultimas três décadas o Serviço Social entrando no contexto da Nova República (1968-1990) na América Latina, com maior força no Brasil, isto a partir da segunda metade da década de 70, reagindo às profundas desigualdades sociais à opressão e à exploração da grande maioria da população pelas oligarquias, latifundiárias e a burguesia nacional.

RELATORIO 02

O 1º Seminário de Teorização do Serviço Social foi realizado em Araxá (MG),

Evento histórico no processo de "teorização" e "reconceituação" do Serviço Social

Brasileiro,

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