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Área De Lixão Recuperada

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Por:   •  2/12/2014  •  1.967 Palavras (8 Páginas)  •  436 Visualizações

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RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA PELA EROSÃO E LIXÃO DE ANÁPOLIS-GO

Werônica De Sá Santos; Daniela Dos Santos

RESUMO

O município de Anápolis-Go por ser uma cidade de porte médio em crescimento, gera grande quantidade de lixo, nos quais são dispostos em áreas de “lixão”. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o plano de recuperação da Prefeitura de Anápolis de áreas de preservação ambiental e proporcionar mais lazer a população. Trata-se de uma pesquisa sobre a reabilitação de antigos espaços que serviam de lixão, como Parque da Liberdade, construído em uma área do município degrada, em processo de erosão, que servia de depósito de lixo.

Palavras chave: lixão, recuperação, preservação ambiental, erosão e lixo.

1.INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988, Cap. VI, Art.225 estabelece que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, atribuindo ao Poder Público, e também à coletividade, o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 2003)

O elevado padrão de produção e consumo da moderna sociedade atual, está associado ao crescimento populacional e ao processo de urbanização intenso e desordenado, resultando em problemas graves de saneamento básico, principalmente esgoto domestico e lixo.

Calderoni (2003, p.49), define lixo como sendo todo material inútil, descartado ou posto em lugar público. Lixo é tudo aquilo que se “joga fora”. É o objeto ou a substância que se considera inútil ou cuja existência em dado meio é tida como nociva. Vários destinos podem ser dados á sua deposição final, todavia, o pior deles é o “lixão”, definido como o local no qual se deposita o lixo, sem projeto ou cuidado com a saúde pública e o meio ambiente, sem tratamento e sem qualquer critério de engenharia. Essa pratica é um dos principais problemas ambientais da atualidade.

No Brasil, estima-se que mais de 90% do lixo é jogado a céu aberto, gerando uma ameaça constante de epidemias, pois os lixões fornecem condições propícias para a proliferação de doenças (ROUQUAYROL; ALMEIDA FILHO, 1999). Além da liberação de gases, a decomposição do lixo gera o chorume, líquido que contamina o solo e a água por compostos orgânicos e íons metálicos (BRAGA et al. 2002).

A cidade de Anápolis é a terceira cidade goiana em população, e é também em produção de lixo. Segundo o CEMPRE3 (2009), uma cidade de porte médio como Anápolis apresenta uma produção diária de resíduos na ordem de 244.158 mil quilos. Em média, 49,95% dos resíduos em Anápolis são de materiais recicláveis: Esses resíduos são depositados em lixões, ou aterro sanitário, contribuindo para o aumento da poluição do solo, do ar e da água. A maior parte do lixo recolhida pelo sistema da prefeitura de Anápolis é depositada no lixão da cidade, sem nenhuma separação prévia.

Uma cidade em processo de crescimento, gera grande quantidade de lixo, o que se torna um ponto negativo para ao seu desenvolvimento. O lixo não atinge apenas o espaço físico do município, mas transborda para muito além. Os lençóis freáticos e o ar, são os mais poluídos pelo descarte desses resíduos em local inapropriado, podendo assim deformar paisagens e assorear rios.

As áreas destinadas à disposição do lixo, sem a infraestrutura adequada para evitar os danos consequentes dessa atividade, têm seu uso futuro comprometido e são responsáveis pela degradação ambiental das regiões sob sua influência (SISSINO; MOREIRA, 1996). Pelas consequências citadas, as áreas de disposição do lixo, quando desativadas, encontram-se, invariavelmente, degradadas e necessitam da elaboração de um plano de recuperação, além do monitoramento ao longo dos anos para se avaliar a sua evolução.

.2.OBJETIVOS

Nesse aspecto, o objetivo do presente trabalho é verificar algumas técnicas utilizadas para desativação, adequação e recuperação de áreas degradadas pela disposição de resíduos sólidos urbanos em lixões, sobre perspectiva da área da antiga erosão usada como lixão no município de Anápolis-Go, onde foi construído depois da sua desativação o Parque da Liberdade.

3. LIXÃO OU VAZADOURO

Lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos urbanos, caracterizada pela simples descarga sobre o solo, sem nenhum critério técnico e medidas de proteção ao meio ambiente ou á saúde publica. Institucionalizados ou clandestinos, esses locais recebem volumes diários de lixo que são amontoados um por cima do outro. População civil e, em alguns casos, a própria prefeitura, são responsáveis por jogar o lixo coletado no local.

Diversos problemas tornam o lixão a solução menos indicada quando o assunto é o descarte do lixo. Por não ter nenhum tipo de proteção, esses locais se tornam vulneráveis à poluição causada pela decomposição do lixo, tanto no solo, quanto nos lençóis freáticos e no ar.

Fonte:Proin/Capes&Unesp/IGCE,1999

FIGURA 1: Esquema de lixão ou vazadouro.

4.IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELOS LIXÕES

Os resíduos lançados em lixões acarretam grandes problemas de saúde publica, como a proliferação de vetores de doenças, geração de gases que causam odores desagradáveis e intensificação do efeito estufa e, principalmente, poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas pelo chorume (liquido de coloração escura, malcheiroso e de elevado potencial poluidor, produzido pela decomposição da matéria orgânica contida nos resíduos.

Embora o chorume e os gases sejam os maiores problemas causados pela decomposição do lixo, outros problemas associados com a sua decomposição podem ser compreendidos.

• Produção de fumaça e odores desagradáveis;

• Agressão estética á paisagem natural;

• Riscos de incêndio e intensificação do efeito estufa;

• Desvalorização imobiliária da vizinhança;

• Aparecimento de catadores precariamente organizados, inclusive crianças;

Em termos ambientais, os lixões agravam a poluição do ar, do solo e das águas, além de provocar poluição visual. Nos casos de disposição de pontos

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