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A Ocupação antrópica e problemas de ordenamento

Por:   •  12/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.846 Palavras (8 Páginas)  •  413 Visualizações

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Ocupação antrópica e problemas de ordenamento

A Terra é um planeta que se caracteriza pelo seu intenso dinamismo, reflexo da acção de agentes de geodinâmica interna e externa.

Os fenómenos geológicos fazem parte do funcionamento normal do planeta, contribuindo para o tornar um local habitável e um planeta geologicamente vivo.

No entanto, a dinâmica da Terra pode desencadear fenómenos catastróficos, por vezes altamente destruidores, que podem pôr em perigo as populações e os seus bens. Assim, os fenómenos geológicos incluem riscos para as populações.

O risco é a probabilidade de um acontecimento perigoso ocorrer numa determinada área e num dado momento. Pode ter impacto negativo na sociedade causando danos humanos ou materiais.

Os riscos geológicos são os sismos, as erupções vulcânicas, as inundações e os deslizamentos de terreno.

Os riscos naturais incluem os anteriores e contemplam outras situações como os fogos selvagens, os tufões e tornados, as secas e as pragas de animais.

Variando de região para região, e de acordo com as características geológicas e climáticas de cada local, as situações de risco geomorfológico – relacionados com as características morfológicas dos terrenos – podem ser agrupadas da seguinte forma:

  • bacias hidrográficas – sujeitas a erosão fluvial, cheias e exploração de inertes;
  • zonas costeiras – onde é constante a erosão costeira e a elevada pressão urbanística;
  • zonas de vertente – onde se faz sentir a erosão hídrica das vertentes e onde ocorrem movimentos de massa.

A ocupação antrópica, ou seja, a ocupação feita pelo Homem, das zonas fluviais, costeiras e de vertente, depara-se com problemas de ordem geológica, entre os quais se destaca a erosão.

As consequências dos riscos podem ser reduzidas se existir pleno conhecimento dos processos geológicos e dos materiais rochosos que constituem as áreas de intervenção humana.

Este é o objecto de estudo da Geologia ambiental que procura compreender os fenómenos geológicos perigosos, as causas que lhes estão associadas e as formas de prevenção que diminuem os riscos inerentes a esses processos.

Com o elevado crescimento da população humana, grandes zonas da superfície terrestre foram e continuam a ser ocupadas. A ocupação antrópica levou a grandes alterações paisagísticas e à exploração acelerada dos recursos naturais, nem sempre feita de forma sustentável, o que tem levado à deterioração ambiental. A ocupação de zonas de risco, que muitas vezes oferecem condições vantajosas, aumentou a vulnerabilidade das populações aos riscos naturais causando graves desastres com perdas irreparáveis.

Assim, é necessário definir regras de ordenamento do território para evitar que a ocupação antrópica aumente, cada vez mais, os problemas resultantes da interacção do Homem com a Terra. Estas regras devem procurar assegurar a organização do espaço tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades que esse espaço oferece.

Bacias hidrográficas

A Terra é um planeta ativo que manifesta a sua atividade através de diferentes processos que alteram a morfologia da sua superfície. O dinamismo da Terra provém das interações entre os agentes de geodinâmica interna e os agentes de geodinâmica externa.

Embora muito lentamente, o movimento das águas modifica as irregularidades existentes à superfície da Terra, sendo, provavelmente, o principal agente modelador do relevo terrestre. A maioria dos aspetos e formas que se observam nas rochas deve-se, essencialmente, à ação exercida pela água.

[pic 1]

Ação da água sobre as rochas - paisagem sedimentar

[pic 2]

Ação da água sobre as rochas - paisagem basáltica

[pic 3]

Ação da água sobre as rochas - paisagem cársica

[pic 4]

Ação da água sobre as rochas - chaminés-de-fada

[pic 5]

Ação da água sobre as rochas – ravinamentos

Quando ocorre precipitação de chuva, granizo ou neve, a terra recebe água proveniente da atmosfera que se pode infiltrar no solo ou pode começar a percorrer a superfície terrestre. Assim, a água líquida do nosso planeta pode encontrar-se em rios, lagos, mares e oceanos e, também, em lençóis subterrâneos.

Rios:

[pic 6]

Rio

  • São cursos de água, superficiais e regulares, que podem desaguar num outro rio, num lago ou no mar.
  • São parte integrante da hidrosfera e constituem sistemas abertos, que interagem com os restantes subsistemas terrestres (geosfera, atmosfera e biosfera).
  • Possuem um leito e são ladeados pelas margens:

– as margens são faixas de terreno contíguo ao leito.

– o leito é o espaço de terreno que pode ser coberto pelas águas. Compreende:

– os mochões – ilhas cultiváveis formadas nos rios;

– as lodeiras – locais de acumulação de lodo;

– os areais – locais de acumulação de areia.

  • Podem distinguir-se três tipos de leito, o leito aparente, o leito de inundação e o leito menor:

[pic 7]

O estudo de um rio e a análise dos seus leitos efetua-se através da elaboração de cortes transversais em determinadas zonas do seu percurso – os perfis transversais.

[pic 8]

Perfil transversal de um rio

Num percurso de um rio podem considerar-se três zonas: o curso superior, o curso médio e o curso inferior.

A rede hidrográfica é formada por um rio e por todos os cursos de água de uma determinada região que nele debitam as suas águas.

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