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AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE GENÉTICA E COMPARAÇÕES DE DESEMPENHO DO ALGODOEIRO DE FIBRA COLORIDA

Por:   •  6/11/2019  •  Projeto de pesquisa  •  1.561 Palavras (7 Páginas)  •  204 Visualizações

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         AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE GENÉTICA E COMPARAÇÕES DE DESEMPENHO DO ALGODOEIRO DE FIBRA COLORIDA

ALVES, Larissa Mayara Abadia1; JÚNIOR, Vádio Neves Belchior1; MIRANDA, Melissa Cristina de Carvalho2; PIRES, Henrique Francisco3; PIMENTEL, Izabela Motta1; SOARES, Patrícia de Sousa1; GOMES, Gabriela Celestino1; CARVALHO, Gabriela de Oliveira1; CARDOSO, Daniel Bonifácio Oliveira4; SOUSA, Larissa Barbosa5.

1Graduando em Agronomia, Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil; 2Mestranda em Fitotecnia, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil; 3Mestrando, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil; 4Doutorando em Agronomia, Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil; 5Professora Doutora, Instituto de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil.

RESUMO

O algodão é uma das principais fibras naturais mais usados na indústria têxtil e é de extrema importância socioeconômica para o Brasil. O trabalho teve como objetivo avaliar 17 genótipos de algodoeiro de fibra colorida do Programa de Melhoramento Genético do Algodoeiro, da Universidade Federal de Uberlândia, quanto a sua produtividade e rendimento de fibra. O experimento foi realizado na fazenda Capim Branco, em Uberlândia – MG, na safra de 2015/2016. O delineamento utilizado foi de blocos completos casualizados com quatro repetições. Com auxilio do High Volume Instrument determinou-se as características tecnológicas das fibras de cada parcela, sendo analisados a produtividade e rendimento de fibra. Os genótipos BRS-RC, UFUJP-14 e UFUJP-09 do Programa de Melhoramento Genético do Algodoeiro, apresentaram resultados inferiores no desempenho produtivo, sendo descartada sua recomendação. A variação entre genótipos foi considerada baixo a médio para todos os caracteres, variando entre 3,98% para rendimento de fibra a 15,12% para produtividade de pluma.

PALAVRAS-CHAVES: Gossypium hirsutum, alto rendimento, melhoramento genético.

INTRODUÇÃO

   O algodoeiro herbáceo pertencente ao gênero Gossypium hirsutum, é uma planta de origem tropical, muito versátil e de grande adaptação, sendo encontrada nos mais diversos locais, na forma selvagem, e cultivada sob várias condições de solo e clima. O Brasil ocupa o quinto lugar em volume de produção, com uma área plantada de 1 milhão de hectares e a maior produtividade mundial de sequeiro, tendo como maiores produtores os estados do Mato Grosso e Bahia (CONAB, 2018). Desta totalidade, o algodão de fibra branca tem o cultivo mais predominante e o colorido pouco expressivo frente ao cenário agrícola nacional.

 O algodoeiro de fibra colorida é uma boa alternativa de cultivo a ser explorada, pois possui alto potencial de mercado para grandes produtores, devido ao seu maior valor agregado em relação ao algodão de fibra branca. Além disso, pode possibilitar aos produtores da agricultura familiar uma fonte de renda adicional ( CARDOSO, 2010). Apesar de sua importância existem barreiras na produção da fibra de algodão colorido, pelo fato destes gerarem fibras curtas e fracas, quando comparadas ao algodão de fibra branca, o que pode depreciar o produto frente a indústria têxtil. Da mesma maneira, é o fato de possuir produtividade menor relativamente as cultivares de fibra branca existentes no mercado, que limitam a sua produção.

    O conhecimento da variedade genética do gênero Gossypium e sua distribuição geográfica no Brasil são de ampla importância para o melhoramento genético, assim como para a proteção do repositório gênico nela representado, servindo também para orientar as políticas de conservação e aplicação desses recursos e a comercialização de cultivares transgênica. O germoplasma de uma espécie corresponde a todo o acumulo de genes contido no conjunto de genótipos que a formam e representa a fonte de variabilidade genética potencialmente disponível para o melhoramento (Embrapa, 2014).

No gênero Gossypium, essa variabilidade é enorme, tendo em vista o grande número de espécies e variedades botânicas presentes, resultando em uma imensa variação de porte, ciclo, cores, formas, tamanho, características, densidade e presença de estruturas especiais, na planta e em suas estruturas vegetativas e reprodutivas. Com base no exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar 17 genótipos de fibra colorida, referente a sua diversidade, produtividade e rendimento de fibra.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na Universidade Federal de Uberlândia, na safra 2015/2016. Os dados foram atingidos em experimentos conduzidos na fazenda experimental Capim Branco (18º52’S;48º20’W e 805m de altitude), pertencente à Universidade Federal de Uberlândia, no município de Uberlândia, Minas Gerais.

 A área situa-se sobre um Latossolo Vermelho Escuro, com textura argilosa. O preparo do solo foi realizado de forma convencional, com uma aração e duas gradagens. Antes da semeadura, a área foi sulcada e adubada, conforme necessidade pela análise de solo.

Foram avaliados 17 genótipos de algodoeiro de fibra colorida (UFUJP-01, UFUJP-02, UFUJP-04, UFUJP-05, UFUJP-07, UFUJP-08, UFUJP-09, UFUJP-10, UFUJP-11, UFUJP-13, UFUJP-14, UFUJP-15, UFUJP-16, UFUJP-17, UFUJP-18, BRS Rubi e BRS Topázio). O delineamento utilizado foi de blocos completos casualizados (DBC) com quatro repetições. A parcela constituiu-se de quatro linhas de 5 m de comprimento espaçadas por um metro, sendo a área útil da parcela as duas linhas centrais, desprezando-se 0,5 m de cada extremidade.

As sementes foram tratadas com o fungicida Carboxina-Tiram – nome comercial Vitavax®-Thiram 200 SC e inseticida Tiametoxam – nome comercial Cruiser® 350 FS. A semeadura foi realizada de forma manual em 16 de dezembro de 2015, com 16 sementes por metro linear a 2 cm de profundidade.  O desbaste foi realizado com 30 dias após a emergência, deixando-se oito plantas por metro linear.

Colheu-se a área útil de cada parcela e, posteriormente, pesou-se para calcular a produtividade de algodão em caroço. As amostras foram acondicionadas em sacos de papéis devidamente identificados. O material foi posteriormente beneficiado no laboratório da Fazenda Capim Branco, com a finalidade de separar as fibras das sementes.

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