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Tcc Engenharia de Produção - Ergonomia no ambiente de trabalho

Por:   •  18/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.953 Palavras (12 Páginas)  •  2.367 Visualizações

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Centro universitário do planalto de Araxá – uniaraxá

Curso de engenharia de produção

Luana luzia dos santos

Ergonomia no ambiente de trabalho. estudo de caso sobre o impacto de uma abordagem para a gerência de projetos terceirizados de desenvolvimento ergonômico, em um posto de combustíveis.

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado em Engenharia de Produção do Centro Universitário do Planalto de Araxá – UNIARAXÁ, em cumprimento parcial das exigências para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção.

Orientadora: Prof.  Ana Paula Nassif Tondato da Trindade

ARAXÁ/MG

AGOSTO/2015

Dedico essa etapa a Deus por ter me guiado até o final desse curso, pois sem ele não teria conseguido e a minha mãe por ser meu apoio nos momentos mais difíceis, pois sem eles não teria chegado até o final. Agradeço também minha filha Isabella por ser a razão do meu esforço para alcançar o meu ideal .

AGRADECIMENTOS

A todos os meus professores que contribuíram para a minha formação acadêmica, pelos ensinamentos, companheirismo e dedicação.

A minha orientadora Ana Paula Nassif Tondato da Trindade , por ter aceitado me acompanhar no aprimoramento desse trabalho, por ter me ajudado tanto e pelos ensinamentos disponibilizados.

“Não é digno de saborear o mel, aquele que se afasta da colmeia com medo das picadas da abelha.” (W. Shakespeare)

Resumo

Em um posto de combustível o trabalho realizado possui alta rotatividade nas tarefas, expondo os colaboradores a situações prejudiciais à saúde e na qualidade do serviço prestado. O local de estudo dessas atividades rotineiras é o Posto II da Rede ALPA localizado na cidade de Ibiá, BR 262, Km 630 Zona Rural no Estado de Minas Gerais. Examinaremos essas atividades através da observação e posteriormente faremos as análises e iremos sugerir melhorias do ponto de vista ergonômico. Teremos como base as normas regulamentadoras NR 17 (Ergonomia), NR 20 (Líquidos e combustíveis inflamáveis) e NR seis (Equipamentos de proteção individual). O nosso estudo de caso objetiva aperfeiçoamento das atividades melhorando assim a qualidade de vida dos colaboradores e do processo de trabalho.

Palavras chave: Ergonomia, colaboradores, posto, combustível, trabalho.

ABSTRACT

In a fuel station the work has high turnover in the tasks, exposing employees to harmful situations to the health and quality of service. The study site these routine activities is the ALPA Network Station II located in Ibiá, BR 262, Km 630 Rural Area in the State of Minas Gerais. We will examine these activities through observation and then we will do the analysis and we will suggest improvements to the ergonomic point of view. We will build on the regulatory rules NR 17 (Ergonomics), NR 20(flammable liquids and fuels) and NR 6 (Personal Protective Equipment) .Our case study objective improvement activities thereby improving the quality of life of employees and process of work.

Keywords: Ergonomics, employees, office, fuel, work.

INTRODUÇÃO

No presente trabalho mostraremos a contribuição da Ergonomia na qualidade de vida no trabalho. Observaremos cenas do cotidiano em um Posto de Combustível permitindo observar as tarefas diárias em uma jornada de trabalho. O que se percebe é que ao final do horário de trabalho muitos colaboradores se queixam de dores na coluna por exemplo. Esta é apenas uma simples situação que mostra a importância da Ergonomia na nossa qualidade de vida. O homem se preocupa tanto com a modernização de suas máquinas e novas tecnologias que se esquece de cuidar da saúde de seus colaboradores. E quando se fala em Ergonomia não estamos ressaltando apenas tarefas relacionadas ao nosso trabalho, mas também em casa, todo lugar que se possa encontrar a presença de pessoas.

Falaremos da história da ergonomia, da distribuição de combustível ao Posto de Combustíveis e da aplicação das normas no nosso estudo de caso.

A Ergonomia

 

1.1 – Métodos Conceituais:

 A Ergonomia é definida como o estudo da adaptação do homem ao trabalho. Ou seja, é uma ciência que esta interessada em todos os aspectos inseridos na situação de trabalho, abrangendo o manejo dos equipamentos, ambiente físico, relacionamento interpessoal, e toda situação que ocorre entre o Homem e seu trabalho. Para Iida (2000, p.1), uma definição concisa de Ergonomia, fornecida pela “Ergonômicos Resarch Society”, da Inglaterra, é: Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, equipamento e ambiente e, particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução de problemas surgidos desse relacionamento. A Ergonomia é formada por um conjunto de ciências que visa adaptar os postos de trabalho as características, habilidades e limitações do homem. Possibilitando uma melhorar a qualidade de vida e rendimento do trabalhador. Esta adaptação é possível devido à contribuição de várias ciências. A ergonomia é interdisciplinar, interage com várias disciplinas no campo das ciências da vida, técnica, humanas e sociais, centrando-se no objeto de estudo que é o conceito da atividade de trabalho. Por meio da Anatomia e da Fisiologia, aprende-se a estrutura e o funcionamento do corpo humano. A antropometria fornece informações sobre a dimensão do corpo. A Psicologia Experimental procurou investigar e definir os parâmetros do comportamento humano. A Medicina Industrial ajuda a determinar as condições de trabalho prejudiciais ao organismo humano. A Física e algumas especializações da engenharia fixam as condições com as quais o trabalhador deverá se contentar. Todas estas informações acumuladas nos campos afins do conhecimento humano formam a base da ergonomia. A Ergonomia possui uma característica interdisciplinar ao se utilizar outras áreas do conhecimento humano e ao mesmo tempo é de natureza aplicada ao adaptar os postos de trabalho e ambiente as necessidades dos trabalhadores. (DUL; WEERDMEESTER, 2001, p.14) A ergonomia pode ser vista como uma disciplina útil, prática e aplicada. Como uma disciplina útil através de seus estudos e procedimentos procura resolver os problemas surgidos entre os componentes humanos e os postos de trabalho. Tem a característica prática porque busca soluções adequadas aos trabalhadores, operados e à realidade das empresas e organizações onde a intervenção tem lugar. E pode ser considerada aplicada porque traz os resultados dos tratamentos científicos de modelagem da realidade e levantamento do problema do desenvolvimento de tecnologia de interfaces para a concepção, análise, testagem e controle dos sistemas de trabalho. (Vidal,) A ergonomia tem o interesse no estudo das posturas e os movimentos corporais (sentado, em pé, empurrando, puxando e levantando pesos), fatores ambientas (ruídos, vibrações, iluminação, clima, agentes químicos), informações (informações captadas pela visão, audição e outros sentidos), controles, relações entre mostradores e controles, bem como cargos e tarefas (tarefa adequada, cargos interessantes). A conjugação adequada desses fatores permite projetar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na vida cotidiana. (DUL; WEERDMEESTER, 2001) Na execução de uma postura e dos movimentos estão envolvidos diversos músculos, ligamentos e articulações do corpo. Quando estes são 12 executados de forma inadequada produzem tensões mecânicas nos músculos, ligamentos e articulações, resultando em dores no pescoço, costas, ombros, punhos e outras partes do sistema musculoesquelético. (Cf. Iida) Nos fatores ambientais há uma preocupação com a natureza química e física, tais como vibração, iluminação, clima e substâncias químicas que podem afetar a segurança e conforto das pessoas. A presença de ruídos elevados no ambiente de trabalho pode perturbar e com o tempo resultar em um problema de audição. “Provoca uma interferência nas comunicações e redução da concentração, que podem ocorrer com ruídos relativamente baixos” (DUL; WEERDMEESTER, 2001, p.86). Enquanto as vibrações dependendo do nível de sua frequência podem produzir sensações de enjoo, dores no peito, dificuldades respiratórias, dores nas costas e visão embaralhada. E para que o trabalho seja executado em condições favoráveis são necessários alguns cuidados com o clima para se evitar o congelamento ou queimaduras da pele. Os processos de informação, controle e relação entre controle e mostradores estão inseridos em produtos e sistemas complexos. “O homem recebe informação da máquina e atua sobre ela, acionando algum dispositivo de controle” (Ibid., p.55). Tendo em vista que os computadores estão presentes, no nosso cotidiano, é necessário seguir alguns parâmetros no trabalho com os computadores. Neste processo estão envolvidos a audição, a visão e outros sentidos como olfato, paladar e temperatura. Quanto às tarefas e cargos é necessário se fazer uma delimitação do que é cada um. O cargo é constituído por um conjunto de tarefas que uma pessoa realiza durante uma jornada de trabalho. As tarefas por sua vez, são compostas por diversas ações. Quando se pensa no cargo é importante se pensar em alguns fatores como: ser composto por uma variedade de tarefas, o ocupante de o cargo ter controle sobre o seu trabalho, ser adequado ao seu nível de conhecimento e experiência e não ser muito repetitivo. (ibid.) Por meio de estudos pode-se falar em três tipos de contribuições dados pela Ergonomia. De acordo com a ocasião que em que é feita, é classificada em ergonomia de concepção, ergonomia de correção e ergonomia de conscientização. Wisner (apud Iida, 1990, p.7). A Ergonomia de concepção atua numa fase em que uma atividade está sendo projetada. Os profissionais de ergonomia orientam a empresa na assimilação de novas tecnologias e no desenvolvimento do mobiliário, ferramenta e equipamentos de trabalho. Enquanto a correção é feita depois que uma atividade já esta implantada, a função da equipe de Ergonomia é o de analisar como está o trabalho dentro da empresa em todos os seus aspectos. A equipe avalia o ambiente onde as pessoas executam as suas atividades, as relações entre os empregados, o mobiliário, das salas e as “ferramentas” de trabalho (computadores, telefones, etc.) e também, as relações dos empregados com os colegas, gerentes e supervisores, o ritmo de trabalho, as pausas para descanso e as metas a serem atingidas. O objetivo dessa avaliação é detectar problemas relacionados ao processo de trabalho e propor soluções para esse problema. Depois de analisar as condições de trabalho e descobrir onde há problemas, a equipe ergonômica propõe adaptações ou substituições dentro da empresa. (Cf. Vidal) Muitas vezes, os problemas ergonômicos não são completamente solucionados, nem na fase de concepção e nem na fase de correção. Portanto, é importante conscientizar o trabalhador, através de cursos de treinamento e frequentes reciclagens, ensinando-o a exercerem a função de forma segura, reconhecendo os fatores de risco que podem surgir a qualquer momento, no ambiente de trabalho. Deve-se saber que providência tem que ser tomada diante de cada situação. (Cf. IIDA) A contribuição ergonômica e todos os conhecimentos da ergonomia são construídos por um processo de decomposição e reconstrução da atividade complexa do trabalho, é realizada uma análise que por fim deve ser transformado. O objetivo é ocultar o mínimo possível à complexidade do trabalho real. Quanto mais a ergonomia aprofunda o se questionamento sobre a realidade, mais ela é interpelada pela mesma e o seu objetivo é mais facilmente alcançado. (Etiene, 1998). Esta inserida no estudo da Ergonomia a realização de análises: das atividades físicas e cognitivas de trabalho (componentes psicofísicos); análise das informações; análise do processo de tratamento das informações. Este trabalho é feito por meio de técnicas objetiva ou direta que é realizada através de um registro das atividades ao longo de um período, por exemplo, através de um registro em vídeo ou fotos. E subjetivas ou indiretas que se tratam de técnicas que lidam com o discurso do operador, representado por questionários e entrevistas. Este tipo de coleta de dados pode levar as distorções da situação real do trabalho, se considerada uma apreciação subjetiva, porém podem fornecer uma gama de dados que favoreçam uma análise preliminar. Enfim a Ergonomia consiste em estratégias que visam à modificação do trabalho de forma que ele se adapte às pessoas e às características da tarefa, almejando uma otimização do conforto, da segurança e da eficácia. O seu objetivo é humanizar o trabalho. Assume-se que ele deve ser adaptado às características das pessoas em articulação com as exigências sócio técnico das tarefas, aos objetivos almejados e às condições de trabalho efetivas disponíveis. Assim, além de aumentar a produtividade, ocorre uma economia na carga de trabalho em termos de esforço emocional (aspectos afetivos), em termos de esforço biomecânico (aspectos comportamentais) e em termos de esforço mental (aspectos cognitivos). (Ibid.)

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