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PANORÂMICA DO EMPREGO E DO DESEMPREGO NO SETOR DE TRANSPORTE NO BRASIL

Tese: PANORÂMICA DO EMPREGO E DO DESEMPREGO NO SETOR DE TRANSPORTE NO BRASIL. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/4/2014  •  Tese  •  8.513 Palavras (35 Páginas)  •  334 Visualizações

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VISÃO GERAL DO EMPREGO E DESEMPREGO NO SETOR DE TRANSPORTES NO BRASIL

Prof. MSc. Mauro Leônidas - FAP mauro@fap-pa.edu.br

Profa. Dra. Regina Cleide Figueiredo Teixeira – FAP/FAMAP/UFPA rcleide@uol.com.br

Resumo

Na sociedade contemporânea, o ser humano precisa desenvolver competências inéditas, entre elas a empregabilidade. Desta forma necessita de novas habilidades e de dedicação a um aprendizado continuo. No entanto, o homem é o principal agente e o objeto sobre o qual essas mudanças se aplicam o que acarreta desafios e ansiedades que irão determinar o questionamento de seus valores. Na era do conhecimento, o capital humano é reconhecido no foco das atenções dos dirigentes organizacionais, principalmente no que se refere à capacitação dos indivíduos, uma vez que as organizações precisam desses indivíduos para se manter ativas no mercado. O ser humano continua sendo o grande agente de transformação da sociedade moderna.

Palavras Chaves: empregabilidade, capital humano, sociedade moderna

Abstract

In the contemporary society, the human being needs to develop unpublished competences, among them the employability. This way he/she needs new abilities and of dedication to a learning continue. However, the man is the main agent and the object on which those changes are applied what carts challenges and anxieties that will determine the question of their values. In the era of the knowledge, the human capital is recognized in the focus of the organizational leaders' attentions, mainly in what he/she refers to the individuals' training, once the organizations need those individuals to maintain active in the market. The human being continues being the great agent of transformation of the modern society.

Key words: employability, human capital, modern society

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1. Introdução Faz-se um estudo sobre o emprego, centrado nas duas últimas décadas, quando se observa que os padrões tradicionais das empresas começaram a sofrer rápidas e bruscas mudanças. Nota-se, a partir de então, que não existem mais o escritório-padrão e o emprego padrão. Muitos foram substituídos por modem, laptops, fax, telefones celulares e pequenas salas em domicílios pessoais. Nos dias de hoje, desloca-se o local de trabalho das empresas para os lares, hotéis, carros, e aviões. Modificam-se e transformam-se atividades e funções, extinguindo cargos. Assim, aqueles que continuam nas organizações vêm acumulando atribuições e tarefas e aumentando as suas jornadas de trabalho. Como conseqüência, vem o desemprego e, mais do que isso, trabalhadores estão à deriva. Assim, urge a construção não só de novos conceitos de trabalho, mas também de novos hábitos de trabalho. Não bastam compreender as novas formas de gerenciamento empresarial. Faz-se necessário contextualizar os diferentes modos de produção e consciência humana, de maneira a verificar se o resultado que se tem hoje é uma conseqüência de ações e escolhas passadas. Tenciona-se conhecer a dinâmica evolutiva do desemprego para se sugerir novas posturas ao empregado e empregador, visando evitar impactos maiores no mundo do trabalho. Acredita-se que parte destas respostas pode estar centrada na empregabilidade.

2. As mudanças ocorridas no trabalho A noção de emprego estava, até a década passada, associada à de estabilidade, previsibilidade e certeza (SCHON, 1971, p. 219). Com o avanço tecnológico e sua reestruturação, o emprego migrou da indústria para os serviços, formais ou informais. No mercado em transformação, tornou-se instável e autônomo. Em todos os setores o aparato muda de característica e de objetivos, e o trabalhador é pressionado a buscar um novo perfil, a rediscutir e reinventar, enquanto as empresas, também passam a demitir parte de sua mão-de-obra em busca de um diferencial competitivo, baseado na mão-de- obra especializada (OSBORNE & GAEBLER, 1992, p. 48; INGRAHAM & ROMSEK, 1994, p. 88). As análises e previsões feitas durante a década de 80 de que, no ano 2000, o avanço tecnológico levaria à substituição dos trabalhadores por máquinas inteligentes nas atividades que demandavam esforços físicos, e que se trabalhariam somente trinta horas por semana, sendo o restante do tempo destinado ao lazer, soa como algo duvidoso e até um paradoxo (HANDY, 1995, p. 115). Por outro lado, os que estão sendo demitidos e voltam a trabalhar passam a receber um salário em média 30% menor do que o salário anterior (THUROW, 1997, p. 201). Há no ar uma grande indagação: Como se poderá garantir a sobrevivência das pessoas em tais condições? Observa-se que o capitalismo contemporâneo vem, nas últimas décadas, engendrando profundas mudanças no mercado de trabalho, mudanças essas que se explicitam principalmente pela globalização das finanças; pela crescente precarização das relações de trabalho e pelas taxas elevadas de desemprego; pelo deslocamento geográfico de organismos produtivos e absorvedores de mão-de-obra, e pela eliminação de postos de trabalhos na indústria.

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Entende-se por precarização das relações de trabalho a substituição de relações formalizadas de emprego, que, no Brasil, expressam-se em registro na carteira de trabalho, por relações informais de compra e venda de serviços, que vêm se constituindo principalmente pelas formas de contratação por tempo limitado, de assalariamento sem registro, de trabalho a domicílio e outras (SINGER, 1995, p. 2). O trabalho temporário, por tempo determinado e de meio período, está aumentando sua importância no índice total de crescimento dos empregos. Esses tipos de trabalho envolvem tipicamente salários mais baixos, alguns benefícios a menos e menor segurança que o emprego mais tradicional. Isso, por sua vez, está levando a uma polarização da força de trabalho: trabalhadores de tempo integral comparativamente produzem mais resultados, enquanto trabalhadores com menos segurança produzem comparativamente menos (SINGER, 1995, p. 6). Esse fato traz como resultado vários problemas sociais. Numa época em que o governo está tentando reduzir sua responsabilidade quanto aos benefícios sociais, como a seguridade na terceira idade, um segmento cada vez maior da população perde acesso aos tipos de pensão privada e aos planos de benefício que poderiam tornar os cidadãos auto-suficientes na aposentadoria. O surgimento de uma classe de trabalhadores subempregados e mal pagos afeta indevidamente aqueles que já consideram suas oportunidades de emprego restritas, aumentando

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