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Resenha Durkheim . QUINTANEIRO, Tânia et al. Um toque de clássicos

Por:   •  21/11/2018  •  Resenha  •  948 Palavras (4 Páginas)  •  654 Visualizações

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AMANDA GABRIELLY KRAMA DE MATOS[pic 1]

RESENHA- UM TOQUE DE CLASSICOS: ÉMILE DURKHEIM

Resenha apresentada à disciplina de Sociologia, professor José Ricardo Martins, do Curso de Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná.

CURITIBA

2018

TÂNIA BARBOSA QUINTANEIRO

Mestre em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (1974) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1972). Professora aposentada do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Atua nas áreas de teoria sociológica clássica. Pesquisa a política interamericana e a atuação do Estado, com ênfase nas relações entre o Brasil, os Estados Unidos e América Latina no período da Segunda Guerra Mundial. Pesquisa relações de gênero por meio da produção de viajantes estrangeiros ao Brasil no século XIX. Tem se dedicado especialmente ao estudo da sociologia de Norbert Elias.

ÉMILE DURKHEIM

Émile Durkheim nasceu em Épinal, na Lorena, no dia 15 de abril de 1858 e lá viveu até sua morte, em 1917. Aos 21 anos de idade, ingressou na Escola Normal Superior de Paris, onde se graduou em Filosofia no ano de 1882, sob a tutela de Fustel de Coulanges. Diretamente influenciado pelo positivismo de Auguste Comte, dedicou sua trajetória intelectual a elaborar uma ciência que possibilitasse o entendimento dos comportamentos coletivos. Sua grande preocupação era explicar os elementos capazes de manter coesa a nova sociedade que ia se configurando após a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.

Durkheim determina o fato social como objeto central de investigação deste novo campo científico. Os fatos sociais nos ensinam como devemos ser sentir e fazer, pois o que as pessoas sentem, pensam ou fazem não dependem totalmente de suas vontades individuais, posto que seja uma conduta instituída pela sociedade. O fato social se impõe na direção da sociedade, ou seja, exerce uma coerção sobre o indivíduo e se estabelece de forma a homogeneizar e padronizar os comportamentos particulares, garantindo que sejam coletivos. Propositalmente, Durkheim chama o fato social de “coisa” para ressaltar que ele é um objeto no sentido científico, isso é, algo que pode ser observado, definido e explicado pelo cientista social.

O fato social é algo dotado de vida própria e não é mera justaposição de pensamentos individuais. E o grupo possui uma mentalidade que não é idêntica a do indivíduo. E por essas maneiras de agir e sentir serem externa aos indivíduos, segundo Durkheim, ela são transmitidas através de uma aprendizagem, de uma socialização do indivíduo.

Entende-se o fato social como uma “coisa” que exerce força de coerção sobre os sujeitos, independentemente de sua vontade ou ação individual. Propositalmente, Durkheim chama o fato social de “coisa” para ressaltar que ele é um objeto no sentido científico, isso é, algo que pode ser observado, definido e explicado pelo cientista social.

Como um bom positivista, Émile Durkheim têm uma visão harmoniosa da sociedade e, por conseguinte, os desvios de padrões são sempre vistos como anomalias que podem ser corrigidas pela organização das forças sociais. Para Durkheim, as sociedades tradicionais – pré-modernas e pré-industriais – mantinham a sua coesão através da chamada solidariedade mecânica, uma vez em que as mudanças não eram comuns e os indivíduos não se diferenciavam muito entre si e entre as gerações e as atividades profissionais. Numa sociedade como a nossa, em que as mudanças são rápidas e as atividades de trabalhos são muito variadas, a unidade social é dada pelo que ele denomina solidariedade orgânica. Esse conceito traz a ideia de que a sociedade industrial mantêm-se em um funcionamento relativamente harmonioso, possibilitado pelo fato de que cada grupo ou indivíduo ocupa uma função diferente, cumprindo cada um seu papel na sociedade através da divisão social do trabalho.

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