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A evolução do fotojornalismo

Por:   •  4/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.486 Palavras (6 Páginas)  •  601 Visualizações

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A fotografia no Brasil teve seu início em 1830 através de Antoine Hercules Romuald Florence, francês radicado no Brasil, diante da necessidade de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão, a “polygraphie”. Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir imagens usando a luz do sol, e descobriu um processo fotográfico que chamou “photographie” em 1832, como descreveu em seus diários da época, dentre uma séria de outras invenções e experimentos. Até a chegar ao registro fotográfico através de uma câmera escura com uma chapa de vidro com ajuda de um papel sensibilizado para a impressão por contato.

Com a chegada do daguerreotipo (uma das primeiras formas de reprodução fotográfica) ao Rio de Janeiro em 1839, a fotografia apresentou sua primeira evolução, já que agora a imagem seria produzida sobre uma camada de prata polida aplicada sobre uma placa de cobre e sensibilidade em vapor de iodo.  Com esse equipamento, o Imperador a época, Dom Pedro II, apaixonado pela fotografia, passou a contribuir com o desenvolvimento de tal arte no país, com apenas 15 anos já registrava suas impressões sobre o Brasil através de tal equipamento.

A partir do século XX, mais precisamente em 1940, um momento de virada na estética moderna da fotografia brasileira é percebido, conhecido como Fotoclubismo, além da produção documental, pessoas interessadas em fotografia passam a usá-la como uma forma de expressão artística, com isso a partir desse momento, pode-se perceber um aperfeiçoamento técnico na produção da imagem. É também na década de 40 que é dado o início da produção do fotojornalismo em revistas e jornais de grande circulação como: O Cruzeiro, Manchete e Última Hora. A partir da expansão do mercado profissional de fotografia entre as décadas de 50 e 60, trabalhos documentais e experimentais eram cada vez mais vistos dentro de museus e galerias.

Um campo favorecido com tal evolução é o da fotografia jornalística ou fotojornalismo, tal campo exige muita técnica, e como o intuito é retratar um assunto em questão, informar fatos, contextualizar, oferecer conhecimento, formar, esclarecer ou marcar pontos de vista através da fotografia de acontecimentos e da cobertura de assuntos de interesse jornalístico; a rapidez da que demanda de um profissional da área na agilidade de ajustar a câmera e registrar o momento teve um facilitador já que essa modernização agilizou a produção e transmissão das imagens. A diferença de tal campo para outros da fotografia é exatamente o senso de urgência e os prazos que só uma fotografia jornalística possuem – o que acaba dificultando o profissional a ter liberdade para criar, analisar cenário, escolher a técnica e o melhor ângulo do objeto, etc.

Por muitos anos, o fotojornalismo no Brasil foi restringido a fotos pousadas e retratos. Muitas revistas faziam reportagens sociais, sobre política e esportes. Demorou muito tempo para que as técnicas que já eram praticadas ao redor do mundo fossem aprendidas. O primeiro momento em que essa área obteve uma revolução foi durante a II Guerra Mundial, que teve impacto direto em como tal jornalismo era feito no Brasil. A partir das primeiras invasões hitleristas na Europa Central, todos os passos da guerra (1939-1945) foram cobertos por todos os jornais do mundo, através dos telegramas e das radiofotos distribuídos pelas agências de noticiosas internacionais (France Press, International News, United Press, Havas, Reuters, Associated Press e outras). Os jornais nacionais não ficaram de fora, principalmente os vespertinos, que passaram a colocar grandes fotos na primeira página.

A segunda revolução se deu na década de 50, quando a fotografia passa a ser de grande importância no fazer jornalístico com a pré-paginação ou driagramação. Ainda com a precariedade de recursos e perfeccionismo que possuímos hoje em dia, alguns jornais começaram a contratar artistas gráficos para fazerem o planejamento dos esboços e fotos para os fotógrafos, situação que passou a demandar espaços para a fotografia nos jornais. Jornais como O Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil, à época se modernizaram para passar a darem espaço para as imagens em seus matutinos, garantindo destaque à imprensa diária. Com essa modernização, câmeras como Rolleiflex com mini flash passaram a ser usadas e por muito tempo foi a câmera por excelência dos repórteres fotográficos. Nessa mesma época se deu início na imprensa brasileira a manchete fotográfica e a cobertura da massa, devido a isso, os fotógrafos passarem a ser estimulados a propor seu próprio assunto e sair à rua, sem depender de pauta determinada pela redação.         Devido à rotina e técnicas desses profissionais acaba existindo uma diferença entre os mesmo outros fotógrafos como de editorial de moda e/ou fotografia cientifica por exemplo.

Nas décadas seguintes, grandes nomes da fotografia surgem e garantem seu espaço nacional e até mesmo mundial que influenciaram e influenciam fotógrafos, em especial fotojornalistas ao redor do mundo, como: Luís Humberto que, apesar da censura, fez fotos irônicas sobre a situação do Brasil sob o regime militar e Sebastião Salgado, único fotógrafo que retratou o momento exato em que Ronald Reagan sofreu uma tentativa de assassinato.

Quanto à evolução das técnicas, a partir de meados do século XX, o mercado fotográfico passou a experimentar uma crescente evolução tecnológica, como a padronização do filme colorido e o foco automático – ou exposição automática. Tais inovações vindas com a digitalização, facilitaram a captação de imagens assim como melhoraram a rapidez do processamento, diminuiu etapas e custos, assim como a qualidade de reprodução, mas diferente do que pensam, muito pouco foi alterado dos princípios básicos da fotografia.

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