TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE SISTEMATIZAÇÃO DE LEITURA

Por:   •  5/1/2021  •  Resenha  •  3.300 Palavras (14 Páginas)  •  229 Visualizações

Página 1 de 14

        [pic 1]                   [pic 2]

  ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE SISTEMATIZAÇÃO DE LEITURA

Mestranda(o):         Alessandra Komar                Data da entrega: 19/07/2020

I – Contextualizando o material de leitura:

  1. Identificação da obra:

RÜSEN, Jörn. Didática da História: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. Práxis Educativa, v. 1, n. 1, p. 7-16, jul./dez. 2006.

  1. Identificação do autor: 

        Jörn Rüsen é um historiador, filósofo e professor universitário. Nasceu em 19 de outubro de 1938 em Duisburgo, Alemanha. Suas pesquisas e investigações abrangem, sobretudo, os campos da teoria e metodologia da história, da história da historiografia e da metodologia do ensino de história. Possui inúmeros títulos publicados, muitos deles com tradução para o português. [1]

        

II – Explorando o conteúdo do material de leitura

  1. Qual o tema/assunto central de que trata o texto.

        O tema central do texto é a trajetória da didática da história na Alemanha. Analisando-a como uma disciplina externa aos estudos históricos à uma disciplina capaz de desenvolver a consciência histórica.

  1. O/a autor/a formula uma hipótese ou problemática? Estabelece algum objetivo ao abordar aquele tema ou problema?

        Na primeira parte deste trabalho o autor aborda as concepções referentes a didática da história que se desenvolveram na Alemanha anteriores a década de 60 e, depois 60 a 70. Elencando suas principais características e conceitos.

        Na segunda parte do ensaio sobre a  Didática da História, Rüsen aponta quatro  itens sobre os quais tem se centrado o foco de  discussões acerca da didática da história na Alemanha Ocidental, são eles: a  metodologia  de instrução  dentro da sala de aula, as funções e os usos da história na vida pública, o estabelecimento de metas para a educação histórica nas escolas, além da  verificação dos resultados das mesmas e por fim a análise geral da natureza , função e  importância da consciência histórica.

        

  1. Apresente, de forma objetiva (sem emitir opinião ou estabelecer relações com outros autores ou temas), quais as principais ideias apresentadas e argumentos utilizados pelo autor.

        O autor descreve uma  concepção da didática da história, apoiando-se na didática da história da Alemanha,  seu funcionamento e sua localização entendida de forma equivocada e enganosa. Falha, por confrontar os problemas reais ligados à aprendizagem e a educação histórica e, pertinentes à relação entre didática da história e pesquisa histórica. A concepção da didática como treinamento de professores de história, se apresentando em níveis: 1º nível  - pragmático: métodos de ensino ( relacionado a pedagogia: ensinada e aprendida pelo fazer); 2º nível: teórico - condições e propósitos básicos de ensinar ( a história sendo discutida em relação as ciências sociais).

        Chama a atenção para a concepção do ensino e da aprendizagem. Não os concebendo de forma separada considerando que é um processo fundamental da vida humana não se restringindo somente à escola. Esse pensamento amplo e geral liga-se a concepção da história como mestra da vida.

        O lugar que a didática da história passará a ocupar vai, com o passar dos anos, depender da institucionalização e profissionalização da história. Segundo o autor, os historiadores se distanciaram das discussões relacionadas as necessidades sociais, sendo estas essenciais para orientar a vida dentro da estrutura tempo. “A didática não era mais o centro da reflexão dos historiadores sobre sua própria profissão ela foi substituída pela metodologia da pesquisa.” (p.9)  O autor chama esse processo de cientificação da história – separação entre o ofício do professor e historiador e entre produção historiográfica e prática de ensino, em que a didática era interpretada como uma aplicação externa da escrita profissional da história.

        Sendo a reversão dessa cientifização a principal tese defendida pelo autor, propondo a retomada da autoconsciência  histórica, criando uma outra perspetiva para a didática da história, adquirindo um status dentro da disciplina, com o qual poderá facilitar e melhorar o entendimento histórico.

        Para esclarecer a trajetória da didática da história na Alemanha o autor cita Erich Weniger, representante dos estudos até os 60,  que defende a visão de que “a educação em história pode ser definida como um processo histórico que pode ser analisado com as ferramentas teóricas e metodológicas da hermenêutica historicista. O professor tem que entender a educação como o historiador tem que entender a história” (p.9), tradução de formas e valores de estudiosos para a sala de aula,  deixando evidente a divisão de trabalho, também tendo a divisão entre a história formal e a história escolar. Percebe-se que até nesse período histórico havia uma negação de que a história pudesse alcançar uso prático, e que alguma metodologia pudesse destruir a disciplina, e que os estudos históricos eram legitimados simplesmente pela sua existência. Uma concepção tradicional e estreita baseada em que a tarefa da didática histórica era simplesmente “transmitir esse conhecimento sem a participação na geração desse discurso” (p.10) uma simples reprodução dos estudos históricos.

        Nos anos 60 e 70 houve uma reorientação cultural, críticas ao conceito tradicional e passaram a conceber um novo conceito teórico, ou seja, a história como ciência social, aproximando-se de outras ciências. Nas escolas alemãs essa mudança foi sentida, o que gerou uma crise de legitimidade no ensino de história, questionando os novos conteúdos introduzidos, o papel  que a história desempenhava na educação, e a concepção do historicismo. A hermenêutica foi perdendo espaço e sendo ocupada pela teoria do currículo. O resultado dos questionamentos aos historiadores e suas produções é vista como uma mudança de paradigma, pois os mesmos “ampliaram o campo da auto-reflexão e do auto-entendimento histórico” (p.10). Alinhando pesquisas e estudos históricos com a educação, em particular. Coincidindo com as mudanças que estavam ocorrendo no sistema universitário.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (20.1 Kb)   pdf (167.7 Kb)   docx (181.1 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com