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CONHECIMENTO EMPÍRICO, SENSO COMUM E PENSAMENTO TEÓRICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIENCIAS EM ESCOLA PUBLICAS DO CAMPO

Por:   •  4/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.924 Palavras (12 Páginas)  •  403 Visualizações

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Programa de Pós-graduação em Docência para Educação Básica[pic 2]

 

TRABALHO FINAL DA AULA

ATIVIDADE DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA HISTÓRIA-CULTURAL

           

Aluno: Marcelo Silva de Brito

BAURU-SP

2018

MARCELO SILVA DE BRITO

TEMA: CONHECIMENTO EMPÍRICO, SENSO COMUM E PENSAMENTO TEÓRICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIENCIAS EM ESCOLA PUBLICAS DO CAMPO

Relatório final da disciplina de Mestrado: Atividade de ensino e de aprendizagem na perspectiva história-cultural, da Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”.

Prof.ª.Dr.ª

                

BAURU-SP

2018

CONHECIMENTO EMPÍRICO, SENSO COMUM E PENSAMENTO TEÓRICO E SUAS IMPLICAÇÕES NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIENCIAS EM ESCOLA PUBLICAS DO CAMPO.

A Teoria Histórico-Cultural de Vygotsky tem se mostrado promissora no campo da educação, por analisar não só o conceito científico em si, mas também por considerar o estudante como sujeito atuante, emancipado, capaz de desenvolver-se e construir seu próprio caminho no meio social onde vive. Talvez aí esteja à luz para muitos dos problemas que envolvem o ensino escolar, pois neste contexto o conhecimento empírico, ou seja, o que o estudante traz consigo, bem como a sociedade onde ele está inserido, deve ser considerado, especialmente, ao ensinar um conceito cientifico, e neste contexto poderemos verificar mais um pouco além, considerando o senso comum que está presente nas conversas ordinárias nos grupos sociais.

 preciso que o ensino de Ciências matéria onde leciono a 3 anos em escola pública do campo possa trazer uma abordagem da realidade dos alunos do campo e que esse conteúdo deixe de ser apenas uma sequência lógica de textos científicos a serem desenvolvidos e passe a fazer parte do seu dia a dia na solução de problemas, ou seja, a ciências passe a ter sentido para o estudante.  Visto que, a Teoria Histórico-Cultural é uma perspectiva muito recente em nosso contexto educacional. A ênfase, entretanto, estará na abordagem do conhecimento empírico, senso comum e pensamento teórico, bem como em suas implicações no processo ensino-aprendizagem, objetos de estudos da Teoria Histórico-Cultural.

Os professores em seu fazer pedagógico estão sempre buscando formas de organizar seu trabalho objetivando possibilitar que os estudantes, por meio das  

atividades de ensino, assimilem novos conceitos nas mais variadas áreas do conhecimento. O objetivo do ensino é possibilitar ao estudante formar conceitos científicos, conceitos estes que foram acumulados historicamente pela humanidade e são necessários para desenvolvimento cognitivo dos sujeitos nos espaços escolares.

Ao verificar os caminhos percorridos pelos estudantes para a assimilação de novos conteúdos, faz-se necessário conhecer os mecanismos que caracterizam a aprendizagem, considerando que os conhecimentos empíricos refletem as propriedades externas dos objetos, tendo em vista que sua base é formada pelas

observações e a propriedade geral é separada como algo pertencente à mesma ordem que as propriedades particulares e singulares dos objetos, seria o pensamento empírico o ponto de partida para a ensino?

Segundo a teoria empirista nossos conhecimentos começam com a experiência dos sentidos, ou seja, com as sensações. Os elementos externos estimulam nossos órgãos dos sentidos e vemos cores, sentimos sabores e odores, ouvimos sons, sentimos a diferença entre o áspero e o liso, o quente e o frio, etc. As sensações se agrupam e desenvolvem a percepção, neste sentido apreendemos uma única coisa ou objeto por meio de várias e diferentes sensações, ou seja, as ideias, os conceitos que temos sobre a realidade que constituem a relação teórica do sujeito com o objeto, “surge e se desenvolve a base da interação prática entre eles” (KOPNIN, 1978, p. 168).

As percepções se combinam e se integram por semelhança, proximidade ou contiguidade espacial e por sucessão temporal. A causa da integração ou associação das percepções é a repetição. Ou seja, de tanto algumas sensações se repetirem por semelhança, ou no mesmo espaço ou próximas umas das outras, ou, enfim, de tanto se repetirem sucessivamente no tempo, induz o indivíduo a criar o hábito de associá-las. Essas associações ou integrações são as ideias que ocasionadas pela experiência, ou seja, pelas sensações, percepções, ou hábitos, são memorizadas formando o pensamento.

Nesse sentido, o processo de concretização dos conhecimentos empíricos consiste em selecionar ilustrações, exemplos, que entram na correspondente classe de objetos. O homem por meio de seus sentidos está sempre em contado mundo exterior observando, experienciando e aprendendo. Kopnin (1978, pp.150-153), reforça essa ideia ao dizer que,

[...] todo o nosso conhecimento provém, em suma, das sensações e percepções; pois o homem não possui outras fontes, outros canais com o mundo exterior e ressalta que em nível empírico obtém-se da experiência imediata o conteúdo fundamental do pensamento; são racionais antes de tudo a forma de conhecimento e os conceitos implícitos na linguagem, em que são expressos os resultados do conhecimento empírico.

Deste modo, não se pode comparar o sensorial ao empírico e o racional ao teórico, pois ambos se fazem presentes no movimento do pensamento. Assim sendo, Kopnin (1978), dando continuidade em seu pensamento, argumenta que no pensamento empírico, o objeto é representado no aspecto de suas relações

e manifestações exteriores acessíveis à contemplação, obtém-se da experiência imediata o conteúdo fundamental do pensamento e são racionais antes de tudo, a forma de conhecimento e os conceitos implícitos na linguagem, em que são expressos os resultados do conhecimento empírico. Ao passo que o pensamento teórico reflete o objeto no aspecto das relações internas e leis do movimento deste, cognoscíveis por meio da elaboração racional dos dados do conhecimento empírico. Sabemos, também, que é muito difícil separar os tópicos que dizem relação entre a dialética materialista e a prática.

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