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A Consulta Psicológica Toxicodependência

Por:   •  22/1/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.964 Palavras (8 Páginas)  •  151 Visualizações

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A Perspectiva da psicoterapia relativamente à [pic 2][pic 3][pic 4]


O que é a Toxicodependência?

O consumo de drogas é comum a todas as sociedades, faixas etárias e grupos sociais e está presente no percurso histórico do Homem até então. Contudo, é necessário perceber que, apesar de muitos indivíduos utilizarem este tipo de substâncias, não significa que todos sejam toxicodependentes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a toxicodependência é um “Estado de intoxicação crónica do organismo prejudicial ao indivíduo e à sociedade que é reflexo da administração de uma “droga”  (natural ou sintética), que se caracteriza por um desejo ou  uma necessidade incoercível de continuar a utilização”.  Segundo Amaral Dias (1980, in Fabião, 2002), os toxicodependentes apresentam grande variedade         de estruturas de personalidade mas regridem para “um ponto comum”, através das experiências com drogas.

“Droga” é qualquer substância que, ao ser intruduzida no organismo, altera percepções, emoções e o comportamento, provocando também no consumidor, a necessidade de voltar a consumir.

A toxicodependencia, atualmente, é classificada como uma doença crónica que altera a pessoa consumidora e o combate às drogas assume hoje em dia a forma de prevenção.

Factores de Risco

Como o combate à toxicodependência está assente na pervenção,  definir os factores de risco facilitam este trabalho preventivo, pois a atuação é direcionada para onde o problema é originado. Para o qual estuda-se o comportamento, o fenómeno e o “comportanento do fenómeno”. Para tal, é necessário assumir uma visão ampla sobre todos os possíveis factores de risco que estão presentes nos meios dos indivíduos, famílias, escolas, comunidades, na própria pessoa, etc. Segundo a Fundación de Ayuda contra la Drogadicción (FAD( 2002)), os factores de risco estão sumarizados nos três seguintes focos:

- Substância – Não da substância em si, mas do que a utilização da mesma representa par ao indivíduo;

- Indivíduo – A idade é um factor importante, quanto mais cedo se iniciar o consumo, maios probabilidades terá a pessoa de desenvolver adição. A baixa tolerância à frustração, baixa auto-estima, não aceitar regras, não saber dizer que “não”, tal como os valores do próprio indivíduo;

- Contexto – O meio familiar, incluindo a forma como o indivíduo foi educado, o meio escolar, são contextos que influenciam  o modo como futuramente a pessoa irá encarar a vida ;

Ferreas (1999), ao analisar o consumo tabágico de um grupo de jovens entre so 11 e os 14 anos, identificou duas categorias de factores de risco para o consumo desta droga:

- Factores Psicológico – Traços de personalidades ansiosos, baixo auto-conceito emocional, familiar e académico;

- Factores Biopsicossociais – Ter um amigo fumador, baixo rendimento escolar,  role models fumadores, uma atitude condescendente por parte dos pais relativamente ao consumo do tabaco e dinheiro disponível para gastos pessoais.

Factores de Proteção

Os factores de proteção são factores que previnem ou atenuam o consumo de substâncias psicoativas, moderando assim, a exposição aos riscos do consumo. Estes factores de proteção estarão presentes no mieo, ou no indivíduo.

Segundo Lozano e Gonzáles (1988), o que leva o indivíduo a “ativar” estes factores de proteção, é a resposta destes dois mecanismos de atuação:

O mecanismo Risco – Proteção (em que os factores de risco são controlados pelos factores de proteção) e o mecanismo Proteção – Proteção (um factor de proteção potencia o outro, fortalecendo os mesmos)

Os factores de proteção identificados são:

 - Área Pessoal – A crença religiosa, os próprio respeito pelo corpe e pela vida, a auto-aceitação, o QI, o auto controlo, os valores, a regencia pela lei, as expectativas de vida e a capacidade para cumprir compromissos;

- Área Familiar – O afeto pelos outros membros, estabilidade, cumplicidade, um núcleo familiar reduzido, estruturação familiar;

- Área Social – A realização de atividades religiosas, atividades grupais positivas, nenhum ou muito poucos exemplos de consumo de drogas no círculo de amigos;

(...)


Psicoterapia e toxicodependência

Cada caso de toxicodependênciadeve ser encarado como singular, partilhando apenas alguns pontos comuns com outros casos. A estrutura de personalidade dos consumidores de drogas difere bastante de uns para os outros, logo, o significado da utilização da substância, tal como a própria substância, também é diferente de caso para caso, o que reforça a singulariade de cada tratamento. É necessário avaliar possíveis patologias associadas, problemas físicos, problemas sociais. A diversidade de respostas é essencial para o sucesso do combate e prevenção da toxicodependência.

Contudo, Cancrini (1994, in The Psychopathology of Drug Addiction, 1994) concluiu que é possível classificar os toxicodependentes em quatro categorias:

- Perturbações  Adaptativas – nestes indivíduos existe uma relação evidente entre um acontecimento externo (trauma psíquico) e o comportamento de abuso de droga;

- Perturbações Neuróticas – nestes casos existe uma tendência para a redução da ansiedade interna através dos consumos de droga;

- Psícóticos e Borderline – constituem um grupo heterogéneo onde o consumo de droga pdoe proporcionar uma intensa experiência de liberdade;

- Perturbações Sociopáticas da Personalidade – frequentemente expressam os conflitos psíquicos através do acting-out;

Critérios de Seleção (Psicoterapia)

A psicanálise foca-se no tratamento de problemas de origem psicológica, cuja origem provém de problemas situados no passado, em particular nas relações com os pais mas que se manifestam no presente. A psicanálise tem por objetivo, a restruturação da estrutura de personalidade do indivíduo e o “preenchimento” de lacunas do desenvolvimento em pacientes com traços de personalidades desadaptativos, transtornos leves de personalidade. A Psicoterapia exige uma motivação muito forte para fazer as mudanças necessárias na vida e para o próprio conhecimento. O paciente tem que ter: - Disposição para o envolvimento num processo de tratamento de longa duração;

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