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Uma articulação do filme persona com as teorias da personalidade

Por:   •  19/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.070 Palavras (5 Páginas)  •  908 Visualizações

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UMA ARTICULAÇÃO DO FILME PERSONA COM AS TEORIAS DA PERSONALIDADE

PERSONA, um intrigante drama dirigido por Ingmar Bergman em 1966, o enredo apresenta um profundo mergulho nas personalidades da consagrada atriz Elizabeth e da enfermeira Alma. “O inútil sonho de ser. Não parecer, mas ser. Estar alerta a todos os momentos. A luta: o que você é com os outros e o que você realmente é. Um sentimento de vertigem, e a constante fome de realmente ser exposta”, palavras da Doutora, e que introduzem o verdadeiro conflito da trama, através de uma interessante volta pelas Teorias de Personalidades.

A teoria existencialista retrata o ser-além-do-mundo, em que o individuo expressa múltiplas possibilidades de transcendência, para habitar em outro mundo, como o papel de Elizabeth, que no filme após uma interpretação de Electra no teatro para de falar, assumindo um papel de vida inaltêtica sua personalidade se restringiu após a encenação de forma que o “eu autentico” incorpora uma postura de silêncio, sem espaço para assumir forma e domínio livre, resultando no afastamento do seu campo existencial, ou seja depois de ter assumido um modelo de mundo em que assumia varias personalidades diante das câmeras, ela não soube como relacionar com seu verdadeiro eu, encontrar a si mesma diante no mundo. Assim esse fechamento de si mesma a leva para clinica onde conhece Alma.

Uma noite na clinica, enquanto assistia TV, Bergmam demonstrou o primeiro sinal de sofrimento de Elizabeth, quando exibia uma cena em que um homem estava pegando fogo, e aquilo claramente causou pânico e angustia talvez até mesmo dor devido a expressão dela. Demonstrando o que o ser humano independente de sua cisão entre o mundo real e imaginário em que se encontra não pode transcender a esses estados.

Na teoria interpessoal, percebemos que a Personificação que Alma têm de si mesma é simples ela se mostra introvertida, apresenta uma vida comum, noiva, ao ser designada para cuidar da celebridade, se questiona sobre sua capacidade. Contudo a imagem que têm de Elizabeth é de idolatria, um estereótipo de admiração, que atinge seu próprio selfie, demonstrado na cena que diante do espelho Alma analisa se são parecidas, e quando ela mais tarde declara que provavelmente poderia ser a atriz. Cria- se assim uma tensão, ao ponto que quanto mais próxima as personagens ficam ocorre uma transformação de energia da personalidade de Alma, alterando seus comportamentos e suas emoções.

Segundo a psicanálise humanista da teoria de Fromm, afirma que a separação da humanidade e de seu mundo natural produziu sentimentos de solidão e isolamento, uma condição chamada Ansiedade Básica que se traduz na personalidade das duas mulheres. Durante a estadia na casa os papéis se invertem ao ponto que Elizabeth passa a ser ouvinte, o ombro amigo que Alma precisava para poder abrir suas feridas de sofrimento. A enfermeira faz confissões surpreendentes, o fato mais chocante foi sobre ter cometido uma traição seu namorado, uma orgia ocorrida quando era mais moça e que gerou uma gravidez indesejada, e consequentemente um aborto espontâneo. Essa declaração mostra uma nova face da enfermeira.

Alma possui um “pseudo selfie”, ela viveu a vida toda com base nas expectativas alheias, mas no momento em que ela lê a carta de Elizabeth, sobre sua perspectiva a respeito da enfermeira e sua conformidade o que gerou grande impacto, desencadeando a destrutividade no qual Alma rompeu com cuidado que tinha sobre a paciente agindo de forma hostil e agressiva.

Logo se inicia uma sequencia de confusas cenas onde nos deparamos com algumas necessidades humanas de Fromm como:

Transcendência: Ao toma ele mesmo um papel de criador, ele pode superar a aleatoriedade e existência da criatura, pode transcender a si e a seu ambiente. Alma e Elizabeth se fundem em uma só. Alma assume a persona da atriz, não apenas para si mesma, mas também aos olhos dos outros, como ocorre na cena em que o marido de Elizabeth, fala com Alma como se essa fosse sua verdadeira esposa, e logo como a enfermeira assume esse papel e responde como se realmente fosse casada com esse homem.

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