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As Políticas Econômicas de Fernando Henrique Cardoso e a Importância do Plano Real no Controle da Inflação no Brasil

Por:   •  4/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.907 Palavras (16 Páginas)  •  324 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

POLO ASTORGA

ANESANDRA ELIZA DE OLIVEIRA

As Políticas Econômicas de Fernando Henrique Cardoso e a Importância do Plano Real no Controle da Inflação no Brasil.

 Astorga-PR

 2018


As Políticas Econômicas de Fernando Henrique Cardoso e a Importância do Plano Real no Controle da Inflação no Brasil.

  1. PROBLEMA

Como o Plano Real com seu esquema inovador de reforma monetária e políticas cambiais do então Presidente Fernando Henrique Cardoso puseram fim à hiperinflação do Brasil?

  1. OBJETIVOS
  1. Objetivo Geral

Mostrar de forma clara e objetiva o sucesso do Plano Real implantado por Fernando Henrique Cardoso depois de vários Planos fracassados em estabilizar a inflação no Brasil.

  1. Objetivos Específicos

- Breve relato dos governos anteriores ao de Fernando Henrique Cardoso

- Um acadêmico como Presidente

- Objetivos do Plano Real

- Esperança do Plano Real

 

  1. JUSTIFICATIVA

Com um histórico de hiperinflação, o Brasil no final da década de 80, chegou a atingir uma inflação de 1.500% ao ano, em seguida registrou o histórico patamar de 2.500% ao ano. Esse pesadelo só começou a mudar depois do ano de 1994, com o então Ministro das finanças, e posteriormente Presidente, Fernando Henrique Cardoso e seu Plano Real que visava uma estabilização econômica.

A estabilidade e a maior previsibilidade econômica viabilizaram o aumento dos investimentos das empresas e, por consequência, o maior crescimento do país.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

Depois que o regime militar caiu em 1985 e os civis retornaram ao poder, o Brasil entrou em um período de democracia renovada. A transição não foi suave, no entanto, o Brasil continuou a sofrer de repetidas crises econômicas e inflação incontrolável. Em 1988, a Assembleia Constituinte foi encarregada de escrever uma constituição democrática. A constituição foi ratificada em 1989, assegurando assim que o Brasil seria capaz de realizar suas primeiras eleições verdadeiramente democráticas desde 1960.

Os anos intermediários entre o fim do regime militar e a nova constituição foram politicamente tumultuados. O primeiro presidente escolhido por um colégio eleitoral, Tancredo Neves, morreu quase imediatamente após sua posse. Seu vice-presidente, José Sarney, desertor do partido oficial do regime militar, não tinha ampla base de apoio e lutava para que suas propostas fossem aprovadas.

Depois que um programa de estabilização da moeda radical inicialmente popular não conseguiu conter a inflação, Sarney perdeu a credibilidade. Com a implementação da constituição de eleições diretas, ele deixou o poder.

Apesar da capacidade de eleger democraticamente um Presidente, o país ainda não estava sem seus problemas de liderança. Em 1990, Fernando Collor correu em uma plataforma anticorrupção, mas uma vez eleito, ficou claro que tanto ele como seu irmão haviam se aproveitado muito durante sua campanha eleitoral. Envergonhado e abandonado por seus eleitores, Collor renunciou, permitindo que seu vice-presidente Itamar Franco chegasse ao poder. Collor seguiu os passos de seus antecessores. Fora do regime militar, poucos presidentes brasileiros conseguiram cumprir um mandato completo. Esse tipo de instabilidade política foi muito frustrante para o povo brasileiro e para a economia do país.

  1. Um Acadêmico como Presidente

Se alguma vez houve uma situação que exigisse as habilidades de um sociólogo, pode ter sido o caos que o Brasil enfrentou no início e meados dos anos 90. Nosso país era um país em crise. Embora o Brasil tenha retornado recentemente à democracia, a transição foi difícil. Nosso primeiro presidente democrático morreu tragicamente pouco antes de tomar posse; nosso segundo foi acusado sob uma nuvem de suspeita.

Enquanto isso, nossa economia estava sofrendo os efeitos cumulativos de anos de má administração e crescente desigualdade. Talvez o sintoma mais claro fosse à inflação? Em 1993, alcançou mais de 2.500%. O Brasil tinha visto sete diferentes moedas falidas nos últimos oito anos. As pessoas estavam usando palavras como "caso perdido" e "parado" para descrever o nosso país. Este foi talvez o período em que a lamentável declaração de Stefan Zweig sobre o Brasil como o eterno país do futuro foi ouvida com maior frequência (Cardoso, 2012).

Fernando Henrique Cardoso, famoso sociólogo, começou como ministro das Finanças de Franco e posteriormente Presidente da República. Através de uma mudança radical, econômica e social, destinada a controlar a economia em descontrole, FHC visava consertar a terrível situação econômica do país, acalmar os críticos e desacreditados que faziam a triste observação de que o Brasil não teria futuro. O sucesso das transformações do Brasil no país do futuro começou ali no seu governo e posteriormente seguido pelo próximo Presidente Lula, mas podemos apontar que, os passos que ele deu para reduzir a desigualdade social demonstraram seu maior compromisso com a democracia e que mudou radicalmente o Brasil e o ajudou tornar-se a potência mundial emergente que é hoje.

  1. Hiperinflação do Brasil: uma explicação

Em 1989, na retomada de suas eleições presidenciais democráticas, o Brasil se viu a mercê em uma crise profunda. A alta inflação foi amplamente aceita como uma característica inevitável da economia: “tão antigo quanto o próprio Brasil” (Leitão, 2011). A jovem república enfrentou a difícil tarefa de encontrar uma solução rápida para uma questão principal: o projeto de desenvolvimento liderado pelo Estado, iniciado nos anos 1930 que com o regime militar contribuiu para uma dívida pública crescente e inflação crônica (Brainard e Martinez-diaz, 2009). 

Concentrando-se na industrialização de substituição de importações como forma de garantir a autonomia do país, a administração brasileira sucumbiu a uma abordagem populista da economia, que, apesar dos anos de 'crescimento milagroso' (1968-1974), mostrou-se insustentável. Em um relatório de 2005, o Banco Mundial enfatizou a necessidade de um investimento estável, a fim de gerar crescimento sustentável. 

O fechamento das negociações internacionais reduziu todos os incentivos para empresas domésticas patrocinadas pelo Estado: como padrões internacionais de eficiência e produziram produtos de menor qualidade com preços mais altos. Para o governo militar, a solução continuava em financiar seu “projeto de desenvolvimento” através da criação monetária. Uma consequência séria dessas substituições de importações nos anos protecionistas não foi apenas a dívida e instabilidade macroeconômica, mas também a perda de credibilidade do compromisso do governo com a reforma (relatório sobre o desenvolvimento mundial, 2005).

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