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ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR SUPERMERCADISTA DO RIO GRANDE DO SUL

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Por:   •  29/10/2014  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  933 Visualizações

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1. O SETOR SUPERMERCADISTA:

O supermercado faz parte do cotidiano de qualquer cidadão em qualquer lugar do planeta. Iniciou-se com a instalação de pequenas “empresas familiares”, como “bodegas” ou mercearias das “freguesias”, onde os produtos comercializados eram os mínimos e de acordo com a necessidade dos fregueses, tais como sal, açúcar, querosene etc.

Com o crescimento urbano, novas necessidades vão sendo criadas e outros hábitos

de consumo são agregados ao dia - a - dia do, fazendo com que as “bodegas” se

tornem mercearias, dando origem a um comércio mais elaborado. As empresas familiares, ao perceberem que o mercado consumidor começa a crescer, expandem também o seu tipo de negócio. Algumas empresas familiares crescem timidamente no ramo de “mercados”, emergindo, posteriormente, como supermercados na década de 70, com a instalação de grandes empresas. Ao longo dos anos 90, o setor supermercadista passou por um intenso processo de reestruturação.

A abertura da economia brasileira, no início da década de 90, fez com que aumentasse a concorrência interna e externa. Além disso, a entrada de novas redes de supermercados como, por exemplo, o Wal-Mart, exigiu transformações organizacionais e de estratégias em parte considerável das empresas supermercadistas brasileiras. Na implantação do Plano Real, o setor foi impulsionado pelo aumento da eficiência e disputa pelo mercado, notadamente de consumidores das chamadas classes de renda C, D e E. Com a estabilidade da moeda, não houve mais a possibilidade de repassar. Indiscriminadamente altos custos para o cliente, pois em um ambiente de quase estabilidade monetária, o consumidor consegue realizar comparação e ter consciência da estrutura de preços relativos em setores supermercadistas.

2. ESTRUTURAS DE MERCADO

As estruturas de mercado foram determinadas por estarem condicionadas às quatro variáveis principais: número de firmas produtoras no mercado, diferenciação do produto, elasticidade de demanda e economias da escala de produção e existência da barreira á entradas de novas empresas.

Pelo fato do setor supermercadista está incluso no mercado de bens e serviços, as formas de mercado que estão dentro destas características são: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio.

2.1 Concorrência Perfeita

Caracteriza-se pela existência de inúmeros compradores e vendedores, onde nenhuma empresa consegue ter influência sobre o preço de mercado. Os produtos elaborados são homogêneos, sendo substitutos perfeitos entre si, bem como existe completa informação e conhecimento sobre o preço do produto por parte dos produtores e dos consumidores. É o modelo ideal de mercado, pois a entrada e a saída de firmas no mercado são livre, ou seja, não há barreiras. Os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação, e os consumidores e vendedores tem acesso a toda informação, sem custos. Alguns exemplos da concorrência perfeita são os produtores de hortaliças e os vendedores de picolé em uma área de lazer, uma característica deste mercado é que em longo prazo não existe lucros extras, mas apenas os chamados lucros normais, que apresentam a remuneração implícita do empresário.

2.2 Monopólio

Monopólio: caso extremo de estrutura básica clássica. Situação de um mercado em que não existe concorrência na oferta. O setor é constituído de uma única firma, porque existe um único produtor que realiza toda a produção, ou seja, situação em que uma empresa domina sozinha a produção ou o comercio de uma matéria-prima, produto ou serviço que, por isso, pode estabelecer o preço à vontade. Nessa estrutura de mercado existe concorrência entre os consumidores. A firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo. Há presença de barreiras à entrada de novas firmas, ou seja, é necessário manter os concorrentes em potencial afastados. Estes osbstáculos podem ser administrados pelo monopolista através de:

1) Controle sobre o fornecimento da matéria prima;

2) Barreiras legais como registro de patentes;

3) Licenças e concessões governamentais e outros.

É importante ressaltar que, em muitas circunstâncias, é a estrutura mais apropriada para a produção de certos bens e serviços

como nos monopólios governamentais. A legislação da maioria dos países proíbe o monopólio, com exceção dos exercícios pelo Estado, geralmente em produtos e serviços estratégicos. O monopólio “puro” é uma construção teórica, porque, na pratica, ele não existe. Uma categoria diferenciada de monopólio é o monopólio estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infraestrutura.

2.3 Concorrência Monopolista

Concorrência monopolista ou imperfeita, também chamada de competição monopolista. Embora apresente, como na concorrência perfeita, uma estrutura de mercado em que existe um número elevado de empresas, a concorrência imperfeita caracteriza-se pelo fato de que as empresas produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos. Por exemplo, diferentes marcas de sabonete, refrigerante, sabão em pó, etc. Trata-se, assim, de uma estrutura mais próxima da realidade que a concorrência perfeita. A diferenciação de produtos pode dar-se por características físicas, pela embalagem, ou pelo esquema de promoção de vendas. Nesta estrutura, cada empresa tem certo poder sobre a fixação de preços, no entanto a existência de substitutos próximos permite aos consumidores alternativos para fugirem dos aumentos de preços. Da mesma forma que na concorrência perfeita, prevalece a suposição de que não existem barreiras para a entrada de novas firmas no mercado.

2.4 Oligopólio

Oligopólio é um tipo de estrutura que pode ser definido em duas formas: 1) Pequeno número de empresas no setor ; 2) Pequeno número de empresas que dominam um setor com muitas empresas.

Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços.

A partir das ideias de Bain,

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