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Crítica a Moral

Por:   •  23/11/2015  •  Artigo  •  461 Palavras (2 Páginas)  •  363 Visualizações

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Crítica a Moral em Nietzsche e Foucault relacionada ao filme “Detenção”

Friedrich Nietzsche, filósofo alemão, afirma que a crítica a moral vai de contra as normas criadas na modernidade, coloca em dúvida a crença em qualquer moral, por está ter sido criada pela sociedade e imposta como regra a todos.  Foucault, filósofo francês, retoma as ideias de Nietzsche, e cita que a postura crítica surge das fundamentações universais e normativas para a moral, bem como as consequências do uso do poder.

No Filme “Detenção”, do ano de 2010, o contexto é de um grupo de homens, em busca de dinheiro, que aceita participar de um experimento. Iniciam-se as entrevistas, onde questões como religião, crenças e porque querem o dinheiro são levadas em consideração, e a cada momento são monitorados. Após aos que passarão, são levados a uma prisão abandonada e separados em guardas e prisioneiros.

A proposta inicial do experimento é criar a rivalidade entre os dois grupos, onde os guardas são encarregados de estabelecer a ordem e mantê-la através de regras pré impostas, gozando de privilégios e obtendo direito de poderes. E de outro lado, os prisioneiros ficariam sob tutela dos guardas e suas vidas seriam responsabilidades deles. Se pode perceber que o poder e o controle vão tornando a relação mais tensa entre os grupos, e com o tempo, a violência (mesma sendo proibida) aparece para que a ordem seja mantida, porém quando isso acontece, os prisioneiros, já revoltados com as atitudes dos guardas (que estavam ultrapassando os limites aceitáveis de poder) abandonam o respeito aos superiores e inicia-se a briga, dando fim assim ao experimento. Percebe-se que o objetivo real é observar como o ser humano lida com as regras, o poder e o controle com o próximo, revelando assim atitudes em indivíduos que antes não existia. Da mesma forma ocorre com os que lhe foram tirados os direitos, que ficam revoltados com as atitudes “abusivas” dos que acreditam deter de poder. Travis é o prisioneiro considerado líder e Barris assume a liderança dos guardas e acabe abusando deste poder.

A cena final, onde um participante pergunta ao outro se ele ainda acha que somos mais evoluídos que os macacos e este o responde que ainda se pode fazer algo a respeito, é reflexivo, pois com tantos regras e deveres impostos pela sociedade e que “deveriam” ser tomados como verdadeiros a todos, é ilusão, cada um toma como verdadeiro seu valores, não algo imposto. Este ponto revela o que Nietzsche apresenta que os valores em si não existem, são criações ilusórias impostas pela sociedade e que teoricamente deveriam ser aceitas por todos, e a questão de poder, conforme Foucault, é algo que não se adquire, mas sim é prático através de relações desiguais, ou quando isto é impostos ao ser humano.

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