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Atividade Prática Supervisionada (ATPS) Os Principais Autores da Psicanálise

Por:   •  24/5/2016  •  Ensaio  •  1.935 Palavras (8 Páginas)  •  391 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho vamos abordar os assuntos solicitados na Etapa 2 da Atividade Prática Supervisionada (ATPS), que tem como objetivo uma resenha sobre os principais autores da psicanálise, ressaltando suas atuações, linha de pensamento e suas contribuições na área. Neste mesmo trabalho iremos falar de Sigmund Freud, Melanie Klein e Donald Woods Winnicott, psicanalistas de extrema importância no desenvolvimento e atuação da profissão até hoje no século XXI. O trabalho foi desenvolvido seguindo as regras passadas pela professora nas especificações da ATPS. Seguimos cada passo, pesquisando, analisando e elaborando os itens solicitados.

RESENHA

PRINCIPAIS AUTORES DA PSICANÁLISE

A maioria da teorias científicas surgem em meio um contexto social, político ou econômico, não muito distante disto, surgiu a Psicanálise, criada por Sigmund Freud (1856-1939).

Como teoria, tem sua caracterização pelo conhecimento sistematizados do funcionamento da vida psíquica.

Ao desenvolver a psicanálise Freud mostrou que o homem ou a consciência do homem, não está no comando das ações e das emoções, concluindo que, o inconsciente seria o dominante das emoções e ações do mesmo. Após essa descoberta houve a divisão do consciente e inconsciente.

Vejamos:

Consciente: corresponde à parte racional e é a parte que opera as ações como o raciocínio e a leitura.

Inconsciente: é a revolução de Freud, traz a ideia de que a maior parte da psique humana é ocupada por uma área que não pode ser acessada pela vontade do indivíduo, mas traz traumas do passado, que constitui nas memórias que possuem influências sobre as emoções e comportamentos atuais. Com base nisto, Freud usa a hipnose como tratamento para os distúrbios nervosos, em dado momento Freud abandona a hipnose, levando em consideração que nem todos os pacientes se sujeitavam a mesma, fazendo assim, passa a modificar a técnica de Breuer e desenvolveu a técnica de concentração no qual era feita por meio da rememoração por intermédio da conversação normal.

Cria-se a partir de então a estrutura do aparelho psíquico, onde se refere a três sistemas psíquicos que são: inconsciente, pré-consciente e consciente. Com base nos estudos praticados, chega à conclusão que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos, derivavam de conflitos de ordem sexual, tudo isso se tornou possível com base na prática clínica sobre as causas e os funcionamentos das neuroses.

INCONSCIENTE: Conjunto dos conteúdos não presentes no campo da consciência.

PRÉ-CONSCIENTE: Local onde permanece os conteúdos acessíveis a consciência.

CONSCIENTE: Recebe as informações do mundo exterior e interior. Atenção, raciocínio.

Após o passar do tempo, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e passa a introduzir na mesma os conceitos de Id, Ego e Superego para se referir aos sistemas da personalidade.

ID: já nasce com cada um de nós. É inconsciente e responsável pelos impulsos e desejos e pela busca de prazer, sem conhecer limites e valores morais ou sociais, é o reservatório de energia psíquica onde também está relacionada as pulsões de vida e de morte.

EGO: é responsável pelo choque de realidade formado na infância, o EGO se amplia na adolescência e se transforma ao longo de toda vida. Traz o reconhecimento de que não se pode ter tudo o que se quer na hora que se quer. Onde se estabelece o equilíbrio das exigências do ID e as ordens do SUPEREGO.

SUPEREGO: eterniza o que é o certo ou o errado de se fazer, onde se origina o complexo de Édipo, moral, internaliza as proibições e as exigências sociais e culturais fazem parte do mesmo.

Levando em consideração que a sua teoria tinha como base usufluir da conversação em si, Freud entende que não havia possibilidades de acessar ou iniciar a análise de uma criança muito pequena, pois o mesmo entendia que elas não teriam estrutura de linguagem suficientes para elaborar e verbalizar suas ideias.

Em 1939 a família Freud se muda para Londres e passa-se então a ter a convivência entre duas grandes psicanalistas responsáveis pela teoria psicanalítica com crianças, são essas: Anna Freud e Melanie Klein. Após um racha na Sociedade Psicanalítica Britânica Anna Freud acusa Klein de não fazer psicanálise, essa acusação se dava em decorrência de a mesma não acreditar na possibilidade de uma criança realizar a livre associação.

Em um determinado tempo Klein se dizia ser freudiana, porém com o desenrolar de suas teorias uma de suas amigas diz: “agora já é tarde – você é uma kleiniana.”

O trabalho de Melanie Klein era extremamente voltado para crianças indo por um caminho diferente do pai da psicanálise, em nenhum momento Klein despreza as teorias de Freud, apenas acrescenta conceitos fundamentais para o trabalho com crianças.

A teoria tem como base três pilares fundamentais: seio bom e seio mau, posição esquizoparanóide, posição depressiva.

O conceito das posições do movimento kleiniano é de extrema importância pois se entende que o psiquismo tem o seu funcionamento a partir deles. Essas posições estão presentes na vida do bebê desde os seus três primeiros meses de vida.

SEIO BOM / SEIO MAU: O seio é o primeiro objeto de relação entre o bebê e o mundo externo, ele passa a ser considerado bom quando amamenta o mesmo e quando em seu momento de necessidade o mesmo não está disponível ou a mãe não amamenta passa a ser chamado seio mau.

POSIÇÃO ESQUIZOPARANÓIDE: Ao nascer o bebê tem dois sentimentos básicos:  amor e ódio, ou seja, ao ser amamentado a criança sente o amor e ao deixar de ser amamentado sente ódio, esse sentimento negativo leva a criança a ter uma fantasia, levando-o a acreditar que o seio mau o prejudica, essa fantasia gera na criança que o seio mau irá se vingar pelo ódio e destrutividade relacionado a ele, Klein denomina esse medo como ansiedade persecutória.

POSIÇÃO DEPRESSIVA: Com o passar do tempo o bebê nota que o objeto odiado é o mesmo que ele ama, após essa descoberta ele teme perder o seio bom pois entende que os seus ataques de ódio tenham danificado ou matado o seio. Em cima disto, Klein denomina esse conjunto como ansiedades que gera a posição depressiva.

Melanie Klein visualizou um rico mundo nas fantasias refletidas do brincar, fez algo que chocou os não-kleinianos, interpretou ansiedades através dos seios, sobre ódio, sofrimento e luto, teve um papel fundamental no crescimento da psicanálise, é impossível falar de psicanálise, sem falar de Freud, porém o que fizeram pós a sua era é de extrema importância para a área, cada um teve sua importância significativa. Klein estava focada e suas teorias deixam claro que o seu fundamento tinha como base a fantasia da criança, e não formalizou a relação entre mãe e bebê, tudo isso gerou uma porta de entrada para Winnicott desenvolver a teoria winnicottiana.

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