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A SÍNDROME DE SHEEHAN

Por:   •  14/5/2021  •  Exam  •  700 Palavras (3 Páginas)  •  294 Visualizações

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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA

 Sistema Reprodutor Rebeca de 35 anos procura seu ginecologista, pois vem tentando engravidar e não consegue. Ela também está preocupada pois sua irmã teve um filho com deficiência da enzima 5 alfa reductase e o bebê teve “complicações”, como lhe falaram. Após avaliação e exames complementares Rebeca pôde engravidar sem riscos. Contudo seu parto foi cesariana, evoluindo com muito sangramento durante a cirurgia. Necessitou de transfusão sanguínea no período pós-operatório. No período de puerpério (pós-parto), não produziu leite materno e não conseguiu amamentar. Desde então, não recuperou os ciclos menstruais que eram muito regulares, passou a apresentar diminuição da libido e dor excessiva durante o ato sexual. Exames laboratoriais revelam: FSH = 1.2 miliUI/ml (valor normal = 5 – 20 miliUI/ml); LH = 0.8 miliUI/ml (valor normal = 5 – 30 miliUI/ml) e Estradiol = 10 pg/ml (valor Normal = 20 – 120 pg/ml). O diagnóstico foi SÍNDROME DE SHEEHAN, também conhecida como Hipopituitarismo pós-parto ou Necrose pituitária pós-parto. Após a leitura do caso acima, responda as perguntas abaixo:

1. Qual a importância desta enzima (5-alfa-redutase)? 

R- A 5-alfa redutase é uma enzima que converte a testosterona (T), o hormônio sexual masculino, em um outro mais potente, a di-hidrotestosterona (DHT). Ela é bastante importante pois sua falta no organismo pode ser uma das causas de pseudo-hermafroditismo masculino (PHM) é a deficiência desta enzima, de herança autossômica recessiva, na qual a conversão da T em DHT é nula ou defeituosa. A DHT induz a virilização da genitália masculina externa durante a vida fetal e atua no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários durante a puberdade.

2. Explique o resultado obtido para as dosagens de FSH, LH e Estradiol desta paciente.

R- Em decorrência do choque hipovolêmico provocado pela intensa perda de sangue que aconteceu por complicações durante o parto, o que leva a uma deficiente irrigação sanguínea da glândula hipofisária e à sua necrose. Ou seja, causou a diminuição da secreção de hormonios no sangue, no exame de Rebeca.

3. Qual a justificativa para a paciente não ter amamentado no período pós-parto?

R- A incapacidade de amamentar alerta a falta dos hormônios da prolactina e ocitocina, esses são designados pela hipófise que está comprometida. Ou seja, a produção do leite não será suficiente e quando o o bebê faz o movimento de sucção o cérebro não recebe o estimulo para que aconteça a ejeção do leite.

4. Qual a função da prolactina e ocitocina e como ocorre sua secreção?

R- A prolactina é um hormônio conhecido por ser o principal responsável pela produção do leite materno. Esse hormônio é produzido na adenohipófise, região que fica situada no lobo anterior da hipófise. A prolactina é responsável ainda pela preparação das mamas para receber a produção do leite. Os lactotrofos da adenohipófise são as células que sintetizam e secretam Prolactina. A ejeção do leite é devido a um reflexo neuroendócrino, desencadeado pelo estímulo da sucção mamilar que, conduzido pelos nervos somáticos e medula espinal, chega ao hipotálamo. A ocitocina apresenta uma série de funções relacionadas com a nossa reprodução, como a secreção do leite pelas glândulas mamárias e a facilitação das contrações do músculo liso do útero no momento do parto. Por causa dessa última propriedade, a ocitocina é frequentemente utilizada na prática obstétrica. Na lactação, o estímulo da sucção nos seios, inicia-se o reflexo neural que se propaga até o hipotálamo, estimulando a neurohipófise a secretar ocitocina. A ocitocina se liga aos receptores nas células mioepiteliais localizadas nos alvéolos provocando contração destas células e consequentemente a ejeção do leite, que pode ainda, ser estimulada por impulsos visuais, auditivos e tácteis (por exemplo: o choro do bebê, o contato físico). Durante o parto, a liberação da ocitocina pode ser modulada por sua própria molécula em um mecanismo de retroalimentação positiva, ou seja, quanto mais ocitocina é liberada, há mais estímulo para sua produção e liberação no eixo hipotalâmico-hipofisário. No entanto, sua secreção é complexa, devido a vasta inervação da região paraventricular, por isso, existem outros mecanismos que a estimulam, como, os neurotransmissores noradrenalina, acetilcolina, serotonina, dopamina, entre outros. Há ainda os estímulos externos pelo toque, calor, olfato, sons e iluminação; e os psicológicos de interações sociais positivas, ambiente acolhedor, empatia e estímulos sexuais.

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