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Por:   •  3/3/2015  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  283 Visualizações

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ALVARES, Liege Mata; LIMA, Rosângela da Costa e SILVA, Ricardo Azevedo.

“Estudos internacionais realizados com idosos em instituições de longa permanência apresentaram diferentes freqüências de quedas como nos Estados Unidos 42,9% (34.163 idosos em 437 instituições) 9 e 49% (462 idosos em 56 instituições)

10, no Canadá 10,6% (14.744 idosos em 71 instituições) 11, na Austrália 11% (2.005 idosos em 81 instituições) 12 no Japão 12,5% (746 idosos em 10 instituições) 13, no Chile 24% (453 idosos em 8 instituições) 14, na Colômbia 36% (116 idosos em

uma instituição) 15 e em Cuba 78% (23 idosos em uma instituição) 16. Do mesmo modo, os estudos brasileiros apresentam 40% (105 idosos em 4 instituições)

em São Paulo 17, 64,6% (312 idosos em um asilo) na Bahia 18, e o Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (INTO) 19 faz uma estimativa de 50% de quedas de idosos residentes em instituições asilares brasileiras.”

“Neste estudo foi encontrada uma ocorrência de 32,5% de quedas em idosos residentes em instituições de longa permanência. Este percentual é

inferior ao reportado em dois estudos nacionais, cuja freqüência variou de 40% a 64,6% 17,18. O estudo transversal de Lojudice 17 entrevistou 105

idosos de quatro instituições em Catanduva, São Paulo, encontrando uma ocorrência de 40%. Já o estudo de Santos 18, ao final de oito meses de

acompanhamento, encontrou uma frequência de 64,6% de quedas em 312 idosos de uma instituição de Salvador, Bahia. A maior prevalência de

quedas encontrada neste último estudo pode ser devido ao delineamento da pesquisa ou porque obteve as informações sobre as quedas mediante

dois instrumentos, a saber, entrevista com o próprio idoso e consulta ao prontuário preenchido pelos funcionários das instituições. Vale ressaltar

que os funcionários foram treinados para anotar no prontuário dos idosos todas as quedas ocorridas Na literatura internacional, esta frequência variou de 10,6% a 49% de quedas 10,12,13,14,37,38 exceto um estudo realizado em Cuba, com apenas 23 idosos de uma instituição, que encontrou uma freqüência de quedas de 78% 16

O turno de maior ocorrência de quedas foi o diurno com 86% e esse dado também é um achado na literatura 15,18,20,21,39. O fato contraria a idéia de que o idoso tem mais risco de cair quando levanta durante a noite para ir ao banheiro ou para beber água 20. O presente estudo evidenciou uma ocorrência

maior de quedas na rua (30,9%), no quarto (25%) e no banheiro (17,6%). Há uma possibilidade de o idoso estar mais desprotegido quando

sai na rua. Lojudice 17 encontrou como os lugares onde os idosos mais caíram o banheiro (33,3%), seguido do quarto e da sala com mesmo percentual (16,7%). Estudos demonstram que idosos tendem a sofrer mais quedas em seus lares 5,20,31,39 e nos cômodos mais utilizados 18. O menor número de quedas fora destes ambientes pode ocorrer em razão da menor socialização

dos idosos 3, especialmente daqueles institucionalizados 6,8, o que contradiz a realidade do presente estudo Santos 18 aponta a transferência de posição,

como de estar sentado ou deitado para ficar em pé ou o inverso, como importante fator de risco para a queda. Dentre os motivos para a ocorrência

de quedas, o estudo encontrou com maior freqüência: escorregão (23,6%), sentir tontura (22,2%) e desequilíbrio (16,7%). De maneira semelhante,

o estudo de Rubenstein 23 cita, como causa acidental, desequilibrar (17%) e vertigem (13%) e Lojudice 17 também apontou falta”

“A história prévia de quedas tem relação com

a recorrência de quedas 39,42. A possibilidade de

o idoso ter experimentado uma queda anterior

com conseqüência séria, como fratura, parece

imputar uma maior vulnerabilidade a novos episódios

43. No presente estudo, dos 32,5% idosos

que sofreram quedas, 42,3% tiveram apenas uma

queda, 22,5% duas quedas e 35,2% tiveram três ou

mais quedas. No estudo de Perracini & Ramos 43,

30,9% dos idosos entrevistados relataram ter caído

no ano anterior ao primeiro inquérito e, dentre

eles, 10,8% relataram duas ou mais quedas, no

segundo inquérito, 29,1% dos idosos referiram

ter caído no ano anterior e 12,4% caíram de forma

recorrente.

A média de idade (77,7 anos) no presente estudo

foi semelhante aos estudos de Chaimowicz

& Greco 44 (77,0 anos) em 33 instituições com

1.128 idosos e de Romero 15 (78,0 anos) em uma

instituição com 116 idosos. A literatura mostra

que quanto maior a idade do idoso, maior é o

risco de queda visto que a idade avançada está

intimamente ligada a outros fatores de exposição

a quedas 5,16,18,21. Contudo, no presente estudo

não houve esta relação, pelo contrário, 37,8%

dos idosos que tinham entre 60 e 69 anos caíram,

34,5% dos idosos entre 70 e 79 anos caíram e 30%

dos idosos com 80 anos ou mais caíram. Isso revela

que a idade foi um fator protetor para quedas.

Romero 15 também encontrou no seu estudo

de coorte em uma instituição com 116 idosos, o

aumento da idade como proteção para a queda.

A razão para esse fato pode ser a menor deambulação

dos idosos com maior idade. Durante

o dia, provavelmente, por não possuírem força

suficiente nos membros

...

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