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Cicatrização

Por:   •  29/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.748 Palavras (7 Páginas)  •  280 Visualizações

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Universidade Anhembi Morumbi

Sistema Tegumentar

Caracterização Microscópica da Cicatrização

Aluna: Yeda Nunes de Holanda Dias Ra: 20373923

São Paulo, 20 de maio de 2016

CARACTERIZAÇÃO MICROSCÓPICA DA CICATRIZAÇÃO

Reparo tecidual (regeneração / cicatrização)

   O reparo tecidual consiste na capacidade que o organismo possui de reparar danos decorrentes de (agentes tóxicos) ou processos inflamatórios, esse processo de restauração tecidual e sua função após uma lesão, engloba a proliferação de diferentes células e interações estreitas entre as células e a matriz extracelular.

  O que vai depender para que uma reparação se processe por regeneração ou cicatrização é extensão da lesão, órgão lesado.

   A regeneração ocorre em órgãos parenquimatosos que apresentam população de células estáveis, ou seja, células que possuem somente uma atividade replicativa mínima no seu estado normal, ocorre também a regeneração em tecidos com células labeis, que são células que se dividem continuamente, com as células hematopaliticas e na maior parte das epiteliais de superfície.

  Porem em ambos os casos é necessário que a matriz extracelular seja preservada com conseqüente manutenção do arcabouço de estroma conferindo suporte para as células que estão se replicando.

Regeneração

    Processo pelo qual as células que morreram devido a agressão são substituídas pelas células do parênquima do mesmo órgão.

Células que participam desse processo de regeneração:

  • Labeis estão em continuo processo de proliferação, presente no epitélios, pele , mucosas, ductos, tecidos hematopetico.
  • Estáveis são células quiescentes com baixo potencial proliferativo mas quando estimuladas entram em proliferação, presentes no fígado,rim,pâncreas e tecido osteocartilaginoso.
  • Perenes se dividem preferencialmente no processo embrionário, presentes no sistema nervoso, músculo estriado e cardíaco

Cicatrização

  Processo pelo qual o tecido lecionado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado.
Este processo ocorre quando os tecidos lesados não são capazes de se reconstruírem por completo, no qual há deposição de tecido fibroso, acontece quando as estruturas de suporte encontram se gravemente lesadas ou nos tecidos que não tem capacidade regenerativa, ocorrendo em um tecido constituído predominantemente por células permanentes, se o dano tecidual for extenso, ou se afetar a matriz extracelular.

[pic 1]

Caracterização das etapas da cicatrização

     As fases da cicatrização serão descritas completas contendo as cinco fases que são: coagulação, inflamação, proliferação, contração da ferida e remodelação.

[pic 2]

1º Fase coagulação.

    Tem início imediato após o surgimento da ferida, é dependente da atividade plaquetária e da cascata de coagulação, a atividade plaquetaria ocorre como forma de evitar demasiada perda sanguínea, com o tamponamento dos vasos seccionados, sem valor mecânico. (Nurden,2008)

   O coagulo formado forma uma barreira impermeabilizante que protege da contaminação, além de limitar a perda de constituintes para o interstício, mas a formação do coagulo não serve apenas para isso, ele também cruza a fibronectina, fornecendo uma matriz preliminar, que facilitara a migração das células como fibroblastos, células endoteliais e queratinocitos possam ingressar na ferida.

2º Fase inflamação

     Está ligada a fase anterior, a inflamação depende de inúmeros mediadores químicos, das células inflamatórias, como leucócitos polimorfo nucleares, macrófagos e linfócitos, um dos objetivos de liberação desses mediadores é a estimulação da migração de células inflamatórias como monócitos e neutrófilos. O processo inflamatório tem como finalidade limpar a área de tecido morto e secreções provocadas pela lesão tecidual e caracteriza-se por migração celular intensificada através das vênulas e extravasamento de moléculas séricas, anticorpos, complemento e proteínas pelos capilares. Este processo é controlado pelo aumento do suprimento sanguíneo e da permeabilidade capilar, vasodilatação.

    Os leucócitos surgem durante a injuria tissular e permanecem por período de três a cinco dias, atuam na fagocitose de bactérias, os macrófagos apresentam capacidade fagocitária, que fagocita bactérias, debrida fragmentos celulares e corpos estranhos, além de ser uma célula apresentadora de antígeno e fonte de fatores de crescimento que preparam a lesão para a fase proliferativa, quando fibroblastos e células endoteliais serão recrutadas, esse processo ocorre do momento da lesão até o quarto e quinto dia. Segundo Witte & Barbul, 1997, é caracterizada pelo aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia de células da circulação, liberação de citosinas e fatores de crescimento, e ativação das células de migração.

3º Fase proliferação

    É responsável pelo fechamento da lesão propriamente dita, esta subdividida em três fases, sendo a primeira delas o processo de reepitelização, que ocorre a migração de queratinocitos não danificados das bordas da ferida e dos anexos epiteliais quando a ferida é de espessura parcial, e apenas das margens nas de espessura total.

    Os fatores de crescimento são os responsáveis pelo aumento da mitose e hiperplasia do epitélio. A utilização de colágeno e citoquinas são promessas para uma cicatrização mais rápida e eficaz, além do movimento dos queratinocitos migrantes ser determinado pelo conteúdo de agua no leito da lesão.

   Por volta do terceiro dia a fase proliferativa, que persiste por duas a três semanas, e se constitui no início da formação do tecido de granulação, esse tecido consiste primariamente em vasos sanguíneos invasores, fibroblastos e seus produtos, como colágeno fibrilar, elastina, fibronectina, glicosaminoglicanas sulfatadas, não sulfatas e proteases.

  Nessa fase ocorre a fibroplasia que é quando a matriz extracelular começa a ser substituída por um tecido conjuntivo mais forte e mais elástico é um termo que envolve o processo em que os fibroblastos produzem e organizam os principais componentes extracelulares do tecido de granulação. Os fibroblastos assim que chegam a ferida sintetizam ácido hialuronico, fibronectina e colágenos tipo I e III, que formam a matriz extracelular inicial.

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