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Fisiterapia

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Por:   •  13/10/2014  •  Resenha  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  476 Visualizações

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A Fisioterapia, uma das mais jovens profi ssões da área da saúde, nasce e

se desenvolve no Brasil por meio dos esforços de uma categoria profi ssional que

conta hoje com aproximadamente 80 mil fi sioterapeutas.

A crescente busca pela melhoria na qualidade do ensino no Brasil vem, há

alguns anos, levando os órgãos competentes a aprimorar as formas de avaliação e

acompanhamento da formação dos profi ssionais nas diversas áreas para fornecer

subsídios às políticas e estratégias para melhoria do ensino.

Para adequadamente estabelecer este processo, faz-se necessário conhecer

a origem, a evolução e o desenvolvimento da Fisioterapia como profi ssão da área da

saúde. Também é importante conhecer a realidade atual da profi ssão, a oferta e a

procura pelos cursos de graduação bem como o perfi l socioeconômico do estudante

do curso Fisioterapia. O presente texto é uma tentativa de sistematização sobre o

atual conhecimento destes aspectos.

No entanto, não é a intenção deste capítulo instituir conceitos, elaborar

respostas defi nitivas ou esgotar as possibilidades de discussão. A análise apresentada

tem como base, além dos dados fornecidos pelo Ministério da Educação (Inep-

Deaes) e Ministério da Saúde, os dados populacionais colhidos no último Censo do

IBGE e os oriundos de diversas fontes que construíram a história da Fisioterapia

Trajetória histórica e evolução da Fisioterapia no Brasil

Ao longo de mais de 80 anos (desde 1919) de atuação da profi ssão no Brasil,

a Fisioterapia apresentou diferentes etapas, cada qual com sua peculiaridade e

importância para o contexto atual. Nos diversos períodos da história passou por

diferentes situações, porém manteve o vínculo com o modelo biomédico, com forte

tendência em reabilitar, atendendo prioritariamente ao indivíduo em suas limitações

físicas. De certa forma, essas características sofreram infl uências de três fatores: um

fator histórico ligado a sua gênese; um fator legal, que obedecendo à gênese limitou

áreas e campos de atuação e a formação acadêmica determinada pelos preceitos

das ciências biomédicas, notadamente da medicina.

O título recebido pelo profi ssional graduado em Fisioterapia, historicamente

segue a tradição mundial. Na história nacional da Fisioterapia sua denominação evoluiu

de técnico em Fisioterapia para fi sioterapista, originário do termo physiotherapist

utilizado pelas escolas anglo-saxônicas. A partir de 1959 em Assembléia Geral da

Associação Brasileira de fi sioterapeutas, decidiu-se, por maioria de votos e por

coerência, adotar a denominação de fi sioterapeuta, mais usual nos países de origem

latina (Revista Brasileira de Fisioterapia, 1973).

Na Fisioterapia do Brasil do século XIX, os recursos fi sioterapêuticos

faziam parte da terapêutica médica, e assim há registros da criação, no período

compreendido entre 1879 e 1883, do serviço de eletricidade médica e também do

serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje. O médico

Arthur Silva, em 1884, participou intensamente da criação do primeiro serviço de

Fisioterapia da América do Sul, organizado no Hospital de Misericórdia do Rio de

Janeiro. Posteriormente, em 1919, na cidade de São Paulo, o médico Raphael

Penteado de Barros fundou o Departamento de Eletricidade Médica, no que hoje

pode ser considerada a Universidade de São Paulo. Na segunda década do século

XX começam a surgir os serviços de Fisioterapia no centro do País sob a direção

de profi ssionais médicos denominados médicos de reabilitação. Em 1929, o médico

Waldo Rollim de Moraes colocou em funcionamento o serviço de Fisioterapia do

Instituto do Radium Arnaldo Vieira de Carvalho. Por mais de 40 anos, de 1929 até

1969, a profi ssão de fi sioterapeuta foi exercida sem regulamentação. Nesta etapa

os recursos fi sioterapêuticos eram aplicados somente sob a prescrição médica

(Sanchez, 1984).

Após a Segunda Guerra Mundial, observa-se um signifi cativo aumento

no número de indivíduos com seqüelas físicas, evidenciando a necessidade de

modernização dos serviços de Fisioterapia do Rio de Janeiro e São Paulo, e a criação

de novos serviços em outros Estados. As atividades especializadas desenvolvidas

durante o período da industrialização, em virtude das mudanças impostas pelo novo

sistema econômico, produziram novas abordagens na medicina. A atenção voltou-se

para o corpo como força de produção e as novas formas de tratamento passaram

a utilizar maquinaria e equipamentos específi cos de observação e de identifi cação

de doenças. Essas novas tecnologias e a manutenção dos doentes em locais

específi cos foram

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