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Vivaldi E Paganini

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Por:   •  28/11/2014  •  3.059 Palavras (13 Páginas)  •  372 Visualizações

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Barroco

O «barroco», termo cuja origem é obscura, foi utilizado para descrever certas tendências arquitectónicas e pictórias que se desenvolveram nos finais do Renascimento.

O espírito motor desta tendência teve origem na Itália e, posteriormente, espalhou-se para o resto da Europa. Esse espírito foi a Contra- reforma católica, esta, procurava opor-se ao movimento protestante a fim de recuperar as jurisdições perdidas, confundindo o mundo com uma Igreja grandiosa, emocional e conquistadora.

A Música reflectia as mesmas tendências patentes na arquitectura e pintura deste período, desde da última parte do século XVI até meados do século XVIII.

O barroco na música, caracteriza-se por um corte súbito com a polifonia (que mais tarde veio a ser reintroduzida) e pela aparição em destaque de novos tipos dinâmicos e dramáticos como a ópera, o oratório, a cantata e diversas categorias de música instrumental.

A ópera era uma expressão dos sonhos clássicos de certos homens de letras dos finais do Renascimento e uma tentativa de unir as artes da música e do teatro. Juntamente com a expansão da ópera, a música instrumental também se expandiu muito numa produção já emancipada das transcrições corais.

Deu-se, então, a evolução de um estilo puramente instrumental, apropriado às capacidades artísticas dos diversos instrumentos. O fabrico de instrumental também sofreu evoluções, chegando a um novo nível de perfeição com os violinos de artífices como, por exemplo, Stradivari e Guarneri, que permitiram à família dos violinos uma maior qualidade emocional de som. Relativamente ao cravo, este, atingiu uma vasta variedade de efeitos de timbre e o clavicórdio, no auge da sua perfeição, tinha uma dinâmica sensível e expressiva, alcançando a popularidade que, anteriormente, seria desfrutada pelo alaúde. Já o órgão, adoptou uma notação moderna e tornou-se mais flexível, sendo uma fonte de inspiração para vários compositores italianos e alemães.

Em relação à orquestra, que era indispensável à ópera, foi durante algum tempo uma miscelânea de instrumentos que variavam consoante a fantasia de cada compositor mas, em óperas barrocas posteriores, fixou-se com carácter permanente como grupo de instrumentos de sopro combinados com o agrupamento padrão de violinos, violetas, violoncelos e baixos.

A música de violino de compositores barrocos, como Corelli, Vivaldi – compositor em estudo – e outros italianos foi sempre admirada pelos executantes de instrumentos de cordas, considerando a música do barroco sem qualquer comparação e destacando-a devido ao sentimento da natureza do instrumento.

O termo «barroco» significa também “pérola imperfeita”, sendo as suas características visíveis em todas as artes tal como o gosto pelo excesso e pelo horror ao vazio, bem como pelas ilusões e pelo cómicos e pelo ridículo, é necessário referir que não teve a mesma importância em toda a sociedade ocidental, no entanto, a música instrumental barroca tem um papel cada vez mais importante na nossa vida musical actual.

O Barroco na Itália

A arte barroca teve origem na Itália, no século XVII mas não demorou até difundir-se aos restantes países da Europa. A história italiana está conturbada entre uma disputa dos grandes e pequenos reino do norte entre eles mesmos e outros países daí que não houvesse tempo para criar cultura própria, com excepção dos períodos em que não havia guerra. No meio de anarquia e de corrupção dos estados papais, assenta o poderio artístico italiano, principalmente sobre a cidade de Florença, que tinha o lírio como emblema e a flor de outro como moeda, a mais relevante da época devido à sua importância nas transações internacionais.

Desde do Renascimento que Florença esteve na vanguarda das artes. Grandes artistas como Michelangelo, Giotto, Leonardo da Vinci, Maquiavel e Galileu Galilei trabalharam em Florença, cujo poder de atração da melhor parte da intelectualidade foi marcante. Florença, ficou assim conhecida com o contínuo acolhimento de músicos no século XVIII, naturais e estrangeiros, como Händel (1685-1759), Cristofori (1655-1731), Alessandro Scarlatti (1660-1725) e Domenico Scarlatti (1685-1757), Frescobaldi (1583-1643), Veracini (1690- 1768)e Lully(1632-1687).

A predominância vocal da música barroca italiana recomendou o uso acessório de violinos, cravos e órgãos portáteis. Relativamente à produção musical, a Itália teve uma produção tão abundante no barroco que sufocou todas as iniciativas estrangeiras. Os florentinos, habitantes de Florença – cidade mais poderosa artisticamente, tinham inventado a ópera para aperfeiçoar a arte dramática.

Na Itália, o nome mais destacado foi António Vivaldi – compositor em estudo, autor de numerosos concertos, óperas e oratórios. A peça mais difundida desse período é sem dúvida “As Quatro Estações”, Vivaldi teve também um papel importante no estabelecimento definitivo da forma do concerto, que continua a ser composta até aos dias actuais.

António Vivaldi

António Vivaldi (1678-1741) foi um músico e compositor importante do período Barroco. Nasceu a 4 de Março de 1678, o mais velho de sete irmãos, era filho de um dos primeiros violinos da capela de S. Marcos. Vivaldi, também conhecido como il prete roso (o padre ruivo), começou a estudar para padre aos 15 anos, desenvolvendo simultaneamente as suas próprias capacidades no violino e, ocasionalmente, substituía o pai- Giovanni Battista -, em São Marcos. Foi incentivado pelo pai a iniciar uma carreira no mundo da música, na Capela Ducal de São Marcos. Mais tarde, foi admitido na orquestra da Basílica de São Marcos, onde tornou-se o maior violinista do seu período.

Em 1703, tornou-se padre, mas, passados dois anos, devido a uma doença, foi dispensado da celebração da Santa Eucaristia. Neste mesmo ano, o violinista foi nomeado mestre de violino no Pio Ospedale della Pietà, um orfanato de raparigas veneziano. Foi neste orfanato que elevou os padrões musicais a um alto nível. A organização destes conservatórios piedosos era semelhante à de um convento, mas a formação musical constituía uma parte importante do currículo. O ensino era exigente e teve repercussões importantes ao nível musical do país.

Vivaldi compôs para as crianças do orfanato, que lhe ganharam empatia e estima, a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas. Os concertos dados pela orquestra da instituição, eram especialmente popular e, de acordo com relatos do período, eram comparados ao que se fazia em Paris. Em 1740, o viajante Charles de Brosses descreveu as raparigas do orfanato:

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