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Wuchereria Bancroftii

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Por:   •  11/6/2014  •  1.008 Palavras (5 Páginas)  •  794 Visualizações

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Wuchereria bancroftii

Introdução

A ordem Filariidea apresenta grande número de espécies, parasitando mamíferos, inclusive humanos, além de aves, anfíbios e répteis, com algumas características comuns: são todos vermes finos e delicados, encontrados nos vasos linfáticos, vasos sanguíneos, tecido subcutâneo, cavidade peritoneal ou mesentério, e necessitam de um hospedeiro invertebrado. Dessas nove espécies, três são encontradas no Brasil parasitando humanos: Wuchereria bancrofti , Onchocerca volvulus e Mansonella ozzardi.

Epidemiologia

Nas Américas, os focos de maior prevalência da infecção, atualmente, se encontram no Haiti, República Dominicana, Guiana e Brasil.

Os principais fatores que interferem na epidemiologia da W .bancrofti são - a presença do mosquito doméstico Culex quinquefaciatus, conhecido como pernilongo, muriçoca ou carapanã, somente as fêmeas são hematófagas obrigatórias (em nosso meio, Aedes aegypti é refratário a transmissão).

O ser humano como única fonte de infecção (ausência de animais reservatórios);

Temperatura ambiente elevada (25 a 30°C).

Umidade relativa do ar alta (80% a 90%): importante para o desenvolvimento das larvas nos mosquitos e penetração das mesmas na pele do hospedeiro humano.

Pluviosidade mínima de 1 .300mm³ por ano.

Altitude baixa (quase sempre ao nível do mar).

Morfologia

A W. bancrofti possui diferentes formas evolutivas nos hospedeiros vertebrados (humanos) e invertebrados (mosquitos vetares).

Verme adulto macho - Corpo delgado e branco-leitoso, mede de 3,5 a 4cm de comprimento e 0,1mm de diâmetro. Extremidade anterior afilada e posterior enrolada ventralmente.

Verme adulto fêmea - Corpo delgado e branco-leitoso, mede de 7 a 10cm de comprimento e 0,3mm de diâmetro. Possui órgãos genitais duplos, com exceção da vagina, que é única e se exterioriza em urna vulva localizada próximo à extremidade anterior.

Microfilária - Esta forma também é conhecida como embrião. A fêmea grávida faz a postura de microfilárias, que possuem uma membrana extremamente delicada e que funciona como uma ‘bainha flexível’. A microfilária mede de 250 a 300µm de comprimento e se movimenta ativamente na corrente sanguínea do hospedeiro. A bainha cuticular lisa é apoiada sobre numerosas células subcuticulares (que irão formar a hipoderme e a musculatura do helminto adulto) e células somáticas (que irão formar o tubo digestivo e Órgãos).

A presença da bainha é importante, pois alguns filarídeos encontrados no sangue não possuem tal estrutura, sendo este um dos critérios morfológicos para o diagnóstico diferencia.

Larvas - São encontradas no inseto vetor. A larva de primeiro estádio (L1) mede em torno de 300µm de comprimento e é originária da transformação da microfilária. Essa larva se diferencia em larva de segundo estádio (L3), duas a três vezes maior, e sofre nova muda originando a larva infectante (L3), que tem entre 1,5 e 2µm de comprimento.

Ciclo Biológico

É do tipo heteroxênico. A fêmea do Culex quinquefasciatus, ao exercer o hematofagismo em pessoas parasitadas, ingere microfilárias que no estômago do mosquito, após poucas horas, perdem a bainha, atravessam a parede do estômago do inseto, caem na cavidade geral e migram para o tórax, onde se alojam nos músculos torácicos e transformam-se em uma larva, a larva salsichoide ou L1. Seis a dez dias após o repasto infectante ocorre a primeira muda originando a L2.

Esta cresce muito e, 10-15 dias depois, sofre a segunda muda transformando-se em larva infectante (L3), medindo aproximadamente 2mm, que migra pelo inseto até alcançar a probóscida (aparelho picador), concentrando-se no lábio do mosquito. O ciclo no hospedeiro invertebrado é de 15 a 20 dias em temperatura de 20-25°C, mas, em temperaturas mais elevadas, pode ocorrer em menor período. Em condições de laboratório, este ciclo ocorre em 12-15 dias. Quando o inseto vetor vai fazer novo repasto sanguíneo, as larvas L3, escapam do lábio, penetram pela solução de continuidade da pele do hospedeiro (não são inoculadas pelos mosquitos), migram para os vasos linfáticos, tornam-se vermes adultos e, sete a oito meses depois, as fêmeas grávidas produzem as primeiras microfilárias (período pré-patente longo).

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