A Perioperatoria

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: ENFERMAGEM CIRÚRGICA PROFESSOR: CÉSAR FIGUEIREDO

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AULA: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO

1. OBJETIVOS DA AULA:

• Entender o conceito de pré-operatório;
• Identificar o objetivo dos cuidados pré-operatórios;
• Classificar o pré-operatório em mediato e imediato;
• Descrever a assistência de enfermagem no pré-operatório.

1. CONCEITO DE PRÉ-OPERATÓRIO:

É o período que se inicia com a indicação cirúrgica e vai até a admissão do paciente  no  centro cirúrgico para a realização do procedimento.

1. OBJETIVOS DOS CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS:

• Proporcionar uma recuperação pós-operatória mais rápida, com menor número de complicações;
• Reduzir o custo hospitalar e o tempo de internação;

1. CLASSIFICAÇÃO DO PRÉ-OPERATÓRIO:

1. Pré-operatório mediato: É o período que se inicia com a indicação da cirurgia e vai até 24 horas antes do procedimento.
2. Pré-operatório imediato: compreende as 24 horas que antecedem o procedimento cirúrgico.

1. PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO

A  maioria das cirurgias da atualidade demanda para o seu sucesso preparo e planejamento. Esses variam de acordo com o procedimento em questão, sendo amparados por critérios diversos. Há, entretanto, alguns princípios básicos indicados para o pré-operatório de qualquer cirurgia.

O preparo inicia com o médico que indica a cirurgia, que solicita e avalia os primeiros exames e prescreve os primeiros tratamentos para correção das alterações diagnosticadas ou encaminha a outros especialistas caso necessário.

O objetivo no período pré-operatório é que o cliente esteja o mais saudável possível. Implementam-se todos os esforços para avaliar e tratar os fatores de risco que podem contribuir para as complicações pós-operatórias e para retardar a recuperação. Desenvolve-se um plano de ação para que potenciais complicações sejam evitadas. Antes que qualquer tratamento cirúrgico seja iniciado, coleta-se o histórico de saúde, realiza-se exame físico durante o qual se avaliam os sinais vitais, e estabelece-se uma base de dados para futuras comparações. Durante o exame físico, muitos fatores que podem afetar o estado do cliente submetido a uma cirurgia são considerados, como a mobilidade das articulações. Considerações genéticas também são levadas em conta durante a avaliação, para evitar complicações com a anestesia.

Deve-se perguntar ao cliente sobre o uso de medicamentos de venda controlada ou livre, bem como agentes fitoterápicos e outros suplementos; isso fornece informações úteis. Deve-se determinar o nível de atividade, incluindo a quantidade de exercício aeróbico regular. Alergias conhecidas a medicamentos, alimentos e látex poderiam evitar uma resposta anafilática. Os clientes podem ter apresentado manifestações de alergia ao látex anteriormente sem consciência disso. Se o cliente afirma que é alérgico a kiwi, abacate ou banana, ou não pode encher balões de festa, pode haver uma associação com a alergia ao látex.

1. Exames pré-operatórios

Os exames básicos comuns a praticamente todas as cirúrgicas são: hemograma completo, coagulograma, glicemia, urina (EAS), radiografia de tórax e eletrocardiograma. Além desses exames, o paciente deve realizar os exames específicos de cada caso como: ecocardiograma, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e outros.

Os exames laboratoriais tem validade de três meses, após esse prazo tem que ser realizados novos exames. Os demais exames por imagem tem validade de 6 meses, após essa data tem que ser revalidados.

1.  Termo de consentimento.

O paciente ou seu responsável legal deve ler e assinar o termo de consentimento para a realização da cirurgia. Este termo legal confere a segurança ao paciente de não será submetido a qualquer tipo de procedimento que não seja devidamente testado e aprovado pela sociedade científica e com comprovada eficácia, da respaldo a equipe de saúde e ao hospital para realizar seu trabalho com tranquilidade e segurança.

1. Sangue e hemoderivados

A provisão de sangue deve ser realizada com antecedência adequada, pois os estoques do banco de sangue geralmente é baixo e caso o paciente venha a precisar de hemotransfusão, este deverá estar presente no centro cirúrgico antes do início do procedimento anestésico. Já deve ser encaminhado ao centro cirúrgico com o paciente pela equipe de enfermagem que presta cuidados na enfermaria cirúrgica. Caso o paciente necessite de reserva de sangue para a cirurgia, a equipe de enfermagem deve enviar uma amostra de sangue ao banco de sangue com 24 horas de antecedência para que sejam realizadas a previsão do sangue e os testes sanguíneos necessários (tipagem, prova cruzada e outros testes de compatibilidade).

1. Avaliação do risco cirúrgico

Faz parte da avaliação pré-operatória. E realizado pelo cardiologista e mede o risco que o paciente apresenta para o procedimento cirúrgico e é realizada com base nas condições clínicas do paciente no período que antecede a cirurgia. Veja abaixo o quadro:

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1.  Preparo psicológico (atenção humanizada)

Como o estado emocional pode interferir diretamente na evolução pós-operatória, é importante que o cliente receba orientações sobre os exames, a cirurgia, como retornará da mesma e os procedimentos do pós-operatório, bem como esclarecimentos sobre a importância de sua cooperação.

Para transmitir uma sensação de calma e confiança, a equipe de enfermagem deve manter uma relação de empatia, ou seja, colocar-se na posição do outro, sem críticas ou julgamentos – o que muitas vezes ajuda a compreender seus medos e inseguranças, possibilitando uma relação interpessoal de respeito e não de autoridade. Além disso, possibilita uma certa tranquilidade, favorecendo o entrosamento do cliente e família com o ambiente hospitalar, o que interfere beneficamente nas suas condições para a cirurgia. Com relação ao cliente, é importante lembrar que a comunicação não-verbal (o olhar, a voz, a postura do cliente) também comunica suas necessidades; portanto, ao buscamos entender estes sinais teremos maiores condições de melhor compreendê-lo.