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A Síndrome de Menkes

Por:   •  27/8/2020  •  Trabalho acadêmico  •  456 Palavras (2 Páginas)  •  226 Visualizações

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Síndrome de Menkes

Descrição da doença:

A doença de Menkes (MD) é uma doença multissêmica geralmente grave do metabolismo do cobre, caracterizada por neurodegeneração progressiva e anomalias acentuadas no tecido conjuntivo, bem como cabelo tipicamente anormal, esparso com textura de palha de aço.

Causas/Fatores de risco:

A MD é uma doença ligada ao cromossomo X que afeta principalmente os homens enquanto as mulheres são geralmente portadoras que não desenvolvem os sintomas.

É causada por mutações no gene ATP7A (Xq21.1) que codifica uma proteína de transporte do cobre, o polipeptídeo ATPase-alfa transportador de CU2+. Foram descritas cerca de 200 mutações diferentes nesse gene. Não existe uma correlação evidente entre as mutações e a evolução clínica.

Alterações fisiológicas causadas:

A apresentação ocorre no período neonatal. A maioria dos doentes nasce a termo com medidas adequadas. Hematomas cefálicos e fraturas espontâneas são observadas após o nascimento.

No período neonatal precoce, os doentes podem apresentar icterícia prolongada, hipotermia, hipoglicemia e dificuldades de alimentação. Pectus Excavatum (deformidade do tórax e osso esterno caracterizada por depressão do esterno e costelas na frente do tórax) e hérnia umbilical e iguinal tabém foram descritos.

O primeiro sinal pode ser o cabelo esparso entre 1-2 meses. O cabelo caracteristicamente anormal é hipogmentado ou despigmentado e assemelha-se com palha-de-aço. É sem brilho e se fragmenta facilmente, especialmente nas áreas do couro cabeludo sujeitas à fricção.

Os sintomas adicionais são má evolução ponderal, dificuldades de alimentação, vômitos e diarreia. Pode ser observada uma aparência estranha, com pele pálida, inchaços frontais ou occipitais, micrognatia e bochechas proeminentes. Os doentes desenvolvem disfunções motoras e convulsões. O tônus muscular está frequentemente diminuído no início da vida, mas é substituído mais tarde por espasticidade (rigidez muscular) e fraqueza das extremidades. O curso clínico é geralmente grave.

Existem formas variáveis e a síndrome do corno occipital é a forma que evolui mais rapidamente.

Diagnóstico:

O diagnóstico inicial é baseado em aspectos clínicos apoiado pela demonstração de níveis reduzidos de cobre sérico e ceruloplasmina ( proteína produzida no fígado que carrega 70% a 90% do cobre plasmático. Nos recém-nascidos faz-se analisar as catecolaminas plasmáticas. As radiografias mostram osteoporose generalizada, alargamento metafisário e esporões nos ossos longos, reação periosteal e espessamento das diáfises e ossos irregulares e isolados foram dos centros de ossificação usuais no crânio. O diagnóstico definitivo é baseado em testes de genética molecular.

O diagnóstico diferencial inclui a síndrome de Ehlers-Danlos, síndrome de Marfan, cútis laxa, doenças mitocondriais, osteogênese imperfecta e maus tratos infantis.

Tratamento:

O tratamento é principalmente sintomático. A suplementação precoce de cobre-histidina parentérica pode modificar a progressão da doença e alguns sintomas, proporcionando cobre extra para os tecidos e para as enzimas dependentes do cobre. A administração oral de cobre é ineficaz, pois fica retido nos intestinos.

Apesar disso, o prognóstico é mau e os doentes morrem na primeira infância.

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