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Intoxicações

Por:   •  25/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  822 Palavras (4 Páginas)  •  288 Visualizações

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Intoxicações exógenas: Envenenamentos e acidentes com animais peçonhentos

Na maioria dos casos, envenenamentos ocorrem com pessoas saudáveis, que desenvolvem sintomas e sinais decorrentes do contato com substâncias externas e dos efeitos sistêmicos delas. O exame físico detalhado e repetido sistematicamente é o melhor método para o diagnóstico e para a orientação do tratamento.Existem dois tipos de intoxicação:

Aguda - Rápido aparecimento dos sintomas, exposição única ou por curto período a produto extremamente ou altamente tóxico. Pode ser acidental, ocupacional ou intencional;

Sub-aguda - Surgimento lento dos sintomas. Decorre de exposições intermitentes ou continuadas, horas por dia ou por período longo a substancias altamente ou medianamente tóxicas, os sintomas são vagos e subjetivos tais como cefaleia, fraqueza, mal estar, dor abdominal e sonolência. O tratamento de emergência para intoxicações tem como fundamentais exigências: remover ou inativar o tóxico antes que ele seja absorvido, fornecer cuidados de suporte na manutenção de sistemas orgânicos e vitais e/ou administrar um antídoto específico para neutralizar o tóxico específico.

Os tóxicos podem penetrar por qualquer via, mas as mais comuns, pela ordem de frequência, são a digestiva, a respiratória e a cutânea. O primeiro atendimento é de primordial importância na sobrevida e prevenção de complicações ou sequelas. A abordagem inicial do paciente intoxicado difere muito pouco da preconizada pelos algoritmos universais para o paciente grave.

O paciente intoxicado frequentemente representa uma emergência de início agudo, com comprometimento de múltiplos órgãos, se assemelhando frequentemente a pacientes politraumatizados. Além do tradicional ABC de reanimação, no paciente intoxicado são necessárias outras medidas gerais de desintoxicação, como a descontaminação e administração de antídotos. A utilização crescente e abusiva de substâncias químicas não acompanhadas de precauções e cuidados necessários vem causando sérios problemas de saúde às pessoas expostas, usuários desses produtos, na zona rural, rodovias, no ambiente doméstico, nas escolas, nos locais de trabalho, configurando um alto risco para a saúde.

A questão da segurança não deve se restringir aos que manuseiam os agrotóxicos, aplicando-se também aos operários que os fabricam às pessoas que os transportam e à população que consomem os produtos nos quais foram utilizados. Tais substâncias além de não apresentarem especificidade para determinada praga (eliminam o nocivo e o útil) poluem o ambiente (persistem no solo por vários anos) e, posteriormente, acumulam-se no homem e em animais.

  A contaminação humana por agrotóxicos se dá por via direta (operários das indústrias de síntese, manipuladores e aplicadores) e por via indireta (população exposta). Os principais agentes de intoxicação entre os praguicidas são os inseticidas usados na agricultura, em ambientes domésticos e públicos, classificados em três grandes grupos: os organoclorados, os inibidores da colinesterase (organofosforados e carbamatos). O exame físico deve ser detalhado e orientado quanto aos aspectos toxicológicos, facilitando o reconhecimento de uma patogenicidade toxicológica.

Tanto o médico quanto o enfermeiro devem sempre tentar identificar o agente tóxico, mas sua busca não deve nunca retardar o início das medidas terapêuticas vitais para o paciente. O campo de ação da substância tóxica causadora do envenenamento é amplo, requerendo um grande conhecimento farmacológico e um adequado exame físico focado no nível de consciência e sinais vitais incluindo a temperatura corporal e determinados reflexos do paciente.

Como medidas de tratamento, é necessário sempre lavar o local da picada com bastante água limpa e sabão, manter o acidentado calmo, em repouso absoluto, elevando a parte do corpo afetada, transportá-lo para a Unidade de Saúde mais próxima com extrema urgência, levando, se possível, o animal agressor para auxiliar na identificação e diagnostico e, necessariamente o uso de antídotos/soros, pois são medicamentos ou produtos químicos que atuam sobre o veneno ou se opõem aos seus efeitos, através de diferentes mecanismos.

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