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A Psicolopgia

Por:   •  19/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.832 Palavras (24 Páginas)  •  451 Visualizações

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O ENVELHECIMENTO E A DEMÊNCIA

O ser humano desde o seu nascimento até a sua morte, precisa passar por algumas fases do seu desenvolvimento, como a puberdade, maturidade (fase adulta) e o envelhecimento, todas essas fases veem com características próprias. Já o envelhecimento é marcado por mudanças biológicas e físicas que são inevitáveis. Segundo Erminda em 1999, o envelhecimento pode ser dividido em três dimensões: biológica, cronológica e social.

Porém, as alterações biológicas tornam o idoso menos capaz de manter a homeostase quando submetido ao estresse fisiológico. Tais alterações quando associadas, principalmente, à idade cronológica avançada, determinam maior suscetibilidade ao aparecimento de doenças, à instalação de incapacidades físicas, mentais e funcionais, assim como a maior probabilidade de morte. (ANDREOLI et al., 1998; ERMIDA, 1999).

A dimensão cronológica é mensurada pelo calendário católico romano. A pessoa idosa é aquela com idade de 60 anos ou mais, nos países em desenvolvimento, entre eles o Brasil, conforme o critério da Organização das Nações Unidas (ONU). Tal critério foi definido em 1982, na 1ª Assembléia Mundial do Envelhecimento. Os países desenvolvidos consideram a pessoa idosa com idade de 65 anos ou mais. (VERAS, 1994; ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD, 2000).

A patologia que mais é vista nos idosos é a demência, que caracteriza sintomas presentes a partir da destruição e perda de células cerebrais, que é considerado um processo natural quando não de forma rápida, como no caso da demência. Causa declínio progressivo das funções cognitivas (memória, atenção, linguagem) além do normal identificado no processo de envelhecimento, no qual é detectado o declínio da flexibilidade e rapidez de raciocínio e coordenação de tarefas simultâneas, e influencia na capacidade mental afetando a reflexão, a concentração, aprendizagem e até deterioração da personalidade. O Alzheimer é o tipo mais comum de demência (OLIVEIRA et al., 2005).

A DOENÇA DE ALZHEIMER

O Alzheimer, segundo Ribeiro (2008) é uma doença neurológica degenerativa que destroi células cerebrais lenta e progressivamente, afetando a memória e funcionamento mental  e conduzindo inicialmente de forma sutil a uma dificuldade na execução de atividades, a confusão, perda de capacidades intelectuais, mudança de humor, desorientação no espaço e tempo, alteração da fala, tomada de decisão, e posteriormente, com a progressão da doença, causa a deterioração geral da saúde. É uma doença terminal, não contagiosa, nem infecciosa, presente, conforme afirma Oliveira, et al (2005), na maioria dos casos em pessoas com idade acima dos 65 anos. Não se pode afirmar que a doença é provocada pela idade avançada, porém em idosos pode ser potencializado o surgimento desse tipo de demência, até mesmo decorrente de outros problemas atribuídos a idade.

Causa uma baixa capacidade mental em que a memória, a reflexão, o juízo, a concentração e a capacidade de aprendizagem são diminuídas, o que pode alterar a personalidade desse idoso e é possível verificar a confusão de familiares que sugerem ser caduquice. Mas é importante salientar que a demência não está presente apenas no envelhecimento, em pessoas mais jovens é possível haver casos.

Segundo o DSM-IV- as características da demência se destaca o desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos, que incluem comprometimento da memória e pelo menos uma das seguintes perturbações cognitivas: afasia, apraxia, agnosia ou uma perturbação do funcionamento executivo. Tais perturbações devem comprometer o funcionamento ocupacional ou social, representam declínio em relação a um nível anterior de funcionamento.

Entre 50 a 70 por cento de todas as pessoas com demência, têm a doença de Alzheimer. O seu nome vem de Aloïs Alzheimer, um psiquiatra e neuropatologista alemão que, em 1906, foi o primeiro a descrever os sintomas assim como os efeitos neuropatológicos da doença, tais como placas e entrançados no cérebro (OLIVEIRA et al., 2005). O quadro patológico desencadeia em seus portadores falas e movimentos  repetitivos, ansiosos e depressivos, porém os cuidado direcionados aos pacientes, desenvolvem elementos positivos para o tratamento, como os tratamentos paliativos administrados por psicólogos, que promovem a redução ou o retardo dos sintomas cognitivos, comportamentais e funcionais da DA na busca pela melhoria da qualidade de vida .

 

Qual é a Incidência

O aumento da proporção de idosos na população é fenômeno mundial e profundo, que tem recebido o nome de "revolução demográfica". Tal fenômeno, antes observado exclusivamente em países desenvolvidos, passou a ser característico nos países em desenvolvimento. No último meio século, a expectativa de vida aumentou cerca de 20 anos, ou seja, se considerados os últimos dois séculos, ela quase dobrou (LOPES e BOTTINO, 2002). Esse processo ainda pode estar longe do fim. Juntamente com a longevidade, a redução nas taxas de natalidade e o avanço da medicina são fatores que contribuem para que os indivíduos que estão acima de 65 anos representem aproximadamente 6,9% da população mundial (DAVANZO, 2001). Estima-se que, em 2025, o Brasil, que até há pouco tempo era considerado um país jovem, atinja a sexta posição mundial em número de idosos, e as conseqüências econômicas e sociais desse fenômeno podem se tornar graves, caso seja ignorado (IBGE, 2002). Uma das consequências do envelhecimento populacional tem sido o aumento da prevalência dos problemas de saúde característicos do idoso. Nesse panorama, as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte em todas as regiões do Brasil, principalmente entre indivíduos acima de 65 anos de idade (BRASIL, 2004). Outros problemas frequentes nessa faixa etária são neoplasias, diabetes e doenças reumáticas (ALMEIDA, 1999a).

As doenças neurodegenerativas, dentre elas, as síndromes demenciais, não têm maior relevância nesse cenário geral, em termos de prevalência, já que atingem cerca de 1,17% das pessoas entre 65 e 69 anos. No entanto, ao verificar a faixa etária dos 95 anos em diante, observam-se casos de demência em 54,83% da população, em diversas regiões do mundo (LOPES e BOTTINO, 2002). Considerando-se que, na população idosa, evidencia-se crescimento significativo dessa faixa etária (DAVANZO, 2001), espera-se, consequentemente, aumento de casos de demência em curto espaço de tempo, o que justifica o crescente interesse acerca do assunto.

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