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Bacterioses

Por:   •  28/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  8.370 Palavras (34 Páginas)  •  396 Visualizações

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Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina

Curso de Farmácia – Turma: 3001

Professora: Ana Paula Dores Ramos

Aline Fernanda Magalhães de Oliveira

Eduardo Valle

Juliane Steinbach da Silva

Microbiologia Básica

Bacterioses

São José

2016

Botulismo

  • Agente Etiológico

O agente etiológico de botulismo é a bactéria Clostridium botulinum um bacilo gram positivo e anaeróbio que forma esporos. A doença é causada pelos tipos A, B, E e, raramente, pelo tipo F. Encontrada em solo e água não tratada, produz esporos e, em ambientes com pouco oxigênio, produz uma toxina que, mesmo ingerida em pouca quantidade, pode causar envenenamento grave.

As melhores condições para sobrevivência do Clostridium botulinum são: pouca exposição ao oxigênio, locais de baixa acidez, temperatura entre 25 e 37ºC. No entanto, algumas cepas podem crescer em temperaturas tão baixas quanto 4°C.

  • Nome da doença

O botulismo é uma infecção bacteriana que provoca um quadro de intoxicação grave. Existem três tipos da doença:

  • Botulismo intestinal ou botulismo infantil é o tipo mais comum da doença e geralmente ocorre em crianças de dois a seis meses de idade.
  • Botulismo alimentar que ocorre pela ingestão de alimentos com a bactéria.
  • Botulismo por ferimentos onde as bactérias entram no organismo por lesões na pele, machucados e outras feridas.

  • Patogênese

A principal forma de adquirir a doença é através da ingestão de seus esporos e por estarem muito presentes no solo, podem contaminar os alimentos. São anaeróbios, por isso, só se desenvolvem em alimentos com ausência de oxigênio, porém os esporos podem também penetrar em feridas e produzir a toxina.

A germinação dos esporos no alimento ocorre em locais sem oxigênio (alimentos embalados ou lacrados), com o pH superior a 4,5 e com água, assim o esporo se transforma na forma vegetativa produzindo a toxina no recipiente. Com isso, a toxina pré-formada nos alimentos e ingerida, atravessa a barreira do trato gastrintestinal. Sua maior absorção é no intestino delgado, penetrando inicialmente no sistema linfático e depois á corrente sanguínea. A seguir a toxina é transportada pela corrente sanguínea aos nervos.

  • Vacina

Não existe vacina para este tipo de doença, por ser uma infecção alimentar, existe apenas a prevenção, que é: recusar alimentos enlatados, em vidros ou embalados a vácuo caso tenha qualquer irregularidade na embalagem; preparar conservas caseiras obedecendo rigorosamente aos cuidados de higiene, ferver os alimentos enlatados ou conservas antes de consumidos, principalmente o palmito, a 120ºC, por pelo menos 15 minutos; não se deve dar mel a crianças com menos de um ano de idade, por ser um dos alimentos mais perigosos se for mal conservado.

  • Sintomas clínicos

Botulismo Infantil: os problemas geralmente começam dentro de 18 a 36 horas após a toxina entrar no corpo do bebê. Os sinais e sintomas são: constipação (muitas vezes é o primeiro sinal), movimentos flexíveis (devido à fraqueza muscular e dificuldade para controlar a cabeça), choro fraco, irritabilidade, baba excessiva, pálpebras caídas, cansaço, dificuldade de sucção ou alimentação e, em casos mais graves, paralisia.

Botulismo Alimentar: os sintomas começam geralmente algumas horas após a toxina entrar no corpo, mas pode levar até vários dias, dependendo da quantidade de toxina ingerida. Os sintomas são: dificuldade para engolir ou falar, boca seca, fraqueza facial em ambos os lados da face, visão turva ou dupla, pálpebras caídas, dificuldade para respirar, náuseas, vômitos e cólicas abdominais e, em casos mais graves, paralisia.

Botulismo por feridas: é difícil estimar quanto tempo leva para os sinais e sintomas se manifestarem, No entanto, ao penetrar a corrente sanguínea, as toxinas se espalham rapidamente pelo corpo. Os sintomas são parecidos com os de o botulismo alimentar: dificuldade em engolir ou falar, fraqueza facial em ambos os lados da face, visão turva ou dupla, pálpebras caídas, dificuldade em respirar e, em casos mais graves, paralisia.

  • Tratamento

O tratamento da doença se da pela aplicação de soro antibotulínico que age diretamente contra a toxina da bactéria e, muitas vezes, é necessário que a pessoa seja internada em observação para não chegar a ter problemas respiratórios que costumam ser fatais. O principal objetivo do tratamento é controlar os sintomas e evitar complicações.

Em casos de botulismo, os médicos devem comunicar às autoridades estaduais de saúde, para que os alimentos contaminados possam ser recolhidos.

  • Diagnóstico

O primeiro diagnóstico é o clínico, feito pelo médico ouvindo os sintomas do paciente. O diagnóstico laboratorial é realizado pela detecção da toxina no paciente (sangue ou fezes) ou no alimento, através da injeção em ratos. Um caso suspeito é considerado surto e emergência de saúde pública.

Nos casos de botulismo por ferimentos é preciso procurar pela bactéria na ferida ou no sangue, em fezes não é possível.

  • Esquema vacinal

Não existe nenhum esquema vacinal para o Botulismo, pois não existe vacina.

Salmonelose

  • Agente Etiológico

As bactérias do gênero Salmonella pertencem ao reino Enterobacteriaceae, são classificados como bacilos e possuem forma de bastonetes de 0,5 por 1 micrômetro. Quanto à coloração de Gram, são consideradas Gram negativas, além de anaeróbias facultativas, onde a maioria é móvel devido à presença de flagelos peritríquios.

A grande maioria dos casos de infecção fica restrita somente ao intestino delgado. Contudo, dependendo do agente causador e do estado do organismo agredido pode haver multiplicação no baço, cérebro e fígado.

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