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Por:   •  22/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.867 Palavras (8 Páginas)  •  594 Visualizações

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Interpretação Clínico Laboratorial DST

/ Maira/ 04/11/2014

1 - Sífilis

Doença infecciosa causada por espiroqueta – Treponema pallidum.

Aumento de incidência

uso de drogas (crack),

principalmente congênita (pelo aumento da prostituição);

Fases da doença

Protossifiloma (10 dias a 3 meses): úlcera indolor, bordas endurecidas e reação ganglionar satélite no local da inoculação;

Secundarismo – 1 a 6 meses após o desaparecimento do protossifiloma-roséolas, lesões mucosas, linfadenopatia generalizada e reação meníngea;

Sífilis recente latente: primeiros anos após a infecção com lesão cutânea e mucosa, ocular e neurosífilis;

Fase latente tardia dá origem à sífilis terciária: lesões destrutivas, cardiovasculares ou do sistema nervoso central (demência, psicose, lesões granulomatosas na pele, ossos e vísceras)

Diagnóstico

Pesquisa do treponema: no protossifiloma da sílifis recente; em lesões mucosa e cutâneas do secundarismo e sífilis congênita.

Campo escuro  (objetiva de 40 a 100x), observando o T. pallidum com 6 a 8 espirais, movimentando-se ativamente em rotação contínua.

Após coloração: fixar com calor e corar com prata, Giemsa e imunofluorescência (lesões de boca)

Infectividade:  pesquisa de DNA por  PCR.

Testes sorológicos

Teste de cardiolipina (não treponêmicos): extraída do coração de boi, detecta anticorpos “reagininas” presentes em alto níveis em pacientes com sífilis. Ex.: VDRL, que deve ser confirmado por testes treponêmicos caso dê +, em soro puro ou diluído 1/10.

Testes treponêmicos:

Teste de imunofluorêscência: precisa de micro específico e de qualidade

FTA-Abs-IgM:

Teste de microhemaglutinação: hemáceas recobertas por T. pallidum, de fácil execução;

ELISA:  (procura-se Ag específicos pra melhorar o desempenho); tb para a pesquisa de IgM;

Imunobloting IgM – para sífilis congênita.

Testes sorológicos - ICL da sífilis

Sífilis primária: os testes positivam APENAS após o desaparecimento do protossifiloma, com maior sensibilidade para o VDRL e FTA-ABS.

Secundarismo e sífilis latente recente: sensibilidade alta em todos os testes.

Sífilis Tardia: melhor os testes treponêmicos dos que a cardiolipina.

Falsos positivos:

1% para população normal (maior em idosos, gestantes, viciados em drogas, doenças autoimunes);

Após vacinações e infecções de modo geral.

Usa-se testes treponêmicos quando o VDRL é negativo e há suspeita de sífilis terciária e eventualmente sífilis primária.

Ac–IgM: positivos na sífilis em atividade e se negativa após terapêutica eficaz.

Cardiolipina: acompanha a terapêutica; os títulos caem rapidamente e há negativação com o sucesso no tratamento.

Neurosífilis

em sífilis tardia, com sintomas neurológicos;

Em sífilis recente tratada inadequadamente, (neurorecorrencia, com lesões de nervos cranianos, AVC, meningites agudas, HIV concomitante).

VDRL + no LCR; em títulos acima de 1/8 em testes treponêmicos;

Anticorpos anti-IgM  no LCR – neurosífilis, mas não se presta ao acompanhamento terapêutico.

Sífilis congênita

São suspeitos RN nascidos de portadoras de sífilis não tratada ou insuficientemente tratada.

Transmissão – 50%, podendo chegar a 100% quando a infecção ocorreu a menos de 4 anos.

Há 40% de morte fetal por abortamento espontâneo e elevada morbimortalidade perinatal.

É comum ser assintomática; requer acompanhamento da criança por um ano, se houver suspeita sem confirmação laboratorial.

Diagnóstico Laboratorial da sífilis congênita

Pesquisa treponêmica = adultos, se tiver lesão;

Testes sorológicos: complicados pela passagem de IgG pela placenta da mãe para o bebê; os títulos devem cair com o passar dos meses;

Pesquisa de IgM (não é rotina pois pode interferir IgG materno em altos títulos; tratar e remover IgG da mãe)

VDRL com títulos 4 vezes acima do título materno = sífillis congenita.

2 - Clamídias

Bactérias intracelulares obrigatórias, dividindo-se por divisão binária simples em inclusões citoplasmáticas;

No homem causam problemas:

C. trachomatis – lesões oculares, pulmonares e trato urogenital (DST que favorece a infecção por HIV e HPV).

Cp pneumoniae – faringites, sinusites, pneumonias atípicas e doenças vasculares ateroscleróticas.

C psitasse transmitida por aves ornamentais, provoca doença pulmonar grave (psitacose ou ornitose)

Diagnóstico laboratorial

Identificação Direta

CULTURAS em tecidos (linhagens Hela 22A, HEp2, BGMK e outras) e  após 3 dias de incubação, procura-se por inclusões citoplasmáticas revelados por iodo, Giemsa, anticorpos monoclonais fluorescentes. INTERFEREM O INTERVALO ENTRE COLETA E PROCESSAMENTO DA AMOSTRA.

Análise citológica: coleta com swab, fixação em lâmina e coloração. Interpretação subjetiva.

Imunofluorescência direta: fixar material em lâmina (metanol) e pesquisar antígenos clamidiais (com anticorpos monoclonais marcados com fluorocromo contra epitopo MOMP de C. tracomatis). Teste rápido, barato, mas requer microscópio específico.

ELISA: pouco usado em laboratórios;  há testes point-of-care, usado em consultórios médicos para triagem, com elevado número de falsos positivos.

Identificação Indireta: pesquisa de anticorpos específicos.

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