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Streptoccus

Por:   •  30/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  6.070 Palavras (25 Páginas)  •  324 Visualizações

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Streptococcus

Os estreptococos, da família Streptococcaceae do gênero streptococcus engloba os cocos gram positivos, catalase-negativo, de maior importância em medicina humana. De modo geral esses micro-organismos são nutricionalmente exigentes mais crescem bem em Agar sangue. O arranjo celular característico é em forma de cadeias, o que deu origem a denominação “estreptococos” cocos dispostos em cadeias ou aos pares. Os streptococcus compreendem um conjunto heterogêneo de cocos que se dividem num só plano agrupando-se em cadeias de tamanho variável. Embora esses micro-organismos façam parte da microbiota normal, alguns deles são responsáveis por uma variedade de manifestações clinicas e são considerados importantes agentes infecciosos tanto para o homem quanto para os animais. Podem ser classificados de várias maneiras: de acordo com o padrão hemolítico em ara sangue, com as características antigênicas de componentes da parede celular e também quanto às reações bioquímicas.

Classificação

Dessa forma são classificados como:

α-hemolíticos – causam a hemólise parcial das hemácias ao redor das colônias

β-hemolíticos – Causam a hemólise total das hemácias ao redor das colônias

y-hemolíticos –caracterizado pela ausência da hemólise

São classificados também em grupos sorológicos que se baseiam em características antigênicas de um polissacarídeo, de composição variável, chamado carboidrato C, localizado na parede celular, que pode ser detectado por diferentes técnicas imunológicas, destacando- se entre elas a precipitação em tubo capilar e a aglutinação pelo látex. Tomando por base este polissacarídeo, os streptococcus foram dividos em 20 grupos sorológicos ( grupos de Lancefield ) designados por letras maiúsculas do alfabeto (A,B,C,D,E,F,G,H,K,L,M,N,O,P,Q,R,S,T,U,V).

Observações

  • Nem todos os estreptococos possuem o carboidrato C em sua superfície.
  • Alguns grupos de Lancefield atualmente são novos gêneros, exemplos: o grupo D corresponde agora ao gênero Enterococcus e o grupo N corresponde ao gênero Lactococcus.

Streptococcus dos Grupos C e G

As amostras de estreptococos β hemolíticos dos grupos C e G isoladas de serem humanos e que foram colônias grandes, geralmente, pertencem às espécies Streptococcus dysgalactiae subs. Equisimilis ou streptococcus equi subsp. Zooepidemicus e são semelhante ao S.pyogenes, com relação a alguns fatores de virulência, causam infecções graves, como bacteremias ,endocardites, meningites, artrites sépticas, infecções cutâneas. As manifestações clinicas das faringites causadas pelos estreptococos dos grupos C e G são pouco comuns, porém, quando presentes são semelhantes aquelas causadas por S.pyogenes, mais não se observa o desenvolvimento de febre reumática, apesar de ocasionalmente serem acompanhadas de glomerulonefrite.

Especie/categoria

Grupo sorologico

Hemólise

S.pyogenes

A

Beta

S.agalactiae

B

Beta

Grupos C e G

C ou G

Beta

S. bovis/equinus

D

Alfa/gama

S.pneumoniae

-

Alfa

Grupo viridans

(-)

Alfa

STREPTOCOCCUS DO GRUPO VIRIDANS

OS estreptococos viridans constituem um conjunto de microorganismos de aracterização menos definida e padronizada que os demais estreptococos. Destacam-se por serem negativos nos testes convencionais que são utilizados para identificação das outras categorias de estreptococos; não são β hemolíticos, não possuem antígenos dos grupos B ou D, não são solúveis em bile nem sensíveis á optoquina e a maioria não crescem em caldo contendo concentrações elevadas de cloreto de sódio.

Diferentes nomeclaturas e testes são utilizados para caracterizar as diversas espécies de estreptococos viridans. Uma das propostas mais atuais e de caráter eminentemente pratica e alocá-lo em cinco principais grupos de espécies; streptococcus mutans, streptococcus salivarius, streptococcus sanguinis, streptococcus mitis, streptococcus anginosus.

As maiorias dessas espécies fazem parte da microbiota normal do trato respiratório superior, em particular, dos diferentes nichos ecológicos da cavidade oral. Como agentes etiológicos são associados a bacteremia, endocardite, abcessos e infecções de feridas. Os estreptococos viridans são também importante causa de sepse e bateremia em pacientes neutropenicos com câncer.

No passado, os estreptococos viridans eram universalmente sensíveis a penicilina. Entretanto o aumento na frequência de isolamento de amostras resitentes, particularmente, a partir dos anos de 1990. S.mitis  e a espécie de viridans exibem as mais elevadas taxas de resitencia aos microbianos.

Streptococcus agalactiae

Streptococcus agalactiae foi inicialmente isolado de leite bovino, em 1887 , e associado basicamente à etiologia da mastite bovina. Na década de 1930 foi descrita a presença do patógeno em secreções vaginais de pacientes assintomáticos e sua associação com sepse e pneumonia puerperal, assim como em neonatos. Entretanto, somente a partir da década de 1970 foi confirmada a atuação desse microorganismo como patógeno em seres humanos. Assim sendo, foi demonstrado a emergência deste agente como causa de bacteremias, pneumonias e meningites em crianças com idade inferior a 3 meses de idade, assim  como infecções em adultos, homens ou mulheres(parturientes ou não).

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