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A Síndrome

Por:   •  25/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  7.433 Palavras (30 Páginas)  •  175 Visualizações

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  BIANCA

                                                      Ovário Policístico

(1)  Fatores genéticos associados a síndrome do ovário policí

stico e possível caráter hereditário

  •  Além das disfunções endócrinas, há evidências na literatura médica da existência de um componente genético na SOP
  • Embora inicialmente se acreditasse num padrão de herança monossômica dominante, hoje já há evidências de um padrão mais complexo de hereditariedade, envolvendo múltiplos genes.
  • Estudos têm possibilitado a identificação de alterações em múltiplos loci associados à síndrome dos ovários policísticos, o que faz crer tratar-se de doença oligo ou poligênica.
  • A existência de penetrância gênica incompleta, modificações epigenéticas e a influência de fatores ambientais tornam bastante complicada a elucidação e identificação do padrão de hereditariedade envolvido nesta doença
  • A comparação na expressão de genes no tecido ovariano de mulheres portadoras de SOP em comparação a mulheres normovulatórias tem demonstrado a existência de padrões distintos entre estes dois grupos, com desregulação na expressão de genes ligados a diversos processos biológicos distintos.
  • o estudo de tecido ovariano de homens transgênero, submetidos à androgenioterapia por longo período, apresentou padrões de expressão gênica semelhante à de mulheres com SOP, o que sugere um papel importante dos androgênios nestas expressões diferenciais
  • Parece haver também diferenças nos padrões gênicos entre pacientes portadoras de SOP obesas e não obesas. Segundo estudo, em mulheres SOP não obesas ocorrem alterações significativas na expressão de receptores de LH, as quais levam ao padrão de hipersecreção de androgênios característico da síndrome. Já em mulheres SOP obesas estas alterações não se confirmaram, o que se encontrou foi uma alteração nos receptores de insulina, sendo que há sub expressão destes receptores em tecidos metabólicos (como o tecido adiposo) e um aumento da expressão no tecido ovariano, o que explicaria a resistência periférica à insulina e a hipersecreção de androgênios em resposta à ação direta da insulina nas células teca.
  • Vários outros genes reguladores de vias biológicas de transporte de substância transmembrana regulação de endocitose e reciclagem de receptores também têm sido implicados na fisiopatologia da doença.
  • Os diferentes genes envolvidos na gênese da SOP propiciam uma ampla variedade de possíveis genótipos, o que explica os diferentes fenótipos encontrados na síndrome e a dificuldade em se estabelecer consenso em relação aos critérios diagnósticos. 
  • Um número crescente de publicações infere que a genética é o principal fator desta doença e adota abordagens únicas para entender essa associação genotípica a fenotípica. As anormalidades genéticas demonstraram desempenhar um papel significativo nas complicações metabólicas e aparecem entre os homens e parentes do sexo feminino em primeiro grau de mulheres com SOP. No entanto, a pesquisa genética em SOP ainda é novo, e as descobertas publicadas anteriormente precisam ser reavaliadas. Existem vários
    inconsistências entre estudos genéticos sobre SOP.

Referências: 

(FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, 2018).

National Institute of Health Public Access. Polycystic ovary syndrome: current status and future perspective. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24389146 

(2) Anatomia do sistema reprodutor feminino; Exame pélvico (procedimento e uso em diagnósticos)

Fonte: Anatomia Moore

Os ovários são gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa, nos quais se desenvolvem os ovócitos (células germinativas femininas). Também são glândulas  endócrinas que produzem hormônios sexuais. Cada ovário é suspenso por uma curta prega peritoneal ou mesentério, o mesovário. O mesovário é uma subdivisão de um mesentério maior do útero, o ligamento largo.

Nas mulheres pré-púberes, a cápsula de tecido conjuntivo (túnica albugínea do ovário) que forma a superfície do ovário é coberta por uma lâmina lisa de mesotélio ovariano ou epitélio superficial, uma única camada de células cúbicas que confere à superfície uma aparência acinzentada, fosca que contrasta com a superfície brilhante do mesovário peritoneal adjacente com o qual é continua. Depois da puberdade, há fibrose e distorção progressiva do epitélio superficial ovariano, em razão da repetida ruptura de folículos ovarianos e liberação de oócitos durante a oocitação. A fibrose é menor em usuárias de contraceptivos orais.

Os vasos sanguíneos e linfáticos e os nervos ovarianos cruzam a margem da pelve, entrando e saindo da face súperolateral do ovário dentro de uma prega peritoneal, o ligamento suspensor do ovário, que se torna contínuo com o mesovário do ligamento largo. Medialmente no mesovário, um ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero. Consequentemente, os ovários costumam ser encontrados lateralmente entre o útero e a parede lateral da pelve durante um exame manual ou ultrassonográfico da pelve. Como o ovário está suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta por peritônio, o oócito expelido na ovulação passa para a cavidade peritoneal. Entretanto, sua vida intraperitoneal é curta porque geralmente é aprisionado pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e conduzido para a ampola, onde pode ser fertilizado.

As tubas conduzem o ovócito, que é liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil, essas estruturas anatômicas podem ser divididas em quatro partes:

1.           Infundíbulo: a extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal.

2.           Ampola: a parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade medial do infundíbulo; a fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola.

3.           Istmo: a parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino.

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