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Anfibios

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Por:   •  4/6/2014  •  Tese  •  1.912 Palavras (8 Páginas)  •  324 Visualizações

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Características gerais

Os anfíbios formam uma das sete classes de que se compõem os vertebrados. Têm quatro extremidades, ou patas, que alguns perderam ao longo de sua evolução, e sua temperatura corporal varia com a do ambiente (são, portanto, poiquilotermos). Assim, quando cai a temperatura ambiente, também cai a dos anfíbios, que entram em hibernação nos meses mais frios. O embrião dos anfíbios carece de âmbito, membrana protetora que, nos répteis, nas aves e nos mamíferos, forma uma cavidade repleta de líquido. O ciclo vital desses animais transcorre em dois ambientes, aquático e terrestre, e eles se distribuem por todo o mundo. Alguns apresentam aspecto externo semelhante ao dos répteis.

Os anfíbios apareceram há cerca de 280 milhões de anos, no período devoniano. Os primeiros seres que apresentavam características anfíbias eram protegidos por couraças externas. Sua época de apogeu se situou entre o carbonífero e o permiano: os fósseis encontrados demonstram a existência, nessa fase, de algumas espécies de grandes dimensões.

Pele e glândulas:

A pele desses animais não apresenta outra cobertura que não seja a propriamente dérmica, exceto no caso dos anfíbios carentes de extremidades, isto é, ápodes, e de alguns sapos que têm escamas. É uma pele úmida e de textura muito fina, característica vital, já que através dela os anfíbios respiram (respiração cutânea). Além disso, está coberta de glândulas, na maior parte mucosas, que a lubrificam e lhe dão o aspecto característico: viscoso e escorregadio. Os anfíbios também possuem glândulas venenosas com aparência de verrugas, que produzem secreções irritantes e tóxicas para outros animais. Algumas espécies apresentam na cabeça duas dessas verrugas: são as chamadas glândulas parotóides.

A pele experimenta trocas periódicas, ou mudas. A cor é muito variável, desde o verde, com seus diversos matizes, até o vermelho, passando pelo amarelo, alaranjado, branco etc. A variedade de tons se deve às numerosas células pigmentares da epiderme.

Aparelho locomotor:

A adaptação à vida em terra fez com que os anfíbios desenvolvessem extremidades dotadas de dedos, quatro nas anteriores e cinco nas posteriores, e impôs uma série de modificações na coluna vertebral: as mais importantes são o reforço da pélvis e o aparecimento de uma vértebra especial no pescoço, o atlas, que favorece a mobilidade da cabeça. O resto do esqueleto apresenta diversas simplificações: as costelas são bem rudimentares e, no crânio, muitos ossos estão fundidos e outros são cartilaginosos.

A necessidade de deslocamento no meio terrestre ocasionou o desenvolvimento dos músculos das extremidades.

Respiração:

Como foi assinalado, a respiração cutânea tem grande importância nos anfíbios. Uma elevada percentagem do intercâmbio gasoso desses animais com o meio se realiza por tal processo. As larvas apresentam respiração branquial (algumas têm brânquias ramificadas externas). Nos adultos aparecem pulmões em forma de saco, que têm um grau variável de irrigação por vasos sangüíneos.

Aparelho circulatório:

A circulação nos anfíbios adultos é dupla, já que apresentam um circuito pulmonar de vasos e outro que percorre o resto do corpo. No entanto, é incompleta, pois não existe separação total entre o sangue arterial e o venoso, registrando-se certa mistura dos dois. O coração consta de três cavidades: duas aurículas e um ventrículo.

Alimentação:

Em geral, os anfíbios se alimentam de insetos, embora as espécies mais corpulentas, como a rã-touro americana, cheguem a capturar peixes e pássaros. A língua, pegajosa, projeta-se para fora da boca a fim de capturar as presas e se retrai. Possuem dentes de pequeno tamanho. O reto, parte final do intestino, desemboca numa cloaca a que também se liga a bexiga. Os dejetos líquidos que se geram no corpo são expulsos pelos rins e condutos urinários.

Sistema nervoso e órgão dos sentidos:

O sistema nervoso é relativamente pouco desenvolvido. Os olhos se situam dos dois lados da cabeça e é muito limitado o campo de visão binocular, isto é, aquele em que se superpõem as imagens dos dois olhos, determinando com precisão distâncias e relevos. A pupila, que dispõe de grande capacidade de dilatação, em algumas espécies apresenta-se como uma franja vertical, enquanto que, em outras, freqüentemente tem forma circular ou de coração.

Atrás dos olhos ficam as aberturas dos ouvidos, com a membrana do tímpano, mediante a qual são captadas as vibrações sonoras. Os anfíbios dispõem, no palato, de um órgão olfativo especial, denominado órgão de Jacobson, com o qual detectam suas presas, e que é muito desenvolvido nas salamandras.

Reprodução:

A reprodução dos anfíbios quase sempre se dá no meio aquático. Nos tritões e nas salamandras, a fecundação é interna: o macho introduz o espermatóforo, espécie de saco de espermatozóides, no corpo da fêmea, por meio de uma expansão da cloaca. Nos sapos e nas rãs é externa. Na época do cio, os machos desses anfíbios emitem sons ruidosos (o "coaxar") por meio de seus sacos vocais e formam verdadeiros coros em que vários indivíduos cantam alternadamente. Durante o acasalamento montam sobre as costas das fêmeas, que costumam ser maiores do que eles. O casal permanece unido e imóvel em longo abraço, que pode prolongar-se durante horas, até que a fêmea expele os ovos, que são fecundados pelo esperma do macho na água.

Os ovos se dispõem em longos cordões ou fileiras, envoltos por uma bainha gelatinosa, e se depositam no fundo de águas paradas. Todos os anfíbios sofrem metamorfose. Assim, o aspecto da larva não é igual ao do adulto, especialmente no caso de rãs e sapos, nos quais é dotada de cauda e se chama girino. Pouco a pouco, as larvas vão desenvolvendo as extremidades, primeiro as anteriores e depois as posteriores, enquanto a cauda se reduz progressivamente até desaparecer. Também se formam os pulmões e as brânquias degeneram. Esse processo é regulado pela tireóide, glândula que promove o metabolismo e o desenvolvimento e que, para atuar, depende da presença de iodo no organismo. Na ausência desse elemento, a metamorfose não se processa. Muitos anfíbios conservam o aspecto larvar durante grande parte de sua vida

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