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Balint

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Por:   •  8/3/2015  •  641 Palavras (3 Páginas)  •  183 Visualizações

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O grupo Balint surgiu na Clínica Tavistock em Londres no início dos anos 1950. Michael Balint foi o criador, ele nasceu na Hungria, era filho de médico, estudou medicina e se tornou psicanalista, tendo feito análise e supervisão com Ferenczi. Tornou-se um dos expoentes da denominada Escola de Psicanálise Húngara. Emigrou em 1939 para a Inglaterra, para escapar das perseguições aos descendentes de judeus. Instalou-se em Manchester e depois de alguns anos mudou-se para Londres, onde surgiu o grupo Balint, como foi dito.

Ao propor seu modelo de grupo, Balint transformou o seminário médico tradicional - no qual os profissionais relatavam casos clínicos para debate em grupo - em um processo grupal cujo objeto é constituído pela relação do médico com o paciente em função da doença. Ele partiu de fundamentos que marcam essa especificidade e consequentemente, as suas potencialidades para a análise daquelas relações humanas em que alguém é procurado para oferecer ajuda àquele que demanda essa ajuda. Ou seja, Balint integrou a análise da contratransferência ao seminário médico, possibilitando, desse modo, que a discussão do caso clínico deixasse de priorizar o campo cognitivo. Além disso, foi introduzida no seminário a associação livre de palavras, por meio da solicitação de que os participantes fizessem os relatos sem recorrer a anotações.

O trabalho grupal é disparado pelo relato de caso trazido por um participante, em que este apresenta uma situação considerada problemática. Esse relato deve envolver um seu paciente com o qual está tendo dificuldades para lidar, seja devido às características da doença, seja devido às peculiaridades subjetivas desse paciente ou sua família. Se o atendimento envolve aspectos institucionais que possam estar interferindo de modo negativo no trabalho do clínico e dessa forma prejudicando a relação entre o médico e seu paciente, devem ser incluídos também no relato. Apresenta especial interesse para o processo de análise no grupo, o relato, não somente da doença, da situação e contexto de atendimento, mas também da descrição dos aspectos subjetivos relativos ao paciente e das pessoas que interagem no processo de atendimento, dos aspectos da transferência evidenciados pelo paciente e, dos aspectos contratransferenciais que o médico possa reconhecer em si.

Na Bélgica, o grupo Balint é um grupo de médicos e/ou outros profissionais de saúde que geralmente não ultrapassam quinze participantes. Assim como foi proposto por Balint, este não é um grupo terapêutico: se o cuidador tem um problema pessoal, deve procurar resolvê-lo em outro lugar, porque o grupo não trata o cuidador. E também este não é um seminário de casos clínicos: não é a doença ou o paciente que é o foco da discussão. A história do paciente é um ponto de partida para estudar a relação entre o cuidador e o paciente ver, por exemplo, como o médico pode o ajudar a melhorar. Assim, o grupo conta com um pequeno grupo de 6 a 15 participantes, sendo dois facilitadores, incluindo, se possível, um analista (preferência do médico) ou um psiquiatra e um outro médico, que ganhou boa experiência de grupo Balint. O grupo deve se concentrar na relação medico-paciente e estudar os fenômenos de transferência e contratransferência e não deve haver nenhuma preparação do caso. Além disso, deve haver regras de confidencialidade, respeito

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