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Biosegurança Em Dontologia

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Por:   •  28/9/2014  •  2.166 Palavras (9 Páginas)  •  315 Visualizações

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BIOSSEGURANÇA ENTRE CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO E LABORATÓRIO DE PRÓTESE DENTAL

Wesley Guimarães PINHEIRO 1.

1 Aluno do Curso de Graduação em Odontologia das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central – FACIPLAC/DF. e-mail: guimaraesodontologiaestetica@hotmail.com

Resumo

O risco de disseminação de microorganismos e de infecção cruzada existente entre os consultórios odontológicos e laboratório de prótese, faz com que todos os profissionais devam receber informações sobre as medidas a serem tomadas para minimizar os fatores de risco. A má manipulação das moldagens, trabalhos e modelos entre consultórios e laboratórios de prótese dentária são fatores de risco entre profissionais e pacientes. Medidas práticas devem ser adotadas entre laboratório e consultório, como a utilização de equipamentos de proteção individual apropriados, desinfecção dos moldes, modelos e trabalhos protéticos. A divisão de setores e a construção de um protocolo de biossegurança minimizam o risco de infecção. O objetivo deste estudo é alertar os cirurgiões-dentistas e auxiliares sobre o protocolo clínico de biossegurança, quanto aos trabalhos protéticos, com o propósito de orientar sobre o perigo de contaminação cruzada.

Descritores: Desinfecção. Prótese. Consultório odontológico. Biossegurança.

Introdução

Os cirurgiões-dentistas, técnicos em prótese e auxiliares atuantes nos procedimentos clínicos em prótese dentária estão expostos a vários riscos de infecção cruzada por microorganismos patogênicos contidos no sangue, saliva e comumente encontradas nos moldes, modelos de gesso, registros e trabalhos protéticos1.

Biossegurança é o conjunto de ações voltado para a prevenção visando minimizar ou eliminar os riscos inerentes à atividade2.

Atualmente, o controle de transmissão dos microorganismos tem despertado um interesse muito grande nos trabalhos e procedimentos que envolvem etapas clínicas e laboratoriais, pois, é um fator de risco não só para o paciente, como para o cirurgião-dentista e auxiliares que manipulam esses materiais. Assim, é imprescindível que o cirurgião-dentista, técnicos e auxiliares adotem medidas de controle para prevenir possível contaminação cruzada durante todas as etapas clinicas e laboratoriais do tratamento protético1. Para Wakeefield3 e Sales et al.4, a transmissão de microorganismos pode ocorrer do laboratório de prótese para o consultório odontológico confirmando a necessidade da aplicação de métodos de controle de contaminação cruzada, durante o processamento laboratorial das próteses.

No que diz respeito à biossegurança, as diversas áreas da odontologia apresentam características com relação ao risco de contaminação das doenças infecciosas. Em prótese, alguns critérios devem ser adotados, como uso dos equipamentos de proteção individual e embalagens de transporte apropriadas para o trabalho protético5.

O objetivo do presente trabalho consiste na apresentação de um protocolo de biossegurança que possibilite cirurgiões-dentistas, técnicos em prótese dentária e auxiliares para seguirem critérios rígidos recomendados pelo Ministério da Saúde, America Dental Association – ADA6 e órgãos afins, tendo como intuito diminuir os riscos de contaminação que poderão atingir pacientes, técnicos, cirurgiões e auxiliares.

Revista Odontológica do Planalto Central, v.1, n.1, p.10-14, jul./dez., 2010.

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PINHEIRO

Revista Odontológica do Planalto Central, v.1, n.1, p.10-14, jul./dez., 2010.

Biossegurança entre Consultório Odontológico e Laboratório de Prótese Dental www.roplac.com.br

Revisão da Literatura

A contaminação cruzada por meio das próteses tem sido motivo de grande preocupação. Muitos métodos estão sendo usados, mas ainda é difícil se chegar a um método eficaz de controle das doenças infecto-contagiosas. Com base nesses fatos, as normas da ADA salientaram a importância da limpeza e desinfecção das próteses, que deveria ser realizada no laboratório ou no consultório. Desta forma, as próteses recebidas do laboratório devem ser lavadas e desinfetadas no consultório antes de entrarem em contato com o paciente, devido a todos os vetores de contaminação presentes no laboratório7. Merchant1 estabeleceu que as próteses deveriam ser desinfetadas ou esterilizadas pela exposição ao óxido de etileno. Vale ressaltar que este é um gás esterilizante muito efetivo em temperaturas inferiores às da autoclave ou da estufa, todavia, requer um tempo de espera prolongado, após o tratamento, para que seus resíduos químicos sejam eliminados do material esterilizado, além de alto custo.

Outro método para a esterilização das próteses é a realização de um aquecimento nas soluções desinfetantes7. De acordo com Kinyon8, o hipoclorito de sódio a 5,25% a uma temperatura de 37°C inativa microrganismos, partículas virais de hepatite B e da imunodeficiência humana (HIV), além de esporos, no tempo de exposição de 1 minuto, sendo eficaz, rápido e barato, agindo como um agente desinfetante.

Portanto, quando houver necessidade de esterilização das próteses, em casos de pacientes suspeitos ou portadores de HIV ou HBV, essa técnica pode ser recomendada5.

Todos os trabalhos de próteses dentárias, recebido dos consultórios odontológicos devem ser considerados contaminados, assim sendo os técnicos em prótese devem estar informados pelos cirurgiões dos riscos de contaminação, realizando no ato do recebimento a desinfecção propriamente dita5,7.

Materiais de moldagens

As impressões devem ser lavadas com água corrente em abundância e secas com papel toalha antes da desinfecção para remover depósitos de saliva e sangue.

Em seguida, as siliconas, mercaptanas e poliésteres - deverão ser imersas durante 10 minutos no glutaraldeído a 2%. Para os alginatos recomenda–se aspersão com hipoclorito de sódio a 1%, por no máximo 10 minutos. Todos os materiais de moldagem devem ser novamente lavados com água corrente para remoção dos agentes desinfetantes e secos com papel toalha, e em seguida deverá ser vazado o molde com gesso adequado. Após a presa do gesso, fazer aspersão no modelo com hipoclorito de sódio a 1%%, Leite, Lima e Martins9.

Resinas acrílicas

O glutaraldeído a 2% apresentou

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