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Biotecologia

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Por:   •  6/6/2014  •  Tese  •  1.336 Palavras (6 Páginas)  •  248 Visualizações

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O que é Biotecnologia?

Biotecnologia é o conjunto de conhecimentos que permite a utilização de agentes biológicos (organismos, células, organelas, moléculas) para obter bens ou assegurar serviços.

Assim, é Biotecnologia o conjunto de técnicas que permite à Indústria Farmacêutica cultivar microrganismos para produzir os antibióticos que serão comprados na Farmácia. Como é Biotecnologia o saber que permite cultivar células de morango para a obtenção de mudas comerciais. E também é Biotecnologia o processo que permite o tratamento de despejos sanitários pela ação de microorganismos em fossas sépticas.

A Biotecnologia abrange diferentes áreas do conhecimento que incluem a ciência básica (Biologia Molecular, Microbiologia, Biologia celular, Genética, Genômica, Embriologia etc.), a ciência aplicada (Técnicas imunológicas, químicas e bioquímicas) e outras tecnologias (Informática, Robótica e Controle de processos).

A Engenharia Genética ocupa um lugar de destaque como tecnologia inovadora, seja porque permite substituir métodos tradicionais de produção (Hormônio de crescimento, Insulina), seja porque permite obter produtos inteiramente novos (Organismos transgênicos).

A Biotecnologia transforma nossa vida cotidiana. O seu impacto atinge vários setores produtivos, oferecendo novas oportunidades de emprego e inversões.

Hoje contamos com plantas resistentes a doenças, plásticos biodegradáveis, detergentes mais eficientes, biocombustíveis, processos industriais e agrícolas menos poluentes, métodos de biorremediação do meio ambiente e centenas de testes diagnósticos e novos medicamentos.

Produtos de origem biotecnológica, por setor:

Setores

Bens e Serviços

Agricultura

Adubo composto, pesticidas, silagem, mudas de plantas ou de árvores, plantas com propriedades novas etc.

Alimentação

Pães, queijos, picles, cerveja, vinho, proteína unicelular, aditivos, etc.

Ind. Química

Butanol, acetona, glicerol, ácidos orgânicos, enzimas etc.

Eletrônica

Biosensores

Energia

Etanol, biogás

Meio Ambiente

Recuperação de petróleo, tratamento do lixo, purificação da água etc.

Pecuária

Embriões

Saúde

Antibióticos, hormônios e outros medicamentos, vacinas, reagentes e testes de diagnóstico, etc.

O desenvolvimento tecnológico e a inovação de um país dependem, em grande parte, da formação de recursos humanos capacitados, bem como de investimentos consistentes, contínuos, de longo prazo e de porte. O Brasil adotou a estratégia de que a pesquisa acadêmica geraria conhecimento que naturalmente se transformaria em inovações tecnológicas, o que não está refletindo a realidade do setor no país.

O Brasil sempre investiu de forma inconstante e em quantidade insuficiente os recursos públicos federais e estaduais no desenvolvimento de ciência e tecnologia (com exceção do estado de São Paulo), o que sempre preocupou a comunidade científica e empresarial do país. Além disso, o setor empresarial também investiu e ainda continua investindo muito timidamente, ao contrário do que ocorreu nos modelos de países como a Coréia do Sul. Este último país investiu na formação de recursos humanos (em nível de graduação), habilitando-os para atuar em vários segmentos do desenvolvimento tecnológico. As inovações geradas produziram o retorno desejado e o setor produtivo assumiu o papel de executor das pesquisas e de seu financiamento, sustentando hoje cerca de 75% das pesquisas, nível encontrado apenas nos países desenvolvidos. Em resumo, não há investimento consistente de longo prazo e de porte em ciência, tecnologia e inovação no Brasil, seja público ou privado.

Apesar disso, houve no Brasil um grande avanço científico nos últimos trinta anos. A iniciativa consistente para construir a competência científica, através do treinamento de pessoal qualificado dentro e fora do país, foi indiferente às oscilações político-econômicas, tanto em nível federal como estadual: hoje o Brasil responde por 1,3% dos artigos científicos publicados em revistas indexadas internacionais. Estabeleceu-se ainda no país uma forte estrutura de pós-graduação, responsável pela formação de cerca de 10 mil doutores por ano e que, em trinta anos, levou o Brasil a triplicar sua contribuição científica relativa no mundo.

Os Fóruns de Competitividade são ferramentas estratégicas que têm como foco principal elevar a competitividade industrial das principais cadeias produtivas do país no mercado mundial, com ações relativas à geração de emprego, ocupação e renda, ao desenvolvimento e à desconcentração regional da produção, ao aumento das exportações, à substituição competitiva das importações e à capacitação tecnológica das empresas. Considerando o potencial promissor da área de biotecnologia em diversos campos de aplicação, foi instaurado no fim de 2004 o Fórum de Competitividade em Biotecnologia, que no curso de mais de cinquenta reuniões teve por objetivo identificar as melhores estratégias para definição de uma política industrial voltada ao desenvolvimento do setor. Foram definidos como foco de trabalho os seguintes aspectos: marcos regulatórios; recursos humanos e infraestrutura; investimentos; agropecuária; saúde humana; biotecnologia industrial e a área de biotecnologia ambiental.

A política de desenvolvimento da biotecnologia, oficialmente lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2007, veio complementar os trabalhos do Fórum. Com a previsão de destinar R$ 10 bilhões ao setor ao longo dos próximos dez anos, a política traz uma proposta de como focar e viabilizar a interação entre governo,

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