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Dentina

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Por:   •  26/11/2012  •  Resenha  •  1.485 Palavras (6 Páginas)  •  626 Visualizações

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A Dentina é um tecido conjuntivo avascular, mineralizado, especializado que forma o corpo do dente, suportando e compensando a fragilidade do esmalte. A dentina é recoberta pelo esmalte na sua porção coronária e pelo cemento na porção radicular. Sua superfície interna delimita a cavidade pulpar onde se aloja a polpa dentária. Por ser um tecido vivo, contém prolongamentos de células especializadas e substância intercelular. Dentina e polpa formam um complexo em íntima relação topográfica, embriológica e funcional, por isso têm características biológicas comuns.

Composição química

A dentina é constituída por: Materia inorganica (70%), materia organica (20%), Água (10%). Esta composição varia com a idade do dente, devido a sua mineralização progressiva, mesmo já estando totalmente formado. A porção inorganica consiste de sais minerais sob a forma de cristais de hidroxiapatita. Cada cristal é composto por vários milhares de unidades e cada unidade básica fundamental tem como fórmula Ca10(PO4)6(OH)2. Contem também pequenas quantidades de fosfatos, carbonatos e sulfatos, além de elementos como F, Cu, Zn, Fe e outros. Os grupos OH da hidroxiapatita podem se combinar com o flúor e formar a fluorapatita (Ca10(PO4)6F2). Esta troca particular na composição da apatita tem importância clínica, pois a fluorapatita é menos solúvel que a hidroxiapatita, com maior resistência ao ataque ácido produzido por microorganismos cariogênicos.

A porção organica consta de fibras colágenas (17%), dispostas em pequenos feixes ao redor e entre os prolongamentos odontoblásticos. Estas fibras são unidas e cimentadas pela substância amorfa de natureza glicoproteica (lipídios, glicosaminoglicanas e compostos protéicos).

Propriedades físicas

É uma estrutura branca amarelada. O tom do amarelo varia com a idade e de um indivíduo para outro. Quanto mais translúcido o esmalte, mais deixa transparecer a cor da dentina. A dentina é um tecido muito duro, mais que o osso e o cemento, embora seja mais mole e, portanto mais radiolúcida do que o esmalte. Apresenta considerável elasticidade, devido ao arranjo em rede das suas fibras colágenas, cedendo mediante pressões, e com isso, amortece as forças mastigatórias impostas sobre o esmalte, impedindo que o mesmo se frature. A dentina é canalicular, e, portanto permeável; substâncias podem penetrar através dos canalículos e atingir a polpa.

Prolongamentos odontoblásticos

Os odontoblastos estão situados na periferia da polpa, e as suas projeções citoplasmáticas (prolongamentos) ocupam um espaço na matriz da dentina, que são os túbulos dentinários. A sua espessura é maior quanto mais próxima do corpo do odontoblasto. Os prolongamentos odontoblásticos ramificam-se próximo ao limite amelodentinário por toda a sua extensão. Essas ramificações se anastomosam com as vizinhas.

Canalículos dentinários

São delicados cilindros ocos dentro da dentina, que alojam os prolongamentos odontoblásticos. Seu trajeto é curvo, assemelhando-se a um S, sendo na raiz, na área dos bordos incisais e cúspides, praticamente retos, emitem colaterais durante seu trajeto. O diâmetro e o volume desses canalículos variam, dependendo da idade do dente, da localização do canalículo na dentina. Além disso, eles são mais largos junto a polpa (2,5 um) e se tornam mais estreitos em suas extremidades externas (1um). isso muitas vezes acontece a maioria das pessoas.

Espaço periodontoblástico

É o espaço compreendido entre a parede do canalículo e o prolongamento do odontoblasto. É preenchido pelo líquido, tissular, e, onde ocorrem as trocas metabólicas com os prolongamentos odontoblásticos.

Dentina perinalicular

É a dentina que constitui a parede do canalículo, e caracteriza-se pelo seu elevado conteúdo mineral (90%). Nos dentes recém irrompidos, está ausente na porção da dentina mais imediata à polpa, e também pode, dependendo da idade do dente, chegar a obliterar os túbulos dentinários. Quando a dentina peritubular é desmineralizada (descalcificada) resta da mesma uma pequena porção de matéria orgânica, que juntamente com a água, constitui 10% desta dentina.

Dentina intertubular

É a dentina situada entre os canalículos da dentina. A dentina intertubular é a massa principal da dentina. É altamente mineralizada, porém mais da metade do seu volume está formado por matriz orgânica com grande quantidade de colágeno.

Pré-dentina

Camada de matriz não mineralizada de 25 a 30um de espessura, que está situada entre a camada de odontoblastos e a dentina mineralizada. Está presente durante a dentinogênese e permanece ao longo da vida do dente, depositando-se de forma lenta e contínua.

Linhas incrementais

Refletem variações na estrutura e mineralização estabelecidas durante a formação de dentina. O curso das linhas corresponde aos períodos rítmicos de aposição de dentina. Na coroa varia de 4 a 8um a aposição diária de dentina. Na raiz, a aposição dentinária é mais lenta. Ocasionalmente algumas destas linhas estão acentuadas devido a distúrbios no processo de mineralização e são conhecidas como linhas de contorno de Owen (ver roteiro de dentinogênese).

Linha neonatal

Durante o nascimento, o feto sofre alterações abruptas tanto no meio ambiente como na forma de nutrição, ocasionando nesta fase da vida, uma linha de contorno acentuado na dentina, resultado de uma calcificação incompleta (hipocalcificação), é a chamada linha néo-natal. Isto ocorre nos dentes decíduos e nos primeiros molares permanentes, onde uma parte da dentina é feita antes do nascimento. natal

Dentina do manto

É a primeira camada de dentina (figuras 1 e 2) produzida pelo odontoblasto, ela é constituída por fibras pré-colágenas imaturas que se enrolam em espiral ao redor do prolongamento. Ela forma a junção amelo-dentinária; As fibras são cimentadas pelas vesículas da matriz e fortificadas com cristais de hidróxiapatita;

Dentina primária

É aquela que se forma quando o dente ainda não está totalmente formado, apresenta muitos canalículos dentinários

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