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Exodontia Por Alveolectomia

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Por:   •  17/12/2013  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  5.997 Visualizações

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Exodontia por Alveolectomia e por Ostectomia

O mesmo planejamento cuidadoso e sistemático para as exodontias não evita, em alguns casos, mudança da orientação técnica durante um determinado procedimento cirúrgico. Assim, numa exodontia planejada pela via alveolar, poderá ocorrer, numa circunstância qualquer, a necessidade de variação da técnica, em benefício do paciente, ou mesmo ainda do profissional.

Um dos recursos de que se vale o profissional para a exodontia, sem comprometer estruturas vizinhas como os dentes adjacentes, osso alveolar, seio maxilar, fossa nasal e canal de nervos, é a remoção da tábua óssea vestibular, facilitando assim, o procedimento cirúrgico. (MARZOLA, 2000 e 2008).

A este tipo de técnica cirúrgica exodôntica, várias denominações são sugeridas e, assim, é sugerida a extração por alveolectomia ou a retalho, designando as técnicas pelos nomes dos instrumentos utilizados (GIETZ, 1946). Da mesma forma, outro autor denomina este método de extração a retalho (MEAD, 1948). A operação aberta ou a retalho, consiste em desprender o dente dos tecidos circunjacentes, por meio da dissecção destes (BERGER, 1950). Esta técnica também é chamada de extração cirúrgica (MAUREL, 1959). A extração por alveolectomia, consiste na eliminação do órgão dental por meio de prévia ressecção da tábua óssea que o recobre (RIES CENTENO, 1964). THOMA (1963) denomina de método aberto de extração ou cirúrgico e, GRAZIANI (1968) chama esta operação de técnica terceira.

A exodontia pela via não-alveolar para a extração de um dente é sugerida, não pela via de implantação de seu longo eixo dental, mas sim, por um novo caminho criado por alveolectomias parciais ou totais, ou ainda da ostectomia (SANTOS PINTO; MARZOLA, 1960). De acordo com estes autores, a alveolectomia parcial é o ato cirúrgico pelo qual a tábua óssea externa é eliminada parcialmente. A alveolectomia total é o ato cirúrgico pelo qual a tábua óssea é eliminada totalmente. A ostectomia consiste na eliminação da porção óssea que recobre o dente ou a raiz para extraí-lo por esta nova via criada.

A extração por alveolectomia pode ser realizada por três tipos, a externa, quando a porção óssea eliminada é a vestibular, a interna, quando a ressecção é da porção palatina ou lingual e, intra-alveolar, quando o septo inter-radicular é eliminado (STICCO, 1955).

As indicações clínicas para esta técnica cirúrgica exodôntica são as seguintes, em: dentes em posições anômalas ou ainda ectópicos; dentes portadores de peças protéticas como pivôs e coroas de jaqueta; dentes cuja coroa foi profundamente destruída pela cárie e, que não possuam ponto útil para aplicação de forças no uso de fórceps; dentes fraturados em manobras cirúrgicas anteriores; fragilidade dental como em dentes desvitalizados que se tornam friáveis, sendo por isto propensos à fratura; raízes sem possibilidades de apreensão com fórceps ou ainda, sem ponto de apoio para os extratores e, nas radiculectomias.

As indicações radiográficas podem ser representadas em dentes retidos; dentes parcialmente retidos; dentes com anomalias radiculares de forma, número e direção; dentes com hipercementose e dilacerações; intervenções sobre processos patológicos periapicais no ato da extração; raízes nas proximidades de estruturas anatômicas importantes; dentes com resistência coronária ou radicular diminuída pela existência de lesões cariosas, aparelhos protéticos, reabsorções internas ou externas; escleroses ósseas, osteítes condensantes e enfermidades gerais que se traduzem em hipermineralização dos ossos; raízes fraturadas sem possibilidades de extração por outra técnica; raízes residuais; resíduos de raízes e, em anquiloses alvéolo-dentais.

Este tipo de exodontia, ainda que pareça contraditório, devido ao preparo do retalho e ostectomia, criando-se uma nova via de extração, para casos indicados é menos traumatizante que se o dente fosse extraído pela via alveolar. Se for usada esta via - alveolar - quando aquela é a mais indicada – não-alveolar -, poderão ocorrer lesões dos tecidos moles, fratura da tábua óssea, fratura dental ou radicular, fratura do septo, do túber da maxila, etc. Todos este danos retardarão o processo de reparo, o que não ocorreria com a realização de correto e bem preparado e planejado retalho, de perfeita ostectomia e a extração.

Além disso, o traumatismo, bem como o tempo de trabalho do profissional, será diminuído, quando nos casos indicados houver um planejamento e sequência cirúrgica lógica. Os resultados serão consequentemente, melhores do que se iniciar uma exodontia por via alveolar e, depois adotar a via não-alveolar.

Estas técnicas, em geral, são também largamente empregadas para casos em que se utiliza o seccionamento dental, como preparo da região para a realização desta técnica cirúrgica. Daí ser utilizada a mesma técnica que será agora descrita, também para a exodontia por seccionamento dental. Essa é a importância desse trabalho e justifica-se pela ausência total de publicações nesse sentido, talvez por julgarem que se trata de uma manobra tão simples.

TÉCNICA CIRÚRGICA

Considerando-se a assepsia, anti-sepsia e desinfecção realizadas, paciente em posição correta e devidamente anestesiado, são iniciados os tempos operatórios, de acordo com a técnica cirúrgica planejada.

1. Incisão

Vários tipos de incisões são preconizados, com a finalidade de acesso à tábua óssea, sendo geralmente utilizada a incisão de Newmann. Deve, contudo, ser realizada com lâmina n° 15 e seguir todos aqueles requisitos de

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