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MIxomicetos

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Por:   •  30/3/2014  •  Seminário  •  938 Palavras (4 Páginas)  •  335 Visualizações

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Mixomicetos

Pode causar estranheza a alguns a inclusão de mixomicetos nesta seção de “outros invertebrados”, já que são seres comumente identificados como fungos ou algas. No entanto, na realidade estes seres não são animais, nem plantas, nem fungos, pertencendo a outro reino.

É um dos organismos mais bizarros que podem aparecer nos nossos aquários. Surgem como estruturas planas em forma de uma fina rede ou teia, recobrindo vidros do aquário ou objetos submersos, caminhando muito lentamente sobre estas superfícies.

Taxonomia

Nem animais, nem plantas, nem fungos, mas possuindo algumas características semelhantes a estes organismos. Pertencem a um quarto reino totalmente distinto, Amebozoa, o mesmo das amebas. Dentro deste reino, estão classificados no filo Mycetozoa, classe Myxogastria. Reproduzem-se através de esporos como os fungos, mas se movem e ingerem alimentos como animais.

Antigamente eram classificados como fungos, e mesmo hoje, geralmente são estudados por micologistas, sua nomenclatura taxonômica segue aquela utilizada para fungos. São conhecidas cerca de 500 espécies.

Seu nome popular em inglês é “slime mould” (algo como “bolor de gosma”), em português são denominados simplesmente de mixomicetos. Alguns se referem a eles como micetozoários (“animais-fungos”), o que é uma ótima denominação. Uma perfeita definição destes seres bizarros que li uma vez na net (infelizmente não lembro a fonte) é a de “uma ameba gigante que vira um cogumelo para se reproduzir”.

Ciclo de vida

São seres cosmopolitas, se alimentando de micro-organismos que vivem em matéria orgânica vegetal em decomposição. Preferem ambientes mais úmidos, sendo comuns em bosques e florestas, sobretudo no solo e sobre troncos. Geralmente são pequenos, mas algumas espécies podem atingir vários metros quadrados. Sua coloração é variável, alguns têm cores vivas, como amarelo e laranja, e existem espécies bioluminescentes.

Nascem de esporos, e iniciam sua existência como organismos unicelulares haplóides, possuindo duas formas intercambiáveis, ameboide e flagelada (célula de enxame). Se o esporo eclodir em um ambiente aquático, será uma célula flagelada. Se for em um local seco, será ameboide. Em condições adversas, as formas ameboides podem secretar uma fina parede e formar um microcisto dormente. As duas formas alimentam-se de bactérias, e se multiplicam por divisão, como fazem as amebas. Se as condições forem favoráveis, estas células haplóides irão se comportar como gametas, fundindo-se e formando células diploides, numa forma bem primitiva de reprodução sexuada. O interessante é que as formas ameboides se fundem somente com células ameboides, e as flageladas, somente com células flageladas.

Os zigotos produzidos por esta via se fundem uns aos outros (singamia), formam um grande massa colonial, os plasmódios, que são organismos multinucleados mas sem membranas celulares dividindo-as, chamada de sincício. Alguns se referem a estas estruturas como “super-célula”, basicamente um grande saco de citoplasma com uma única membrana celular envolvente, contendo milhares de núcleos. Podem atingir metros de extensão, apesar de continuar sendo somente uma única célula. Quando cresce, todos os seus núcleos se dividem simultaneamente.

É nesta fase de plasmódio que eles podem ser encontrados em aquários. Como uma extensa rede interconectada de ramificações protoplásmicas. Observando estas ramificações em um microscópio, é possível a visualização de um rápido fluxo de protoplasma em vários sentidos, e mudanças rápidas no seu padrão de fluxo, com acelerações, desacelerações e inversões de fluxo. A movimentação do mixomiceto sobre as superfícies (como o vidro do aquário) é conseguida através de um fluxo de citoplasma através das ramificações em um determinado sentido, avançando em formato de leque, com retração no fluxo em sentido oposto. Ou seja, como uma grande ameba,

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