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Método de Rugai

Por:   •  14/6/2018  •  Seminário  •  500 Palavras (2 Páginas)  •  6.329 Visualizações

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O exame parasitológico de fezes (EPF) é utilizado no diagnóstico de parasitos intestinais, através das formas parasitárias eliminadas nas fezes. Na microscopia podemos visualizar ovos e larvas de helmintos, cistos, trofozoítos ou oocistos de protozoários.

As formas parasitárias têm peso e sobrevida diferentes, além disso o número de formas parasitárias eliminadas com as fezes é pequeno, então, não há um método capaz de detectá-las todas ao mesmo tempo. Alguns métodos são mais abrangentes, como por exemplo a sedimentação espontânea e métodos de centrifugação, e outros são específicos para determinado parasito.

Um desses métodos é o de Rugai que consiste em concentração de larvas de helmintos por migração ativa, devido ao hidrotropismo e termotropismo positivos e na tendência destas a sedimentar quando se encontrem na água.

Ele é indicado para a pesquisa de larvas de Strongyloides stercoralis e ancilostomideos.

Método mais econômico, higiênico e simples, foi preconizado por RUGA!, MATTOS e BRISOLA (1954), que salientaram tratar-se de técnica bastante eficiente para a pesquisa de larvas nas fezes.

O que é migração ativa? A migração ativa é quando ocorre a ingestão, ou penetração na mucosa bucal e da faringe e assim alcança a corrente sanguínea.

O que é hidrotropismo? É a tendência das larvas em buscar solos úmidos, pois a dessecação da superfície faz com que voltem a enterrar-se, pois podem morrer desidratadas.

O que é termotropismo? É quando os parasitas buscam temperaturas mais elevadas, pois ativam sistemas enzimáticos, facilitando sua penetração pela pele de um possível hospedeiro.

[pic 1]

E como funciona essa método (Método de Rugai, Mattos e Brisola (RuGAI, MATTOS e BRISOLA,1954) ?

Material - Amostra; Cálice de sedimentação; Gaze cirúrgica dobrada em quatro partes; Água destilada aquecida à 45°C; Vidro de relógio ou lâminas de citologia; Microscópio Óptico ou Lupa.

Técnica

  1. Colocar de 8g a 10 g de fezes frescas em um recipiente (pode ser uma tampa do coletor de fezes), em seguida envolver em gazes dobrada em duas ou quatro vezes, fazendo uma pequena “trouxa” (conforme a consistência das fezes) e repuxar as bordas para trás e colocá-lo com a abertura voltada para baixo em um cálice de sedimentação;
  2. Colocar água a 45°C pelas paredes do cálice, até que o nível de água alcance a massa fecal contida no recipiente emborcado;
  3. Deixar em repouso cerca de uma hora; as larvas coletam-se no fundo do cálice.
  4. Uma hora depois, pipetar o sedimento que se acumulou no vértice do cálice de sedimentação, colocá-lo em uma lâmina ou em vidro de relógio.
  5. Corar as larvas com Lugol e observá-las com o maior aumento para identificá- las.

[pic 2]

[pic 3]

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=NnuVMlXnX-s

OBS: A identificação das espécies e das fases evolutivas é feito através das diferenças morfológicas entre as larvas.

Fezes diarréicas (as larvas morrem muito rapidamente) ou coletadas em conservador não se prestam para esses métodos.

Rugai e seus colaboradores mencionaram que, quando não há sedimentação de detritos de fezes, os casos negativos podem ser afastados pelo exame do fundo do cálice, com uma lupa manual, sendo assim evitado o exame microscópico de grande número de casos.

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