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Naegleria: Comedora de Cérebros

Por:   •  27/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  592 Palavras (3 Páginas)  •  181 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Também conhecida como “comedora de cérebros”, Naegleria fowleri é uma ameba de vida livre de grande potencial patogênico. Pode ser encontrada na água, no solo, no ar atmosférico e é altamente resistente a diversas condições do ambiente. O seu ciclo de vida não necessita de um hospedeiro intermediário para o desenvolvimento e a ameba se apresenta em três formas distintas: cisto, trofozoíto e flagelado. As infecções ocorrem tanto em indivíduos imunodeprimidos, como em indivíduos imunocompetentes onde as amebas atacam diretamente o sistema nervoso central, causando Meningoencefalite Aguda Primária (MAP), uma infecção aguda, hemorrágica e fulminante. O diagnóstico pode ser realizado pelo exame microscópico do fluido cefalorraquidiano (LCR), mais conhecido por líquor, no qual se identificam amebas móveis na forma trofozoitica. Apesar de ser uma doença rara, a MAP é de grande importância para a saúde humana pois se trata de uma doença altamente letal. O tratamento de escolha é um antifúngico, embora não seja tão eficaz visto que 95% dos casos levam a óbito¹.

OBJETIVO

O objetivo desse estudo foi compreender quais são os mecanismos fisiopatológicos de letalidade da N. fowleri e destacar sua importância na saúde pública.

MÉTODOS

Revisão de literatura baseado em pesquisas de artigos científicos e relatos de casos clínicos onde foram utilizadas as seguintes bases de dados: Google acadêmico, Scielo, Lilacs e Pubmed/Medline. As palavras-chave utilizadas foram: Naegleria fowleri, Meningoencefalite Amebiana Primária, letalidade e fisiopatologia. Artigos publicados antes de 2005 não foram incluídos.

RESULTADOS

A primeira descrição de MAP ocorreu em 1965, por Malcolm Fowler na Austrália e foi tida como uma doença que progride rapidamente levando o paciente a morte em torno de 7 e 10 dias após o início dos sintomas. De 200 casos confirmados da doença no mundo, somente cerca de 12 pessoas sobreviveram. Isso acontece pois a MAP se inicia de maneira abrupta onde durante o contato com a água, a N. fowleri é aspirada para dentro das passagens nasais e, após se aderirem à mucosa nasal, a ameba migra para o cérebro por meio do nervo olfatório, resultando em uma resposta inflamatória intensa, ocorrendo hemorragia associada ao exsudato purulento. Além disso, a terapêutica é problemática e infelizmente ainda não se conhece uma medicação específica eficiente.

A patogênese da MAP ainda não está totalmente esclarecida, mas sabe-se que as seguintes proteínas da ameba estão envolvidas no curso da infecção, são elas: Fosfolipase A e B (apresentam atividade citolítica, resultando na destruição da membrana plasmática); Neuraminidase (conduz à destruição tecidual); e Perforinas-like (possuem capacidade lítica sobre as células-alvo). Pressupõe-se então que a resposta inflamatória ocorra em decorrência da ação enzimática citolítica, combinada com a fagocitose ( processo pelo qual uma célula usa sua membrana plasmática para englobar partículas grandes, dando origem a um compartimento interno chamado fagossoma)².

As recomendações em relação à profilaxia e ao controle da MAP por N. fowleri ainda estão por ser estabelecidas, devendo-se atentar para a limpeza e higiene de

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